Preto, pobre e suburbano

Esse aqui é o cotidiano de um simples jornalista carioca que mora e circula pra cima e pra baixo na cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro. Mas acaba sempre voltando pra a base, em Bangu - terra onde só os fortes sobrevivem pq é longe pra burro e tem que ter saco pra aturar as idas e vindas...

sexta-feira, março 28, 2003

Sou um fura olho

Essa semana sinhá Clarissa, mulher linda, maravilhosa, poderosa e que me abrigou durante meses em Brasília, enviou um e-mail pro Vicente. Ela perguntava se, por acaso, eu tinha trazido dois CDs dela do Mundo Livre S/A, banda favorita da pernambucana. Fui olhar na minha caixinha e percebi: estou com dois "Samba esquema noise" e dois "Carnaval na obra". É mole? A mulher me abriga e me trata como um irmão pro furingudo fazer a limpa nas coisas dela antes de ir embora?

A furação de olho continou até hoje. Vim eu para o Centro numa van. Dormia como um neném até a hora que acordei de repente, já perto do lugar onde devia descer. Num grito pedi ao motorista que me deixasse descer. Desci, atravessei a pista da Presidente Vargas quando lembrei... eu não paguei a parada... Dei calote no maluco... olha eu fazendo feio...