Preto, pobre e suburbano

Esse aqui é o cotidiano de um simples jornalista carioca que mora e circula pra cima e pra baixo na cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro. Mas acaba sempre voltando pra a base, em Bangu - terra onde só os fortes sobrevivem pq é longe pra burro e tem que ter saco pra aturar as idas e vindas...

domingo, junho 22, 2003

"Sonhos de Natal"

João Nogueira e Paulo Cezar Pinheiro
Puxado por Kandanda (que fim levou Kandanda que era um grande e promissor puxador?)

Vem chegando a Tradição
Benzendo o chão da passarela
E pra falar nos sonhos de Natal
Pedimos licença a nossa querida Portela
Entre Osvaldo Cruz e Madureira
Ele pôs sua bandeira
E fez seu estado maior

Senhor da fé e patrono da alegria
Samba, jogo e valentia
Comandou com um braço só
Ccom um braço só

Com um braço só, já dei tapa em vagabundo
Dei a volta pelo mundo, mas também já fiz o bem
Com um braço só, vou viver a vida inteira
Mandando em Madureira e em outras terras também

Oh, Natal que sauade
Foram dezenove carnavais
Toda a cidade era felicidade
Sonhos bonitos que já não voltam mais

Vem e guia seus filhos
No derradeiro sonho do seu coração

Volta pra avenida iluminada
Mostra pra rapaziada
O que é a Tradição

Chegou, chegou mas só vem quem quer
Quem é sonhador, como a gente é
Chegou, chegou pra dizer no pé
Respeitando os sonhos do senhro da fé


Natal só tinha um braço mermo, mas tinha uma moral que, reza a lenda, deixou muito malandro pianinho. Foi ele quem inventou essa parada de patrono nas escolas de samba. Em tempo, antes de morrer João Nogueira voltou pra Portela, de onde tinha saído poucos anos antes pra fundar a Tradição.