Preto, pobre e suburbano

Esse aqui é o cotidiano de um simples jornalista carioca que mora e circula pra cima e pra baixo na cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro. Mas acaba sempre voltando pra a base, em Bangu - terra onde só os fortes sobrevivem pq é longe pra burro e tem que ter saco pra aturar as idas e vindas...

quarta-feira, julho 28, 2004

Cena ferroviária

O trem rumava para o terminal Santa Cruz, tinha partido da gare Central do Brasil. Chacoalhava, chacoalhava. Passou, sem parar (pq ele nao pára mesmo) pela Praça da Bandeira, Maracanã, Mangueira e chegou a São Francisco Xavier. Veio na plataforma, correndo com uma caixinha de papelão na mão cheia de alguma coisa q nao deu pra identificar. Olhou pra mim, eu dentro do vagão parado, ele fora, e perguntou: "é o Santa Cruz?". Respondi q sim, né.

Nao foi q o mané virou as costas e disse "ah, ninguém compra nada nesse trem, ninguém tem dinheiro".

Hehe, esnobou a galera do meu trem.