Preto, pobre e suburbano

Esse aqui é o cotidiano de um simples jornalista carioca que mora e circula pra cima e pra baixo na cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro. Mas acaba sempre voltando pra a base, em Bangu - terra onde só os fortes sobrevivem pq é longe pra burro e tem que ter saco pra aturar as idas e vindas...

sexta-feira, outubro 01, 2004

Brucutunagem gastronômica

Após trabalhar por 10 horas na quinta-feira, saí do trabalho já rasgado de fome. Sabe aquela fome q chega de sola? Foi essa mesma. Indo do Centro a Bangu ela só crescia. Ao chegar em casa, já do avesso e começando a digerir os prórios órgãos, abri a porta e parti pro fogão. Nada. A ausência materna, dona Glória tá com Seu Carlos em Rio das Ostras, proporciona isso.

Não havia arroz, Irmão-Léo tinha baixando em casa entre o trabalho e a faculdade matado as últimas porções do cereal. E aí? O q fazer? Futucar a geladeira. A fome dizia pra mim: "nem pensar em cozinhar, dá teu jeito. Arruma logo alguma parada aí". Eu acatei.

Peguei o feijão q tinha, umas três almondegas q Irmão-Léo tinha deixado, peguei batata palha e joguei por cima. Catei farinha e lasquei sobre a mistura. Enquanto isso, fritava uma saudável lingüiça. Pronta, jogue por cima do prato.

Matei a fome com gosto. Quando olhei pra refeição pronta, q nao era exatamente a coisa mais bela do mundo, me veio logo à cabeça a seguinte expressão: "diliça". E foi uma diliça mermo. Haha.