Preto, pobre e suburbano

Esse aqui é o cotidiano de um simples jornalista carioca que mora e circula pra cima e pra baixo na cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro. Mas acaba sempre voltando pra a base, em Bangu - terra onde só os fortes sobrevivem pq é longe pra burro e tem que ter saco pra aturar as idas e vindas...

quinta-feira, janeiro 08, 2004

O Galeria do Samba é tão sinistro que os caras têm uma enorme coleção de sambas antigos. Enfim encontrei a letra de Os Sertões, apontado como um dos sambas mais espetaculares que uma escola de samba carioca levou paro desfile.

Autor
Edeor de Paula


Puxadores
Nando e Baianinho


Marcados pela própria natureza

O Nordeste do meu Brasil

Oh! solitário sertão

De sofrimento e solidão

A terra é seca

Mal se pode cultivar

Morrem as plantas e foge o ar

A vida é triste nesse lugar


Sertanejo é forte

Supera miséria sem fim

Sertanejo homem forte

Dizia o poeta assim



Foi no século passado

No interior da Bahia

Um homem revoltado com a sorte

Do mundo em que vivia

Ocultou-se no sertão

Espalhando a rebeldia

Se revoltando contra a lei

Que a sociedade oferecia


Os jagunços lutaram

Até o final

Defendendo Canudos

Naquela guerra fatal