Preto, pobre e suburbano

Esse aqui é o cotidiano de um simples jornalista carioca que mora e circula pra cima e pra baixo na cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro. Mas acaba sempre voltando pra a base, em Bangu - terra onde só os fortes sobrevivem pq é longe pra burro e tem que ter saco pra aturar as idas e vindas...

segunda-feira, novembro 04, 2002

Mais da mesma hitória - Caramelo da amizade

Juntamos os trocados e fomos pra rodoviária, João Goiano tinha dinheiro que daria pra pagar minha passagem e a dele enquanto Marcos Uva e Marquito podiam arcar com suas próprias...

Pegamos o ônibus mais furreca, acho que o Cometa. Tinha um couro duro nas poltronas que incomodava... Já embarcados um dos furingudos - pela bizarrice da proposta deveria sero Uva - fez o senguinte. Tínhamos um caramelo. O péla-saco mandou: "p q a gente nao come o caramelo da amizade?". Pois é, o malandro ainda explicou a proposta. Após vencer a parte mais sinistra etapa do perrengue a gente ia selar a amizade através de um caramelo. Cada um ia por na boca, um de cada vez. Após isso, cada um ia tirar um pedacinho do caramelo. Nojento? Muito nojento. Argh. Cada idéia que esses putos têm. E o pior é que ainda apóiam... Na hora fez sentido. Essas loucuras de estudantes são muito escrotas.

Depois disso, fomos até Botafogo na casa do Uva que deu um mega bonde pra galera. Levou o Vicente a Bangu e depois desovou Goiano e Marquito no Méier, onde o indivíduo goiano mora até hoje. Um perrengue com final feliz.