Preto, pobre e suburbano

Esse aqui é o cotidiano de um simples jornalista carioca que mora e circula pra cima e pra baixo na cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro. Mas acaba sempre voltando pra a base, em Bangu - terra onde só os fortes sobrevivem pq é longe pra burro e tem que ter saco pra aturar as idas e vindas...

sexta-feira, janeiro 29, 2010

Causo de banheiro

Domingo era dia de ensaio técnico de escolas de samba na Sapucaí. Como gosto do samba da Mangueira fui lá ver a escola na sua simulação de desfile. Cheguei no início da noite, consegui um espaço no Setor 3 (arquibancada que fica logo após a linha onde se lê "Início" e marca o começo da apresentação).

Passou Rocinha, e passou legal, nada sensacional. Depois passou a Mangueira e me pareceu bem decepcionante. Explico: a verde e rosa não terá um puxador, mas um time de puxadores que levaram o samba simultaneamente. E por conta disso se escuta um grande coro de vozes masculinas e não apenas uma, que era o característico. Bom, no fim das contas não gostei, tive a impressão que faz o asmba perder a força.

Após o ensaio da Mangueira desci da arquibancada, estava cansado e sem gás pra ver o ensaio da Unidos da Tijuca, que foi elogiado por boas e más línguas. Antes de sair do sambódromo passei no banheiro pra marcar o território como bom mamífero que sou. Estou lá, diante do mictório, outros marmanjos despejam o que restou da cerveja consumida por eles e, da porta, vem um voz meio afemininada, meio rouca, dizendo "Olha a porta do box, deixa ninguém entrar".

A marmanjada levou um susto ao ver uma cabeleira loura e aparentemente feminina adentrando o recinto. Vários se recompuseram durante suas mictadas, já no susto.

E eis que... descobriu que a foz e a cabeleira pertenciam um travesti que, como lhe é de direito, também queria mijar. Mas o susto de da impressão de ter uma mulher entrando no banheiro masculino foi grande pra muitos dos mijões no momento.

quinta-feira, janeiro 28, 2010

A vaidade

O Carnaval vai se aproximando e fico vendo os outros e até me olhando no espelho. Por que tanto esforço? Do que vale? Muita gente gasta muito, muita gente esquenta a cabeça, perde momentos de paz e por quê? Pra quê? Por um dos sete pecados capitas... a vaidade.

A vaidade é o que move as escolas de samba do Rio. É a vontade de ser mais bela e mais competente. A vaidade é que move o folião, que quer ter o melhor canto, a melhor fantasia, a melhor bateria, a escola mais bonita.

A vaidade, a nossa vaidade, é tanta que doamos até mais do que gostaríamos para algumas instituições ou mesmo para a festa como um todo. Há quem doe seu tempo com uma habilidade específica, há quem doe trabalho profissional ou mesmo seu tempo de lazer. Por quê? Por conta da vaidade, por saber que fez algo de referência pra festa, por saber que o resultado do seu esforço será visto, será comentado, por esperar palavras elogiosas sobre a beleza, o entrosamento, a criatividade...

Enfim, a imaterial vaidade é o nosso combustível carnavalesco.

Marcadores:

terça-feira, janeiro 26, 2010

Opa, olha eu aqui postando nesse furibundo blógue. :-)


PPS, eu voltei!!!