Uma feliz manhã no cartório
Achando que abria às 8h, cheguei no referido estabelecimento já perto das 9h. Não havia ninguém nem fila. Entrei. Entrei e perguntei pelo sujeito que inicialmente havia sido comunicado que deveria procurar. A resposta foi “ih, ele é o primeiro escrivão, ainda não chegou”. Senti um cheiro de perrengue no ar. Disse que precisava de uma averbação pra isso por conta daquilo e pronto. O cara, com uma camisa de botões e sem gola, uma calça de risca de giz e aquelas sandálias que deixam os dedos aparecer, chamou alguém pra tentar me ajudar.
Deu 9h e várias velhinhas entraram. Eram oito e me senti o maior fura olho do mundo. Sem saber eu achava estar furando fila das senhoras. Eu, sem saber, por uma porta que não era a principal. Além disso, meu objetivo lá era totalmente diferente das delas (procurações e declarações).
Passavam os minutos e ia entrando gente pra pedir procuração, certidão, autenticação eu lá só querendo a averbação...
Pra diversificar adentra um vendedor de bananadas e doce de leite. Vendedor dentro do cartório??? Bom, do mesmo jeito q entrou, saiu. Mas ficou o susto. E foi só o cara das mariolas sair, entrou um senhor zarolho com uma muleta segura no braço direito. Ela ia e voltava dando a impressão que sempre no próximo passo se apoiaria na muleta. Não, andou pra tudo quanto foi lado com a muleta e não a apoiou no chão em momento algum. Eu, hein.
Já dava uns 20 minutos esperando a benevolência de alguém naquele mar de burocracia quando comecei a ouvir a primeiras vozes do dia bradando contra a necessidade de documento disso e daquilo. Bom, estávamos dentro do templo da burocracia, nada mais contextualizado.
Com 40 minutos lembrei q estava esperando um retorno do tal senhor de calça de risca de giz e sandálias, já tinha me cansado da imersão nas conversas das senhoras que não conseguiam lembrar se haviam estado ali ontem ou anteontem. Ah, o sujeito informou que NÃO faziam aquilo? Ué, como não? Procurei me informar e percebi que estava fazendo caquinha, tava pedindo uma parada errada. Eu não precisava da tal averbação, precisava de uma declaração. Ah, tá.
Achando que abria às 8h, cheguei no referido estabelecimento já perto das 9h. Não havia ninguém nem fila. Entrei. Entrei e perguntei pelo sujeito que inicialmente havia sido comunicado que deveria procurar. A resposta foi “ih, ele é o primeiro escrivão, ainda não chegou”. Senti um cheiro de perrengue no ar. Disse que precisava de uma averbação pra isso por conta daquilo e pronto. O cara, com uma camisa de botões e sem gola, uma calça de risca de giz e aquelas sandálias que deixam os dedos aparecer, chamou alguém pra tentar me ajudar.
Deu 9h e várias velhinhas entraram. Eram oito e me senti o maior fura olho do mundo. Sem saber eu achava estar furando fila das senhoras. Eu, sem saber, por uma porta que não era a principal. Além disso, meu objetivo lá era totalmente diferente das delas (procurações e declarações).
Passavam os minutos e ia entrando gente pra pedir procuração, certidão, autenticação eu lá só querendo a averbação...
Pra diversificar adentra um vendedor de bananadas e doce de leite. Vendedor dentro do cartório??? Bom, do mesmo jeito q entrou, saiu. Mas ficou o susto. E foi só o cara das mariolas sair, entrou um senhor zarolho com uma muleta segura no braço direito. Ela ia e voltava dando a impressão que sempre no próximo passo se apoiaria na muleta. Não, andou pra tudo quanto foi lado com a muleta e não a apoiou no chão em momento algum. Eu, hein.
Já dava uns 20 minutos esperando a benevolência de alguém naquele mar de burocracia quando comecei a ouvir a primeiras vozes do dia bradando contra a necessidade de documento disso e daquilo. Bom, estávamos dentro do templo da burocracia, nada mais contextualizado.
Com 40 minutos lembrei q estava esperando um retorno do tal senhor de calça de risca de giz e sandálias, já tinha me cansado da imersão nas conversas das senhoras que não conseguiam lembrar se haviam estado ali ontem ou anteontem. Ah, o sujeito informou que NÃO faziam aquilo? Ué, como não? Procurei me informar e percebi que estava fazendo caquinha, tava pedindo uma parada errada. Eu não precisava da tal averbação, precisava de uma declaração. Ah, tá.
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