Preto, pobre e suburbano

Esse aqui é o cotidiano de um simples jornalista carioca que mora e circula pra cima e pra baixo na cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro. Mas acaba sempre voltando pra a base, em Bangu - terra onde só os fortes sobrevivem pq é longe pra burro e tem que ter saco pra aturar as idas e vindas...

domingo, junho 08, 2003

O guerreiro jamais foge a luta

Durante a semana combinei com Fabrício, camarada e amuleto, que ficou de providenciar os ingresso pra vermos o jogo no Maracanã, o Mais Querido x o time azul de BH. E não é que moleque foi sabotado por seu irmão botafoguense e seu primo vascaíno? Ambos jogaram contra. Prometeram que fariam a parada e, sabe-se se por prazer, maldade ou sei lá o quê, atrapalharam. Primeiro saindo da fila na hora de comprar o ingresso sem justificativa, segundo prometendo levar os ingressos até o Fabrício e nada.

Às 13h do domingo não tínhamos ingresso e todos os meios de comunicação diziam: “está esgotado. Tudo foi vendido”. Vicente ia ficar em casa pra ver pela televisão? É ruim. Fui lá pra ver qual era, mesmo sem almoço.

13h50 já tava eu, e o companheiro Fabrício, rodando o Maracanã, com Ervilhão já estacionado longe do alcance dos flanelinhas. Eram os dois atrás de ingresso. Só a polícia não viu, mas eu encontrei pelo menos uns 15 cambistas só em uma volta.

Começaram querendo me vender por 40 real, depois 30 real, 20 real e no fim, comprei por 10 mermo. E lá fui eu. Fui de cadeira, pq de arquibancada não rolava.

Após ter ido a jogos furibundos ia deixar de ir logo na final? É ruim toda vida. Torcedor de verdade não vacila, se vira, dá um jeito, mas tá lá junto com o time.