Preto, pobre e suburbano

Esse aqui é o cotidiano de um simples jornalista carioca que mora e circula pra cima e pra baixo na cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro. Mas acaba sempre voltando pra a base, em Bangu - terra onde só os fortes sobrevivem pq é longe pra burro e tem que ter saco pra aturar as idas e vindas...

sexta-feira, dezembro 03, 2004

Tô vivo, tô na área, tô feliz e seqüelado. Má muito seqüelado fisicamente. As pernas ainda dóem. Sacomé, né, sujeito q gosta de sambar é assim. Samba até fazer bolha no pé. E, olha, rolaram até uns rascunhos de bolhas mesmo.

O Trem do Samba é o q há. Salve o samba, salve Paulo da Portela, salve a genial iniciativa do Marquinhos de Oswaldo Cruz e salve Oswaldo Cruz, né, não.

Cara, foi samba sob chuva, ainda na Central, foi samba dentro do trem, foi samba por trocentos cantos de Oswaldo Cruz. Velhas Guardas e partido alto fazem esse suburbano aqui sorrir. E sorri muito.

Pena q meu celular fez o favor de entregar os pontos. Não consegui encontrar várias figuras. Deu um certo ódio, mas espero q todos tenham curtido.

Claro q me irritei com as figurinhas q curtiam 'sua experiência antropológica' batendo com força nas paredes dos vagões, mas isso saiu na urina.

Pior foi o judas do Jacomido q comprou uma garrafa de xiboquinha e cruelmente me incumbiu de tomar com ele. Horror, horror. Ao menos acho q foi a tal xiboquinha q me manteve de pé, com energia até sabe-se lá Deus q horas.

Sei lá, acho q esse ano curti mais. Tanto q fiquei até muito mais tarde. Só baixei em Bangu lá pelas 3h de la mañana. Cruel pro trabalhador braçal da comunicação q tem q estar cedo em casa.

Sabe o q é pior? É a figura do trabalho chegar pra vc e dizer "te vi na televisão no Jornal da Globo, tu tava lá amarradão em Oswaldo Cruz...". Disse a camisa q eu vestia. É, né, a camisa não era exatamente a mais discreta.

Pena o próximo só rola ano q vem. Mas ano q vem vai ser numa sexta, a perdeção de linha sambística vai ser, literalmente, sem hora pra terminar.