Preto, pobre e suburbano

Esse aqui é o cotidiano de um simples jornalista carioca que mora e circula pra cima e pra baixo na cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro. Mas acaba sempre voltando pra a base, em Bangu - terra onde só os fortes sobrevivem pq é longe pra burro e tem que ter saco pra aturar as idas e vindas...

quinta-feira, junho 12, 2003

Candelária – Lapa

Como não existe um ônibus Candelária-Lapa, fui andando pra lá mesmo. Desci a Primeiro de Março ainda vendo o engarrafamento com aquela enorme quantidade de gente dentro dos ônibus procurando ir pra casa e mó cabeçada andando.

O Rio é lindo, impressiona como os prédios antigos, muito antigos, são belos e acabam não destoando do mais modernos. Passei a prestar atenção nele depois que minha Luciane falou disso. Até então a ficha não tinha caído.

Na caminhada foi engraçado ver que conforme a gente vai saindo do ‘centro nervoso’, quando já se passou da Presidente Vargas a coisa vai mudando de figura. Da Primeiro de Março fui pra Rosário, Rio Branco, depois Avenida Chile e Rua do Lavradio, já chegando na Lapa. O limite é o fim da Avenida Chile com a Lavradio. Ali tem o último prédio empresarial, o último ponto de ônibus (do S13, que vai pra Bangu).

Não têm mais engravatados, tá todo mundo super largadão, de chinelão e tudo mais. Na Lavradio rola o mesmo número de cabeças na rua, só que ta todo mundo sentadinho, feliz, dentro de bares e com aquelas ampolas de cerveja ao alcance da mão. E isso numa quarta-feira.