Preto, pobre e suburbano

Esse aqui é o cotidiano de um simples jornalista carioca que mora e circula pra cima e pra baixo na cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro. Mas acaba sempre voltando pra a base, em Bangu - terra onde só os fortes sobrevivem pq é longe pra burro e tem que ter saco pra aturar as idas e vindas...

segunda-feira, maio 26, 2003

Vontade de bater até tirar sangue

Sexta passada fui ao cinema. Não, só passei perto da fila monstra do povo que foi ver Matrix. A opção foi por X-Men. Gostei, claro. E vai ter continuação... Só quem é mané não saca isso no fim do filme. Mas, o que mais me chamou a atenção foi já do lado de fora da sala.

No sapatinho, fui caminhando olhando as peças na fila. Vez por outra a gente encontra algum conhecido. Mas foi chocante. Vários e vários adolescentes vestidos de preto, com botinas e até sobretudos de couro negro! Deus não dá asa a cobra, juro que seu tivesse um bastão de baseball sentava no cucuruto daquele bando de péla-saco. Ia ser cabongo pra lá e pra cá. Até tirar sangue. Ah, fala sério. Ser fã é uma coisa, ser imbecil é outra.

Antes disso tinha lido no blog do Arnaldo que lá iria ele assistir Matrix, o companheiro tinha reclamado dessa estranha prática de pegar fila pra ver um filme que na semana seguinte tu vai entrar fácil no cinema. Arnaldo tinha imaginado a cena bizarra que encontraria e disse que no caso de se deparar com aquilo, ia gostar de fuzilar os pélas. Bom, como o encontrei quadno eu vazava, não presenciei a espetacular carnificina provavelmente realizada pelo companheiro. Que pena.