Esse perrengue eu tenho que contar
Após o show terça-feira do Afro Reggae, no Canecão, tinha que voltar pra base, em Bangu. Vazei de Botafogo rumo ao Centro pra encarar o bom e velho 393 (Castelo-Bangu). Lá pelas 00h20 tô passando pelo Castelo, bem na frente do prédio do Ministério da Fazendo e nenhuma viva alma na parada, o que indicava que o meu tão querido coletivo tinha partido rumo à Zona Oeste fazia pouco tempo.
Óbvio que toquei o bonde até a Central, onde mal ou bem, tem gente passando 24h por dia. Pus os pés no ponto, que fica ao lado da sede do metrô e daquele terminal rodoviário que dá pra Presidente Vargas, por volta de 00h30.
Tranqüilo, passou ônibus para Coelho da Rocha, Alcântara (como tem condução pra Alcântara), Madureira, Campo Grande, Pavuna, Mariópolis, mais ônibus pra Campo Grande, Pedra de Guaratiba, Méier, Vila Valqueire, Madureira, Bonsucesso, Inhoaíba (meu Deus, tem gente que vai pra Inhoaíba àquela hora do dia!) e... Bangu, enfim. Pena ser o 392, irmão do 393 que vai pro outro lado do bairro e, portanto, não me serve.
Quando o mané do 393 passou, já tinha passado de 1h da manhã e o único alento que eu tinha era pensar que iria dormindo como um neném até a Zona Oeste. O ônibus parou e mó galera correu pra cima, claro. Parecia entrada de trem da Central na hora do rush. Enfim lá dentro vejo que volta não ia ser das melhores. Mesmo sendo madrugada já tinha uma galera de pé. O 393 tava cheio!!! Surreal!!
O motorista saiu montado no porco, ao menos pensei: “blz, dos males o menor, nessa velocidade vou chegar logo em casa”. O péla-saco do piloto kamikaze quase jogou o ônibus fora da pista na descida do elevado do Gasômetro pra pegar a avenida Brasil, bem em frente ao antigo Jornal do Brasil. Por graça divina o tal piloto teve braço pra segurar o carro, caso contrário lá ia eu estar no jornal como vítima de acidente de ônibus.
E o que parece piada é que ainda podia ser pior. E foi. Lá ia o 393 varado pela avenida Brasil quando, na altura do Complexo da Maré, acho que em frente à Vila do João, rola um barulho suspeito e sinistro na frente do carro. O motorista desceu, olhou, olhou, olhou e subiu outra vez. “Aí, gente, tô sem freio, vou ter que ir no sapatinho até Bangu”. Como assim sem freio? Tava correndo como um louco sem freio??? Como neguinho é irresponsável com a vida dos outros.
Perfeito! O ônibus foi a 60km/h de Bonsucesso até Bangu de madrugada. Ô sorte...
Bom, ao menos cheguei em casa vivo. Isso é o que importa, mas a pequena aventura urbana foi um sofrimento que não estava no esquema.
Após o show terça-feira do Afro Reggae, no Canecão, tinha que voltar pra base, em Bangu. Vazei de Botafogo rumo ao Centro pra encarar o bom e velho 393 (Castelo-Bangu). Lá pelas 00h20 tô passando pelo Castelo, bem na frente do prédio do Ministério da Fazendo e nenhuma viva alma na parada, o que indicava que o meu tão querido coletivo tinha partido rumo à Zona Oeste fazia pouco tempo.
Óbvio que toquei o bonde até a Central, onde mal ou bem, tem gente passando 24h por dia. Pus os pés no ponto, que fica ao lado da sede do metrô e daquele terminal rodoviário que dá pra Presidente Vargas, por volta de 00h30.
Tranqüilo, passou ônibus para Coelho da Rocha, Alcântara (como tem condução pra Alcântara), Madureira, Campo Grande, Pavuna, Mariópolis, mais ônibus pra Campo Grande, Pedra de Guaratiba, Méier, Vila Valqueire, Madureira, Bonsucesso, Inhoaíba (meu Deus, tem gente que vai pra Inhoaíba àquela hora do dia!) e... Bangu, enfim. Pena ser o 392, irmão do 393 que vai pro outro lado do bairro e, portanto, não me serve.
Quando o mané do 393 passou, já tinha passado de 1h da manhã e o único alento que eu tinha era pensar que iria dormindo como um neném até a Zona Oeste. O ônibus parou e mó galera correu pra cima, claro. Parecia entrada de trem da Central na hora do rush. Enfim lá dentro vejo que volta não ia ser das melhores. Mesmo sendo madrugada já tinha uma galera de pé. O 393 tava cheio!!! Surreal!!
O motorista saiu montado no porco, ao menos pensei: “blz, dos males o menor, nessa velocidade vou chegar logo em casa”. O péla-saco do piloto kamikaze quase jogou o ônibus fora da pista na descida do elevado do Gasômetro pra pegar a avenida Brasil, bem em frente ao antigo Jornal do Brasil. Por graça divina o tal piloto teve braço pra segurar o carro, caso contrário lá ia eu estar no jornal como vítima de acidente de ônibus.
E o que parece piada é que ainda podia ser pior. E foi. Lá ia o 393 varado pela avenida Brasil quando, na altura do Complexo da Maré, acho que em frente à Vila do João, rola um barulho suspeito e sinistro na frente do carro. O motorista desceu, olhou, olhou, olhou e subiu outra vez. “Aí, gente, tô sem freio, vou ter que ir no sapatinho até Bangu”. Como assim sem freio? Tava correndo como um louco sem freio??? Como neguinho é irresponsável com a vida dos outros.
Perfeito! O ônibus foi a 60km/h de Bonsucesso até Bangu de madrugada. Ô sorte...
Bom, ao menos cheguei em casa vivo. Isso é o que importa, mas a pequena aventura urbana foi um sofrimento que não estava no esquema.
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