Preto, pobre e suburbano

Esse aqui é o cotidiano de um simples jornalista carioca que mora e circula pra cima e pra baixo na cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro. Mas acaba sempre voltando pra a base, em Bangu - terra onde só os fortes sobrevivem pq é longe pra burro e tem que ter saco pra aturar as idas e vindas...

quarta-feira, maio 31, 2006

Onde está a mala?

Essa eu ainda não postei. Em Santos, na manhã de sexta-feira vivi uma experiência única até então. Havia chegado de São Sebastião na noite anterior, no caminho o mané aqui tinha ligado para as colegas santistas para dizer que estava a caminho. Perguntaram se meu transporte estava ok. Bom, eu disse q achava q sim, que um carro havia feito o carreto desde Guarulhos até São Sebá e de lá até Santos. A colega com quem eu falava disse que se encarregava de fechar tudo. Lindo. Adoro prestatividade.
Na manhã seguinte, liguei pro motorista que estava escalado para me levar a unidade da empresa e, posteriormente, para São Paulo.

Estava eu na recepção do hotel fazendo o meu check out, vulgo checáuti, e um dos carinhas que lá trabalhavam veio dizendo meu nome e que meu carro estava lá fora. Perfeito. Entreguei a mala e segui fechando minhas coisas.

Saí, procurei o motorista e entrei no carro. Fiz a social básica e perguntei sobre a mala. Ele fez que não entendeu. Tive a clara impressão que estava me zoando. E lá foi o carro seguindo por Santos. Por desencargo perguntei de novo. Ele disse que não sabia. Levando tudo na boa sugeri que se ele estivesse brincando que seguisse para nosso destino. Mas se estivesse falando sério, fizesse a volta para o hotel. E não foi q o cara fez a volta. Aí me deu medo.

Diante da situação, lá fui perguntar onde tinha ido parar minha mala. O carinha da recepção ficou branco com o susto. Começou a correr pra todos os lados. Repetia pra mim com voz trêmula que havia posto a mala dentro de um outro carro diferente daquele do qual eu desembarcara.

Aí, como quem não quer nada, um taxista gordinho e grisalho chegou perto e perguntou se eu era eu. Claro q era. Ele estava com minha mala. A colega santista mandou um táxi me buscar. Uau. Eu tinha dois carros pra fazer o meu carreto, quem diria... Tão importante quanto enrolado.

Sustinho bão, hein. Mas recuperei a mala, troquei uma idéia com o taxista que achou tudo tão surreal quanto eu e pronto. Tomei meu destino com minha bagagem.