Preto, pobre e suburbano

Esse aqui é o cotidiano de um simples jornalista carioca que mora e circula pra cima e pra baixo na cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro. Mas acaba sempre voltando pra a base, em Bangu - terra onde só os fortes sobrevivem pq é longe pra burro e tem que ter saco pra aturar as idas e vindas...

quarta-feira, dezembro 08, 2004


Vejo q muita gente reclama do governo, da administração, da política econômica e o cacete a quatro. Mas a maioria da população parece estar gostando do Lula como presidente. Eu confio nele, posso discordar de um caminhão de coisas, posso criticar ou zilhão de paradas, mas continuo governista. Ajudei a elegê-lo e não me arrependo. Muito pelo contrário. Tenho duas amigas q o criticam do alto de discursos extremamente elitistas q nao se conformam em ser governadas por um operário. Pois bem, tá a pequisa apontando uma aprovação q deve ser levado em conta pelo PSDB, PFL e agora o PMDB q quer largar o barco. O q importa é q a vida da maioria dos brasileiros melhorou e continua melhorando. Não sei até onde vai essa melhora, espero q continue fazendo do país um lugar melhor pra se viver e a classe média e execra e elege queridinhos pare de olhar pro próprio umbigo e veja q o país não é a sua própria casa.

Engraçado, qq dia eu escrevo sobre o meu conceito de classe média q vivo batendo, batendo e bantendo.


Tirei lá do sítio da Confederação Nacional da Indústria, que bancou a pesquisa ao lado do Ibope:

Cresce a Popularidade do governo Lula, revela pesquisa CNI-Ibope

A popularidade do governo Lula cresceu em novembro, revela a pesquisa CNI-Ibope. O saldo da avaliação do governo – a diferença entre a melhor e a pior avaliação - aumentou de 19%, em setembro, para 25%, em novembro. No mesmo período, o saldo da aprovação do governo Lula subiu de 19% para 32%. Entre os entrevistados, 62% aprovam o governo, 30% desaprovam e 7% não souberam ou não quiseram opinar. A pesquisa CNI-Ibope ouviu 2.002 eleitores em 140 municípios brasileiros entre os dias 24 e 29 de novembro. A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais.

A fonte é o www.cni.ogr.br.

Aí, nao satisfeito, ainda pego parte da colunda da Teresa Cruvinel, publicada hoje no O Globo.

Olhares

A aprovação ao governo Lula voltou a crescer em todos os quesitos, segundo a pesquisa CNI/Ibope divulgada ontem. E, coisa interessante, a política mais elogiada pelos entrevistados (lembrada positivamente por 42%) foi a de combate à fome e à pobreza. Justamente a que se tornou o alvo preferencial da oposição e é apontada até pelos petistas como ponto fraco do governo.

Mais ainda: os entrevistados não incluíram a área social entre aquelas em que consideram pior o desempenho do governo. São elas a de segurança pública, saúde e geração de emprego — embora os produtores da pesquisa creditem o aumento da aprovação à recuperação da economia e do nível de emprego.

Em setembro, 36% dos entrevistados davam ponto positivo para as políticas de combate à pobreza. Agora são 42%, e no intervalo foram muitas as denúncias sobre falhas na implementação do Bolsa Família, a principal política de transferência de renda. Foi também nos últimos três meses, que coincidiram com o auge da campanha eleitoral, que o PSDB elegeu a área social como alvo de suas críticas ao governo. Escolha compreensível por duas e distintas razões. Uma, a existência real de falhas, seja na montagem do cadastro pelas prefeituras, seja na fiscalização das contrapartidas, como a manutenção dos filhos na escola pelas famílias beneficiadas. Mas esta escolha também é óbvia porque a política econômica, além de semelhante à do governo passado, começou a produzir resultados. E na área de infra-estrutura os tucanos têm seu calcanhar de Aquiles: privatizaram as estatais, não ampliaram a infra-estrutura existente e ainda produziram um apagão que freou os sinais de crescimento no ano 2000.

Mas o fato é que a pesquisa mostra um olhar popular sobre as políticas sociais diferente do que é lançado pelos adversários e críticos em geral, inclusive de dentro do próprio governo. O ministro do Desenvolvimento Social, Patrus Ananias, alvo central das críticas, diz não se surpreender com tal diferença.

— É difícil mesmo avaliar o impacto das políticas de transferência de renda quando não se está naquele universo ou não se tem relação direta com ele. Há uma grande distância entre realização e expectativa. Estamos realizando o possível mas nunca prometemos acabar com a pobreza no curto prazo. Acho que as pessoas em geral entendem que estamos no caminho.

Um aspecto que ele acha mal percebido é o foco das ações na família.

— Mais que uma ajuda para a alimentação e sobrevivência, estamos tentando fortalecer a família como passagem para a cidadania e acesso a outros direitos, como a educação. Se a família está desintegrada, corroída pela miséria, acaba-se o espaço de convivência onde nascem os valores e a solidariedade.

Nesta linha, Patrus destaca um programa nascente e pouco conhecido que é a Casa da Família. Hoje são 901 e atenderiam a 256 mil famílias pobres. Nestas casas, elas devem encontrar orientação psicossocial e encaminhamento para a rede de proteção social, seja de saúde, de educação ou aprendizado profissional. O Bolsa Família fecha o ano atendendo a 5,9 milhões de famílias e implantado em todos os municípios, exceto em 35. Estes e outros programas passam a integrar o Suas — Sistema Único de Assistência Social, lançado ontem.