Preto, pobre e suburbano

Esse aqui é o cotidiano de um simples jornalista carioca que mora e circula pra cima e pra baixo na cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro. Mas acaba sempre voltando pra a base, em Bangu - terra onde só os fortes sobrevivem pq é longe pra burro e tem que ter saco pra aturar as idas e vindas...

quarta-feira, janeiro 26, 2005

Sabe o q me irrita? É o sujeito q se diz evangélico q joga um caô dizendo estar torcendo pra chover no carnaval. Egoísmo sinistro, hein. P q tem gente tão tacanha no mundo? Generalizar, dizendo q todo evangélico é assim tb é judaria (judaria nao é de judeu, é de Judas mermo), vejo por meu amigo Sino-africano Sodré, que gosta tanto de carnaval quanto eu, e o irmão mais velho de Dona Glória, q é música e não perde o Bola Preta nem o desfile da Mocidade nem por um decreto. Ambos observam a mesma coisa q eu nesses dias: uma enorme euforia popular, uma enorme manifestação de alegria e criatividade, de libertação mesmo. É o momento máximo da cultura popular daqui.

Ah, é coisa do capeta? É não. O capeta pode até estar no meio da cabeçada, no meio da massa (e nao é só no carnaval), mas todo mundo tem senso crítico (alguns mais, outro menos, mas todos têm). E cabe ao indivíduo ter discernimento de abraçar o capeta ou não. Eu posso abraçar um monte de gente, mas ele, haha, é ruim, hein. Não abraço mermo.

E q não chova no carnaval.