Saiu hoje na coluna no Ancelmo

Asa de Águia

O arquiteto baiano Durval Lélis foi o campeão em arrecadação em shows no primeiro semestre de 2003. Segundo o Ecad, o dono da voz da banda Asa de Águia lidera o ranking seguido de Carlinhos Brown, Djavan, Roberto Carlos e Herbert Vianna.

Aí me lembrei de um post que penso em fazer há tempos e nunca faço. Dizendo que GOSTO mermo do Durval. E p q? Pq ele é debochado, é desbundado, é figura, assumiu que faz música pra se divertir e ganhar dinheiro e é feliz com isso.

Existe muita resistência à música dos caras que é simplesmente uma brincadeira descomprometida. Falam horrores, tacam pedra, e Durval e sua banda seguem em frente. O baiano ganhou minha simpatia quando assisti uma entrevista sua, nem lembro mais onde foi, no início do passado.

Durval contou ser arquiteto, contou correr atrás com seu escritório de arquitetura em Salvador e manter, paralelamente sua banda de rock progressivo Asa de Águia (banda de axé Asa de Águia não faz sentido, mas banda de progressivo com esse nome faz).

Durval fazia apresentações com sua banda tocando e tal, mas, segundo contou ele, começaram a pedir "músicas com le-le-lês e o-o-ôs" e, pra atender a galera, o Asa começou a tocar. Quando deram por si, o repertório já era todo nos le-le-lês e o-o-ôs e a grana que entrava era muito maior do que a do escritório. O que aconteceu? Mandaram a arquitetura pras cucuias e viraram a banda de axé Asa de Águia. Estão errados? Não, só otimizaram o que sabem fazer, tocam zoando o que podem. Se tem gente que gosta, paga pra vê-los e compra seus CDs que mal há nisso?

Ainda mais pq ele mostrou ter total noção daquilo que faz. Isso é um grande diferencial a seu favor.