Preto, pobre e suburbano

Esse aqui é o cotidiano de um simples jornalista carioca que mora e circula pra cima e pra baixo na cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro. Mas acaba sempre voltando pra a base, em Bangu - terra onde só os fortes sobrevivem pq é longe pra burro e tem que ter saco pra aturar as idas e vindas...

quinta-feira, agosto 31, 2006

Colega de trabalho pergunta para Vicente:

" o q vc passa no cabelo pra ele ficar cacheado?"

E Vicente responde:

"passo águra, ora. ou tu acha q realmente passo alguma coisa pra ficar fazendo cachinhos?"

Ela riu e minha ogritude seguiu seu rumo.
"Agradeço ao gentil cavalheiro que segurou a porta e fez com quem milhares de pessoas que viajam nessa condução fossem obrigadas a esperar por sua boa vontade. Faço votos que da próxima vez, para se divertir, vá para um parque de diversões".

Ahn?

Frase dita pelo maquinista do trem em que vim do Centro , por meio do sistema interno dos vagões. Levei até um susto, mas tem gente que aplaudiu a indignação do condutor.

segunda-feira, agosto 28, 2006

Devia ter escrito antes sobre a espetacular vitória do time de Bernadinho no domingo, uma antológica virada pra cima da França. Quem diria que teríamos os franceses em mais uma caminhada rumo ao hexa. Tudo bem, dessa vez era no vôlei, mas e daí? Os azuis são chatos mesmo.

Só liguei a tevê quando estava 2 sets a 0 pra eles. Foi um susto. Imagina a situação... Ligo a tevê torcendo pra ter minha alma lavada com uma estupenda vitória da seleção de vôlei e vejo uma vitória dos malas?

Ah, não. Fiquei lá, sentado. Eu sabia que o carequinha ia dar tanto esporro nos grandalhões de amarelo q os bichinhos voltariam a jogar bola.

Não deu outra, Bernardinho é talentoso e cagão (não nessa ordem). Não foi q o time funcionou? Ah, vou falar a verdade, acho q tava faltando eu assistindo o jogo.

Foram vitórias nos três sets e uma sensação de espantar a bruxa francesa pra longe. Seis vezes campeões da Liga Mundial... Um espetáculo de equipe que se ajuda o tempo todo, que prima pelo entrosamento. Sei lá, acho q vivemos no país do voleibol – embora eu prefira o futebol.
Ih, rapá, eu tinha esquecido q tinha blógue...

quarta-feira, agosto 23, 2006

Ah, os meus amigos...

Hoje foi um dia especialmente puxado no trabalho. E, no fim da manhã, recebi uma ligação fora do normal no meu celular. Minduím, o bom e velho amigo ogro, surgiu do nada com uma demana surpreendente:

- Preciso de uma ajuda sua. Preciso que vc compre pra mim passagem de ida e volta da Bolívia - só ele mermo podia fazer um pedido surreal como esse.

O plano do sujeito era passar o fim de semana em La Paz, coisa muito usual para gente da minha idade q mora em Bangu.

Além de louco e pilhado, Minduím tem um camarada boliviano com quem fez um pedaço do Caminho Inca ano passado. O mané ficou amigo da família do camarada e disse q voltaria. Pois é, só que lembrou ontem que voltaria nesse fim de semana e pilhou com a idéia de voltar lá.

Como não sou de deixar os amigos na pista combinei de encontrá-lo no escritório da LAB (Lloyd Aereo Boiliviano), na Avenida Calógeras, no Centro do Rio. Fui lá, o combinado era encontrar o sujeito na calçada. E quando chego ao local... cadê Minduím? O cara do escritório disse q ele tinha ido a uma agência de viagens perto... fui lá e nada.

Fulo dentro das calças voltei ao meu trabalho e quando chego toca o celular, vem Minduím e pergunta onde eu estava... E ele não estava brincando. Acabei abrindo o verbo e o mané veio me dizer q estava na barraca de cachorro quente na esquina. Não queria minha ajuda, né, vamos combinar... E eu não podia mais sair do escritório... Tanto não podia q só deixei o trabalho depois das 21h. Fiquei sem saber se ele conseguiu desenrolar o seu fim de semana boliviano.

terça-feira, agosto 22, 2006

Como lidar com pessoas difíceis

Um colega de trabalho, já um senhor, um figuraça, chegou do almoço com o livro debaixo do braço e um sorriso de moleque no rosto. "Como lidar com pessoas difíceis" era o livro que trazia. Causou furor naqueles que presenciaram sua chegada...

Tb pudera, existem pessoas difíceis no ambiente de trabalho. Bom, acho q todo mundo tem nos seu convívio diário um outro que possa ser considerado "pessoa difícil".

Mas o melhor foi o mesmo senhor-figuraça dizer "eles são difíceis, mas venceremos todos nos final!". Uhu, isso q é otimismo.

- Já vou ler o livro pra amanhã chegar aqui sabendo tudo sobre como lidar com essa gente - disse com aquele sorriso no rosto.

Adoro otimismo, principalmente da camaradagem próxima. Parece q alivia os eventuais climas ruins que caem de pára-quedas.

sábado, agosto 19, 2006

Moeda de troca

Uma van, que ia de Bangu para o Centro se preparava para tomar a Avenida Brasil na altura do bairro de Realengo, ainda zona oeste da cidade. Logo atrás, outra van, com o mesmo itinerário, também trafegava. Cada qual com uma vaga para passageiro.

Chegaram praticamente juntas ao último ponto antes de entrar na via expressa, a referida avenida. Uma senhora, bem senhorinha, com a filha, menos senhorinha, faziam sinal para pegar a condução. Filha levava mãe para fazer exames médicos no Centro do Rio.

O motorista de um dos furgões emparelhou no outro, abriu a janela para falar o condutor da outra que, também na rua, abriu outra janela para se falarem.

- Aí, leva essa menina aqui q eu levo as duas pro Centro - disse. A menina que seria trocada sorriu diante a situação inusitada estava ao lado do motorist, na poltrona da frente da van, mas não se opôs em ser trocada. Uma conta simples resolveu o caso. Uma van passou um passageiro para a outra. A q recebeu a menina cedida ficou lotada e foi direto pro Centro. A outra van, q cedeu a passageira, passou a ter duas vagas e recebeu a filha que levava a mãe pro médico. Lotou e também partiu pro direto pro Centro.

Todos saíram lucrando no fim das contas... E ainda fico impressionado com sensaçao de posse dos motoristas sobre os passageiros. É uma coisa sensacional...
haha, ganhamos dos azuis do sul. E dá-lhe Mengo.

quinta-feira, agosto 17, 2006

E lá vai o Saci conquistando a América. Mal vi o jogo, fiquei até tarde numa reunião do trabalho... Mas vi o finzinho e a festa vermelha.



Mas fiquei muito feliz também em ver o Abelão campeão. Um bi-vice-campeonato da Copa do Brasil seguidamente foi cruel. Ao menos venceu agora.

Só espero que não venha com aquele caô de que é um título do estado do RS, é um título do Internacional, o time vermelho, isso sim.
Visto no bagageiro de uma moto pros lados de Padre Miguel:

RO-BAR-RINDO
PIZZARIA
Ah, a criatividade popular...

segunda-feira, agosto 14, 2006

Afonso, figura q muito gosto e que vive na querida cidade de Recife, resolveu criar um blógue. Ele mandou e-mail esses dias contando, claro q gostei e resolvi postar aqui o endereço. Ele, a quem chamo de Mestre Afonso - embora já seja doutor - tem um gosto musical sensacional, é um tremendo fotógrafo e tem um senso de humor e uma inteligência que são diferenciais. Pena ser mais dos grandes sujeitos que moram longe do Vicente. O link pro blógue dele, o Bonde do Afonso, é esse http://bondedoafonso.blogspot.com/.
Diálogo dentro do ônibus

Fora do ônibus um sol lindo, um céu azul, azul. Parecia q tinha posto uma piscina azulzíssima lá no alto e estávamos olhando pelo fundo. Nem é necessário que o calor era tipicamente praieiro.
Uma senhora, com ar muito sério, pagou a passagem e passou na roleta, olhou pro trocador e desejou boa viagem e bom dia. Olhou para o motorista e desejou o mesmo. Sabe-se lá porquê se empolgou e perguntou “será que tá sol na praia?” Ah, q senhorinha fura-olho...
Pior, ela ainda continuou: “é que tô pensando em ir a praia ainda hoje”.
Trocador e motorista ficaram calados e fingiram que nem era com eles. Acho q a tia foi sem noção mesmo. Os caras lá na labuta, sofrendo com os trajes de trabalho num dia de sol e a senhorinha esculachando, provavelmente sem saber, com os carinhas... E comigo indiretamente porque presenciei a cena bem de perto.

sábado, agosto 12, 2006

Ser mané é
Sair de casa para ir a um lugar próximo sabendo que pelo menos quatro ônibus te deixariam próximo. Chega ao ponto correndo e, na pressa, pega um coletivo pela cor... Mais a frente descobre que pegou um ônibus errado porque está rumando em outra direção... O mané é obrigado a descer do ônibus e tomar outro, agora olhando com cuidado o número da linha e o destino....

quinta-feira, agosto 10, 2006

Com todo o respeito aos sãopaulinos... eu tô torcendo é pelo Inter nessa final da Libertadores, aquele mesmo, que tem o Saci como mascote.

Pena que Rentería não entrou hoje em campo.

Pena tb que foi só 2 a 1. Bom, poderia ter sido empate tb... Mas o q importa é q não foi e lá vai o Colorado jogar por um empatezinho no Beira-Rio. Ah q vontade de dar as caras lá...

Sou flameguista sim e daí? Gosto do Santa Cruz de Recife e do Inter de Porto Alegre.

quarta-feira, agosto 09, 2006

Nem pense em tirar isso daí!!!

Hoje cedo, no trabalho, a colega que senta na baia ao lado da minha desde a segunda-feira (hoje é quarta-feira) quis tirar a carranca q fica sobre a divisória.

Levantei a voz na hora. "Nem pense em tirar isso daí".

A carranca, uma carranquinha, foi colocada pelo colega q sentava ali anteriormente, mas q partiu para outra unidade da empresa. Ainda coloquei um chapeuzinho mexicano nela pra compor o visual.

Pra chegar a outra colega e dizer q vai tirar a nossa proteção para espantar as almas sebosas? Mas neeeeeeem pensar. Vaza.

Fiz um tremendo discurso em voz alta. A criatura ficou constrangida e pareceu concordar em mantê-la lá no fim das contas. Eu, hein. Como já disse Romário, "entrou no ônibus agora e já quer sentar na janela?". Rola não.

domingo, agosto 06, 2006

Engraçado, meus amigos que torcem para o time da colina sumiram. Há semanas não tenho notícias deles. Nem do Fábio Lino q aparece, enche o saco e some. Pobre candango, deve estar tristinho até agora.
IIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIHHHHHHHHHHHHHHHHHH!

LIBERTADORES, LOGO MAIS EU TÔ AÍ!
Ah... e quem achou q eu esqueci... Esqueci nada.

É CAMPEÃO!!!

Foi doloroso ver sozinho o Flamengo ser campeão. É bom comemorar acompanhado, mas não rolou naquela quarta-feira. Quando o jogo começou eu ainda estava na emrpesa. Dona Glória ligou para perguntar se eu estava vendo, pq ela estava achando a torcida bonita com suas bandeiras e tal. Nada, ficou foi surpresa em saber q eu ainda estava diante de um computador.

Saí correndo para o hotel. Quando cheguei e liguei a tevê o maracador já apontava 1 a 0. Liguei na hora para Frenético, grande sangue bão rubro-negro q confirmou, era aquilo mesmo.

Esperei o fim do primeiro tempo e fui pra rua. Obviamente vestido com o manto sagrado e com minha bandeira amarrada no pescoço.

Aportei em um bar perto, próximo a uma boate que tinha um monte de jovens coloridos se reunindo. Deveria ser algo tipo clubbers goianienses.

Vi o jogo todo. Comemorei sozinho. Agitei minha bandeira, cantei o hino e fui feliz. Em dado momento, enquanto eu esperava para ver a equipe receber a Copa do Brasil a dona do bar mudou de canal.

Pode parar. Fui lá falar com ela. Disse q estava no bar dela só pra ver o jogo, ver meu time. Ela pediu desculpas, disse q era um torcedor do time vice-campeão (Vice de novo!) que pedira para trocar. Perdeu de novo, playboy. A tia pôs de novo na emissora e pude ver a torcida comemorando mais um pouco e o troféu sendo entregue...

Vai ficar a lembrança de ter visto o Mengão ser campeão em Goiás.
E o céu de Goiânia? Tava num azul absurdo. Eu não conseguia caminhar ao ar livre sem óculos de sol. Precisava colocar uma cortininha por lá...
Fui apurar. No dia seguinte fiquei sabendo que o motorista q supostametne me buscaria deu o seguinte retorno ao ser perguntado se havia encontrado o tal rapaz do Rio, q seria eu.

- Busquei o casal e levei pro hotel. (!!!)

Casal? O sujeito buscou um casal em lugar do Vicente!

Fui lá falar com o motorista, lógico.

Ele falou como se eu tivesse cometido um erro que era nao tê-lo encontrado. haha. Gente boa... faz caquinha e joga pra cima de mim...

Ele contou que estava no aeroporto e um homem, acompanhado de uma mulher, foram até ele e disseram "Foi o senhor que veio nos buscar, né?". Ele disse q sim, sequer perguntou quem era e levou os figuras no ato. Sorte deles. Azar o meu.

Perguntei a ele, já um senhor, se ele nao estava de crachá ou com uma plaquinha com meu nome ou com a logomarca da emrpesa. E ele disse q não, que não precisava e q nao era legal usar placa. haha. Nao era legal? Boa, me deixou na mão a mais de mil quilômetros de casa pq ele tem vergonha de segurar uma placa... Eu mereço. Pena que nunca vou saber quem é o cara q pegou o carreto q deveria ser meu, pq no dia seguinte ele deve ter ficado sabendo que pegou o carro errado e deve ter se perguntado quem tinha ficado na pista. No caso, eu! Tudo bem, mais um perrenguinho pra coleçao.
Sair do aeroporto foi uma delícia. Após um expediente no trabalho e a interminável viagem custava nada ir tranquilo pro hotel onde eu ficaria por alguns dias.

Em Santos dois carros foram me buscar. Uau. O PPS mais cheio de moral q já se viu. Mas em Goiânia...

A situação que se passou foi a seguinte. Antes de partir havia ligado para o camarada q eu ajudaria por lá. O sujeito tinha pedido um carro da empresa pra me buscar. Achei q estava tudo combinado.

Ia morrer achando, perdi feião.

Estava sem celular da empresa, só usava o meu valoroso aparelhinho e qq ligaçao fora de casa vem na outra conta com uma cobrança linda da chamada em deslocamento. E pra ficar melhor, o camarada contato em Goiás tinha perdido o celular dois dias antes.

Ou seja: tudo que tinha q dar certo pq eu nao teria como pedir ajuda a ninguém.

No desembarque já estava eu com minha mala e butuca ligada atrás do motorista, alguém com plaquinha da empresa ou crachá. Olhei, esperei, procurei e nada... Meia hora de espera e nada.

Desisti. Peguei um táxi q cruzou a cidade e me desovou no hotel. Aquele alívio por ter chegado, poder tomar um banho e me deitar pra dormir. No dia seguinte eu ia apurar o q houve.
Ir do Rio para Goiânia não é extamente fácil, não existem vôos diretos. O negócio é ir para São Paulo e de São Paulo para lá. Se rolasse â linha Rio-Goiânia gastaría-se coisa de uma hora e meia... Mas como é necessário ir para a capital paulista... a brincadeira vai lá pra umas três horas...

Mas o melhor, o melhor mesmo, é, já com o avião no chão, vc levanta pra pegar seus bagulhos, digo, bagagem e o sistema de som não deixa dúvida do lugar onde se está: soltar um sertanejão na lata.
Há alguns dias dei as caras em Goiás. Fui a trabalho, a missão era ajudar o camarada lá que tinha um evento grande pra tocar. Vicente foi dar uma moralzinha...

E, claro, rendeu histórias que vão virar pôstes.
É isso mesmo. E lá vai o Preto, pobre e suburbano com quatro anos de idade. E vamos frente! Até onde não sei e até quando, haha, tb não faço idéia.
Após um longo período cá estou eu postando. Viagem, problemas no computador, trabalho sinistro do mestrado foram os motivos que me afastaramd o PPS, esse blógue q insiste em se mater no ar.... E deixa eu fazer umas contas... acho q ele fez aniversário de novo....