Preto, pobre e suburbano

Esse aqui é o cotidiano de um simples jornalista carioca que mora e circula pra cima e pra baixo na cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro. Mas acaba sempre voltando pra a base, em Bangu - terra onde só os fortes sobrevivem pq é longe pra burro e tem que ter saco pra aturar as idas e vindas...

segunda-feira, janeiro 31, 2005

O boy metrossexual de carnaval

O mané tava dizendo q ia viajar, q ia isso, q ia aquilo. Ganhou a fantasia no sorteio e tá todo marrento. Hoje tá escutando o samba repetidas vezes pra decorar. Aí chego perto dele e digo "bom esse samba, né. O refrão é legal". E não é q o furingudo vira pra mim e diz na maior careta: "isso é escola, nao é aquela tal de Mocidade". Não dá vontade chutar a canela dum furingudo desses?
O último ensaio técnico

Uma verdadeira festa popular. A Mocidade verdadeiramente desfilou pra comunidade de Bangu e Padre Miguel. O último ensaio técnico serviu pra dar um gostinho pro q está por vir. Festa popular na essência, com o povo tocando e cantando pra si. Obviamente faz parte da preparação para um concurso levado muito a sério, mas ali era um misto de 'treino' e exibição pra comunidade. Uma equipe de filmagem, q me pareceu ser da Transpiração, estava presente, vai fazer um filme sobre o carnaval e a escola foi escolhida pra ser filmada se preparando e executando seu carnaval.

Obviamente os carros alegóricos não foram, em seu lugar estavam ônibus. No mesmo esquema dos desfiles técnicos no sambódromo. Mas todos os motoristas estava lá dentro dos seus respectivos coletivos e trajando gravatas! GRAVATAS! Fala sério.

Após ter ensaido com disposição o canto do nosso samba-enredo, ainda vêm um dupla de menicos com carinha de comportadinhos além da conta me entregar panfletos pra ir pra igreja deles. Os caras queriam me converter após o ensaio técnico??? Gente, menos, né. Vamos respeitar a nossa cultura popular.

domingo, janeiro 30, 2005

Samba, muito samba, algum funk, "anthraz" e vários fuzis

O último sábado antes do carnaval guarda sempre um dos melhores ensaiosa das escolas de samba. No caso da Mocidade não é diferente. O canto do samba-enredo tá afinado, a bateria tá em ponto de bala e a expectativa está a toda.

É arrepiante ver a quadra enchendo a boca pra cantar o samba, principalmente os refrões. Horas e horas acabando num suadouro em verde branco.

Já pelas 4h30, 5h veio o caô da camaradagem com quem estava pra irmos dali pro baile funk na Unidos de Padre Miguel. Perto, bem perto. Dava pra ir andando. Já fora da quadra, veio a idéia de um dos sujeitos: "vamos por dentro da Vintém".

Entra-se por uma viela e, tcharan!, vários papeizinhos pelo chão onde se lia "anthraz". Hmmmmm. o q seria? Sei lá. Passei direto pelos papezinhos e uma galera sentada segurando um singelo fuzilzinho. A caminhada por dentro da comunidade seguiu. Já perto da quadra onde rolava o funk, mais uma galera amarradona, num papo super animado.

O grande detalhe, o grande diferencial é q as pessoas transitam com enorme normalidade com armamento nas maos. A poucos metros, papa mikes com cara de q iam me morder carregavam armas bem parecidas. Sabe o q é estranho? Isso tudo num clima festivo, sem ar belicista. Sem medo. É estranhamente normal naquele contexto. Ah, claro. caminhou-se mais um pouco e chegou-se ao balie funk. O fim de noite foi ao som de tuqui-tuqui, o pancadão pra chacoalhar o popozao.

sábado, janeiro 29, 2005

Falando em fantasia...

Sexta-feira rolou sorteio pra ver quais furibundos ganhariam o sorteio pra desfilar na escola q é patrocinada pela empresa. Eis q um dos ganhadores é justamente o folclórico boy metrossexual. haha. Achei maneiro. Em meio àquele bando de gente um dos rabudos foi justamente o marrento do moleque de Nova Iguaçu. Tão marrento q tava lá tirando onda com minha cara, amarradao. Mas entubam tanto o cara q nao tenho como contestar o merecimetno dele em ganhar a tal fantasia. Pois bem, só espero q o boy metro aprenda o smba e não faça feio no sambódromo.
Luvas?!

Na tarde de hoje fui com Dona Glória buscar a fantasia. É linda. Um ixpetáculo só. Representa os bailes de Veneza no enredo q fala da cultura italiana. Chpaéu, ombreira, calça, blusa, uma cal;a por baixo tipo meia-cala (diliça!) e os sapatos. Aí, vem a presidente de ala e diz "as luvas eu entrego no dia do desfile pq perdem com facilidade". Luvas??? Ainda tem luvas?? Meu Deus!!!

haha. Vou pensar se ponho foto disso aqui ou não.

sexta-feira, janeiro 28, 2005

Onde? Em q lugar do mundo vc vai ao banheiro do 11º andar, olha pela janela e vê um banda tocando marchinhas de carnaval, sendo seguida por uma galera, às 18h30 de uma sexta-feira, cruzando a esquina? Detalhe, a avenida é simplesmente a principal do Rio de Janeiro. Salve o jeito carioca desencanado de ser.
Ser mané é

Comprar passagem numa empresa área, desmarcar a viagem. Ficar com a passagem paga, só esperando uma nova oportunidade para remarcação, o velho caô do crédito. A tal da companhia meio q degringola e o sujeito fica com um preju lindo na mão. A companhia é a Vasp. E esse 'ser mané é' não é na minha conta, mas na do Impregnante aqui do lado.

quinta-feira, janeiro 27, 2005

Agora vamos tacar pedra no corresponde do NYT?

Deu hoje no Globo que a tal Garota de Ipanem rechochuda q o mané do Larry Rohter levou pro Niuiórque Taimes não é brasileira, mas tcheca. Ahan. O gancho pra matéria era muito bom, mas o tratamento dado... peraí. O cara entrou numa de esculachar o meu país e meu povo. Dá não, mané. Má num dá mermo.



O cara sequer falou com as madames, sequer chegou pra ver de onde eram e tal. A imagem da mulher brasileira gordinha nem é de uma mulher brasileira. Pior, a mulher não foi ouvida e nem gordinha diz q é. Sei não, hein. O tal Larry me parece um carinha bem mal intecionado. Lá me casa chamamos isso me mal caráter mesmo.

Além de tacar pedra no Lula por conta do suposto alcolismo do presidente da República, sem sequer, MAIS UMA VEZ, ouvir o Palácio do Planalto. Pior, sem relativizar. Tomar umas e outras não é um hábito, digamos, tão fora do normal no Brasil. Tomar uma cerveja, dar uma beiçada em vinho, uísque e cachaça são coisas bem normais, ao menos entre os meus conhecidos q são de várias classes sociais e de vários pontos dos país. Naquele episódio achei uma pena ele não ter levado um pé na bunda do Brasil.

Ética constestável a do referido jornalista pouco responsável, hein.

O Paulo Roberto Rodrigues publicou no No Mínimo um texto falando do mesmo repórti como temática do desfile do Imprensa q eu Gamos, semana passada. Tá aqui o link.

Pra terminar, lembro do refrão do Imprensa q eu Gamo:
"Não gosta de cachaça,
Não entende de mulher.
O Larry Rohter, sera q ele é?"
Nova aquisição

Andando de bobeira na tare de ontem resolvi entrar na Livraria da Travessa. Erro. Grande erro. Tenho q aprender a não entrar a esmo em livrarias e lojas de CD. Deparei-me com Geografia Carioca do Samba, de Luiz Fernando Vianna com fotos de Bruno Veiga. Dei uma folheada na edição em capa dura e cheguei a conclusão: precisava do livro.

Fala do samba em diversos cantos da cidade. Na Praça Onze, no Estácio, na Lapa, em Ramos, em Madureira e fala até da minha área. Ah, muleque. Fora a parte de texto, as fotos dão uma tremenda beleza e graça ao livro. Sensacional.

Ontem já comecei a ler. Maravilha. Maravilha. Maravilha.

quarta-feira, janeiro 26, 2005

A incredulidade que vem da chefia

Mesmo com uma chuva fina e insistente dei as caras na Saara, o mercado popular mais figura e variado q existem por essas terras. Fui atrás da minha máscara de clóvis e da capa. Não deu outra. Comprei a máscara, tá na mão. Só não encontrei a capa, a chuva me impediu de dar uma procurada caprichada.

Já de volta, tcharan, vou mostrar pra geral. Mostro a um, a outro e por aí vou. Mas o melhor veio quando fui mostrar pra chefe. C L A R O q tem q mostrar pra chefe. Etnrei na sala dela com aquela singela máscara e fui surpreendido com uma olhar de incredulidade. Ficou olhando, olhando, olhando. E ela q gosta de soltar algum impropério na minah direção só perguntou sem se deixar acreditar "Bate-bola?". hahahaha.

Demorô. Era pra ser uma bincadeira, mas teve gente chocada...
Sabe o q me irrita? É o sujeito q se diz evangélico q joga um caô dizendo estar torcendo pra chover no carnaval. Egoísmo sinistro, hein. P q tem gente tão tacanha no mundo? Generalizar, dizendo q todo evangélico é assim tb é judaria (judaria nao é de judeu, é de Judas mermo), vejo por meu amigo Sino-africano Sodré, que gosta tanto de carnaval quanto eu, e o irmão mais velho de Dona Glória, q é música e não perde o Bola Preta nem o desfile da Mocidade nem por um decreto. Ambos observam a mesma coisa q eu nesses dias: uma enorme euforia popular, uma enorme manifestação de alegria e criatividade, de libertação mesmo. É o momento máximo da cultura popular daqui.

Ah, é coisa do capeta? É não. O capeta pode até estar no meio da cabeçada, no meio da massa (e nao é só no carnaval), mas todo mundo tem senso crítico (alguns mais, outro menos, mas todos têm). E cabe ao indivíduo ter discernimento de abraçar o capeta ou não. Eu posso abraçar um monte de gente, mas ele, haha, é ruim, hein. Não abraço mermo.

E q não chova no carnaval.

terça-feira, janeiro 25, 2005

Matéria publicada hoje no Globo Online, é do gente boníssima Luciano, um dos pernsonagens encontrados no Imprensa q eu Gamo, sábado passado. Fala da Un~iao de Jacarepaguá, simpática escola verde e branco q ficava perto, muito perto, do colégio onde fiz segundo grau, o Pentágono. Pouco mais a frente, na mesma rua, fica a quadra da Tradição, q é um tipo de primo rico do carnaval.

União de Jacarepaguá sonha em deixar o gueto Carandiru
Luciano Dias - Globonews.com
RIO - Um antropólogo, após visitar os barracões das escolas de samba do Rio de Janeiro, poderia se inspirar e escrever uma tese um tanto panfletária que teria o seguinte título: ''A invenção do Apartheid alegórico''. A defesa estaria baseada no argumento de que a maior festa carioca está dividida entre os que têm a senha do cofre e os que fazem milagre com a verba oficial. Parafraseando o ministro da Cultura, Gilberto Gil, de um lado é o carnaval do Grupo Especial, do outro é a fome quase total do Acesso A, B, C... A dissertação poderia ganhar corpo em um personagem que transita nos dois universos. Júnior Schall, 31 anos, sorri quando está no equipado ateliê da Porto da Pedra, e transpira no espaço da União de Jacarepaguá, uma das sem-teto da invasão Carandiru, na antiga garagem de trem ao lado da Rodoviária Novo Rio.

O link pra matéria toda tá aqui.
Conversa em flamenguistas:

- Vicente, tá aberto teste lá na Gávea. Quer ir?

- Valeu, mas já passei da idade e sou o maior perna de pau.

- Liga não, com esse time q tá lá não vai dar, só tem perna de pau.

Esse era Paulo Rui, personagem q me levou ao Maracanã pela primeira vez para ver um jogo do Flamengo, há pelo menos 20 anos (o Zico e o Júnior jogavam naquela época), falando comigo enquanto eu chegava na rua em q moramos.
Vamos reclamar?

Ontem rolou uma mega chuva na cidade. A tal mega chuva parou, mas parou mesmo a principal via expressa da cidade, a Avenida Brasil. A via parecia um enorme estacionamento. A situação era tão crítica que centenas de motoristas ficaram fora dos seus carros esperando as águas baixarem. Foram horas tentando ir pra casa. Eram filas intermináveis de carros parados tanto no sentido Centro quanto no sentido Zona Oeste.

Aí vou pegar os jornais hoje pra ver se saiu algo. E NADA foi publicado a respeito. N A D A. Não existe qq alusão ao perrengue de ontem. Isso me irrita profundamente. Os caras falam q um tiroteio no morro levou pânico e criou um suposto arrastão na praia, mas não rola qq linha de texto quando um número muito maior de cariocas fica literamente na pista por conta da chuva. Afinal de contas, né, do q importa q um bando de suburbanos está enfrentando problema pra voltar pra casa após uma segunda-feira de trabalho numa via pública.

A prefeitura diz q faz super obras na via, que troca tudo quanto é galeria pluvial. Q a avenida nunca foi tão boa. Ahan. Eu vi. Vi como continua tudo exatamente como sempre foi: um caos. Mas esperar o q de um prefeito q só governa praqueles q estavam na praia no tal dia de pânico e arrastão?

O q é pior, se ninguém cobra, se a imprensa não fala, é como se oficialmente não tivesse acontecido. Q ódio, hein.

Pois bem, vou enviar e-mail pro senhor prefeito falando disso.
Fantasia de carnaval

O sujeito aqui cismou de sair de clóvis, o bom e velho bate-bola, no carnaval. Vou viabilizar uma daquelas CLÁSSICAS máscaras de arame, uma capa e uma bola (claro). Pro calor da cidade ta de bom tamanho. Os macacões que a galera usa são maravilhosos, mas não faço parte de grupo algum, quero mais e brincar, o negócio é ficar com a proposta mais levinha e desencanada mermo.

Irmão-Léo ta de graça, não topou a idéia. Aposto q Arthur Frenético viria comigo impregnar geral de bate-bola. Hehe. Mas o mane ta mais pra papangu q outra coisa. Pudera, vai passar o carnaval em Recife.

Logo mais vou a Saara viabilizar as paradas pra brincadeira. Quem quiser q venha junto, quem não quiser, ó, caguei.

segunda-feira, janeiro 24, 2005

- Oi, a senhora não mora no Parque Leopoldina?

- Sim, moro.

- A senhora não é catequista?

- Sim, sou sim.

- Ah, eu fui sua aluna no catecismo!

E seguiu-se um abraço apertado.

A cena aí em cima aconteceu justamente dentro de uma ala no ensaio técnico de ontem pela Rua Coronel Tamarindo, ainda em frente à Praça Guilherme da Silveira, ao som da bateria de mestre Bira.

Por vezes a popularidade de Dona Glória me surpreende. Fora isso, nem contei a quantidade de gente dando tchau pra ela das calçadas. Bom, o q dizer da catequista q reúne os seus alunos pra fazer um baile de carnaval? Ixpetáculo absoluto, mas isso já tem dois ou três anos. Essa é minha progenitora.

domingo, janeiro 23, 2005

Antem de falar mal do Flamengo só quero registrar q o time precisa de um técnico e náo de uma mosca morta como o JC Leal.

Os tais reforços só me irritaram. O Fabiano, o zagueiro, falhou nos dois gols de cabeça sofrido. O marcos Denner nao viuacor da bola.

Levar três gosls do do Olaria, veja bem do OLARIA, no Maracanã não é legal. Má não é legal mermo.

Como nos campeonatos recentes em que nossa estréia foi justamente contra os os azuis da Rua Bariri, perdemos e fomos campeões, não me irritei.

E claro q qq comentário aqui fazendo gracejo será enviado pra o espaço.
Fim de semana com o bloco dos jornalistas, o Imprensa q eu Gamo, e Mocidade, muita Mocidade. Salve a aproximação do carnaval.

Sábado lá foi o famigerado bloco dos coleguinhas, acho q foi o melhor desfile q já presenciei. Além do q o samba era muito bom. O refrão era sensacional:

Não gosta de cachaça
Não entende de mulher
O Larry Rohter, será que ele é?

E o melhor, todos respondiam a plenos pulmões: "Bicha!".

Depois? Ainda fui parar pelos lados da Vila Vintém. Mocidade até o amanhecer. Tô gostando cada vez mais da brincadeira.

Não satisfeito, ainda rolou corda e pilha pro ensaio técnico da Mocidade. Dona Glória tá com o samba na ponta da lingua. Dá até orgulho de ver. Foi mandando bem de Guilherme da Silveria até a quadra da Mocidade, obviamente, em Padre Miguel. E a expetativa pro carnaval só cresce...

sexta-feira, janeiro 21, 2005

Começando os trabalhos

E amanhã, quando eu deveria fazer a tal operação pra abrir mais espaço pra concentrar meleca, abrirei meu trabalhos para o carnaval 2005. Tem o bloco dos jornalistas, o Imprensa q eu Gamo, ali pelo Mercadinho São José. Os caras marcam às 16h, a gente chega lá depois das 16h e o bloco mesmo só sai lá pelas 18h. Mas tá valendo. Lá estarei.

Esse ano o samba fala da alma sebosa do Larry Rohter, o famigerado repórtir do Deniuiórqui-taimes, q vive por aqui, pelo Rio, escrevendo barbaridades sobre a gente. Será q o repórti ianque vai aparecer por lá? hehe.

Uma atualização no pôste. Recebi a letra pelo correio, tá publicada agora.

O LARRY ROHTER, SERÁ QUE ELE É?
(Marceu, Janjão, Fábio Nascimento, "Larry Rohter" e "Harry Potter")
Deu no New York Times
que a Garota de Ipanema é fofa
E viram nas morenas bundas flácidas
Com celulites e culotes retumbantes
Que a nossa musa agora é uma baleia
Sereia de antigos carnavais
"O Brazil não conhece o Brasil"
O Lula é presidente ou um barril?

Não gosta de cachaça
Não entende de mulher BIS
O Larry Rohter, será que ele é?

VEJA, ISTO É a nossa ÉPOCA
Só tem PLAYBOY, não há MANCHETE nem VISÃO
Já não tenho mais emprego
Mas pelo menos me livrei do pescoção
No carnaval, eu faço frila
No Mercadinho, em liquidação (Imprensa, meu bem)

Imprensa Que Eu Gamo, meu bem BIS
Cheguei a dez, mas já estou a mais de cem
(e o Larry deu!)
Trabalhar num sexta-feira localizada entre um feriado e o fim de semana é sinistro. Ao menos o trânsito foi merreca.

Ontem, feriado de São Sebá, nada de construtivo para o mundo foi feito. Mas nada. Dia clássico de barria pra cima e pernas pro alto. Doloroso é acordar cedo pra encarar a vida de novo e a volta ao escritório

Parece q até o meio dia é segunda-feira. Depois disso volta a ser sexta. Ufa.

quarta-feira, janeiro 19, 2005

Ser mané é

Trabalhar no décimo primeiro andar. Pegar o elevador. O elevador parar no terceiro andar onde sobe um sujeito. Subir. Parar, o sujeito saltar do elevador. Subir mais um pouco e vc perceber q está no vigésimo primeiro andar e q o tal sujeito ficou justamente no décimo primeiro, onde o mané aqui devia ter ficado.
Estranho diálogo entre pai e filho

Vicente: Seu Carlos, o senhor vem pro Rio no carnaval, né?

Seu Carlos: Claro q não, vou ficar aqui. Tua mãe vem pra cá tb, p q vc não vem com seu irmão?

Vicente: Olha, Dona Glória vai desfilar comigo. Não sei se ela vai depois. O desfile é na noite de domingo.

Seu Carlos fica num incrédulo silêncio.

Seu Carlos: Ela vai desfilar na Mocidade?? Peraí. Eu vou voltar pro Rio pra ver isso. hahahaha.

Nota do filho: Seu Carlos, morador da Região dos Lagos e portelense que é, escuta há anos Dona Glória, mangueirense q é, falar mal da nossa escola de Padre Miguel. Sua incredulidade se deve ao fato de não ver muito sentido em ver a esposa, minha progentiroa, desfilando pela escola q ela supostamente não gosta. Vai ser, no mínimo, divertido.

Ontem a progenitora já estava decorando o samba pra não fazer feio no desfile... A gente vive e vê coisas q nunca imaginou... haha. Seu Carlos, fanfarrão e bonachão, não vai perder essa de jeito algum.
Hoje o dia tá no mais clássico caos. Tudo ao mesmo. Má tudo mermo. Eqnuanto isso, vamos lá. Tem q ser feito, né? Vai ser feito.

Roberta, minha madrinha de blógue e amiga desde os tempos de faculdade, costumava dizer que quando as trolhas estão voando o negócio é pegar a menor, sentar em cima e ficar quieto. Só q tenho uam questão, são várias pequenas voando ao meu redor... Xi... Vai dar pra pegar todas não, o negócio é dar um teco em um de cada vez e ir derrubandos as pequenas situaçãoes cri-cri.

terça-feira, janeiro 18, 2005

Na preguiça, acabo me utilizando de idéias alheias. Claro q dando crédito, né.

Vou botar aqui o link pro texto do Marcelo Camacho, publicado hoje no No Mínimo. Ele esculacha com o Big Brother q, confesso, já vi uma vez ou outra sem encher os olhos.

O link pro texto tá aqui.

As idéias beiram o zero.
O senso crítico parece estar se acomodando.
Uma estranha indolência toma conta do Vicente.
O q está acontecendo?
Será q não tem mais nada pra eu reclamar da classe média? Do prefeito? Da governadora? Da cidade ou de mim mesmo?

segunda-feira, janeiro 17, 2005

E o Bezerra da Silva, hein. Zé Maria buscou o coroa. Bom, o cara deixou um belo registro da maladragem e da vida no morro. Teve uns manés q falaram q o cara fazia 'gangsta samba'. Tenha dó, o cara fazia samba antes mesmo do hip hop ser um movimento. Eu, hein. Bom, q o seu samba marginal continue sendo tocado e lembrado, é um registro importante q nao tem muito espaço na grande mídia.
E a coleção de camisas segue crescendo... Semana passada foram incorporados o do XV de Piracicaba. Segundo Pinô, impregntante ali do lado, q já andou pela região, o simpático clube atende pela alcunah de 'xisve', numa alusão ao X e ao V. Irmão-Léo, já curtiu a camisa q tem listras horizontais em preto e branco. É, digamos, algo meio excêntrico...




Ah, e agora tb rola uma do Caxias. Uma blz de grená.





Eu e minhas leituras de jornal...

Segunda-feira passada os jornais abriram sua primeira página de sola. Falavam de correria e pânico no Leme, na Zona Sul da cidade, ao ladinho de Copacabana. Um tiroteio no morro do Chapéu Mangueira, favela q fica perto da praia, fez as pessoas correrem. Teve quem dissesse q houve arrastão. Li as matérias e não identifiquei arrastão algum.

Aí, nessa segunda-feira (hoje) um matéria, a meu ver com desfecho mais grave, teve espaço menor. Os jornais falam de uma menina de 14 anos q morreu após um susto na praia do Recreio, Zona Oeste da cidade. A menina, com problemas no coração, teve um piripaque após um tiroteio na areia da praia. Os jornais dizem q ela morreu após uma confusão em que um sujeito teria falado alguma gracinha pra mulher do outro. Um dos manés estaria armado e largou o dedo pra cima do outro.

Pois bem, o q é mais grave? O tiroteio que não aconteceu na praia e o arrastão q não acoteceu ou o tiroteio q aconteceu na praia e uma adolescente morreu?

Sei não, vejo que a campanha de demonização das favelas continua em alta, com força total. Ganhando cada vez mais força na mídia. É a direitização do carioca ficando cada vez mais forte.

Nao quero tirar o peso de nenhum dos acontecimentos, não sei se é uma forma de ver os fatos de um jeito maniqueísta, mas q eu vejo a tal demonização, ah, eu vejo.
Da trupe independente de Padre Miguel

E não é q sábadão tava lá? Na quadra da Mocidade. Como chama camarada-firuleiro Emerson, nosso solo sagrado.

Cheiaço. Geral cantando. Clima bom. Acho q vai dar pé. A expectativa está super positiva em relação ao desfile, mesmo com toda a estranheza de ser a primeirona na passarela do samba.

O q me enche os olhos e ver q a escola não fica cheia de turista. A galera é basicamente da Zona Oeste e Zona Norte, é gente identificada sem essa balela de escola da moda. Pode-se falar o q for, mas é realmente a comunidade de Padre Miguel e arredores q faz da escola o q é.

E vâmu q vâmu. Q a trupe independente de Padre Miguel faça bonito no desfile.

Andei ouvindo relatos de gente com medo de ir até a quadra, na Vila Vintém. Sei não, hein. Vi tudo na boa, tudo na paz. E, sinceramente, se tivesse tempo ruim estaria vazio... E o q presenciei foi justamente o contrário.

quinta-feira, janeiro 13, 2005

Ficando com cara de carnaval

É bom demais andar pela cidade e ver que as coisas começam a tomar cara de carnaval. Os preparativos vem num crescente que vão culminar nos dias mais esperados do ano para muitas pessoas. Dá até a impressão q o ar muda, que fica mais leve, mais alegre, mais colorido até.

Após idas para Ouro Preto (em Minas), pro sul do Espírito Santo, pra Recife e Olinda (em Pernambuco) volto a ficar na minha cidade. Ano passado já até rolou um início de adptação. Na quinta-feira antes do carnaval estava com os Escravos da Mauá, na sexta-feira foi a vez de dar as caras no Carmelitas, em Santa Tereza. Na manhã do sábado, corri pro Centro pra pegar o Bola Preta, mas horas depois estava baixando em Recife, no Aeroporto dos Guararapes. Ainda lá em Pernambuco comecei a sentir a necessidade de ficar por aqui nesse ano de 2005. E vou ficar e aproveitar muito.

Planos? Não muitos, só indicativos. Certeza apenas de q vou pegar praia, que estarei na manhã de sábado no mesmo e sensacional Bola Preta e o início da noite de domingo desfilando pela Mocidade. O q vier é lucro. O q rolar, rolou. Opções não vão faltar. Pena q são poucos dias. Mas é justamente por serem poucos dias q se espera com tanto gosto por eles.

Salve o carnaval e salve o Rio de Janeiro.

quarta-feira, janeiro 12, 2005

Entregando a Deus

É sabido q o gato é preto e a chapa é quente. Enquanto isso, a vida segue, a luta continua e o carnaval chega perto. Ihi! Carnaval chega perto, ah, muleque.

Sabe coé? Tô na fita pra desfilar por ela q é a minha escola de coração, a Mocidade Independente de Padre Miguel. Melhor. Dona Glória, mangueirense declarada que nunca foi lá muito fã da Mocidade vai comigo. Vai ter q cantar o samba a plenos pulmões e sambar que eu sei q ela sabe.

Demorô.

Será q a alma da progenitora será salva nesse carnaval?

Ah, pra pagar a fantasia? Entreguei a Deus, vou pagar.

O período é perrengue, mas o carnaval será totalmente dedicao ao Rio, nossas coisas, nossa cultura popular.

Salve a Mocidade e a trupe independente de Padre Miguel.
Justo no período em q a empresa q me paga some, eu não recebo o salário de dezembro, o outro jornalista aqui da parada entra de férias, brotam várias coisas importantes e impostergáveis. E aí? O q fazer? Hora extra? Ahn? Não tem isso, não... Não tem nem salário de dezembro, imagina essa coisinah de hora extra.... Hmmm... Sei não, hein.

Bom, tudo tem q caber durante o horário do expediente. T U D O. Dará? Será? Hmm... Será lembra o gordinho da Skol... Acho melhor optar pela Skol e deixar rolar. O q der pra ser feito será feito. Será? E o q nao der pra ser feito nao será. Será??

terça-feira, janeiro 11, 2005

Olha o bombeiro mais figuraça q tem virando pauta



É não é que o coronel Marcos Silva virou matéria? Tem matéria sobre ele no Globo on line. O coronel é figuraça, sempre quando penso em personagens cariocas ele me vêm a cabeça. O cara tá em todas. E é suburbanão tb, hehe. Cria de Marechal Hermens, logo ali do lado de Guadalupe, local onde primeiro morei e de onde saíram para o mundo Seu Carlos e Dona Glória, meus progenitores*. O coronel bombeiro trabalha todo santo dia. Mas é todo mesmo. Tem repórter q não gosta dele, acha a figurinha muito fácil de ser encontrada. Eu particularmente me amarro no cara. O bicho trabalha com uma paixão q é de encher os olhos. Além do q salvou algumas matérias minhas com sua onipresença em termos de salvamentos de gente e de bicho.

Ó o link pra parada aqui.

* Pinô, o impregnante biólogo do outro lado da baia, fez o favor de me mostrar o crime. Progenitor escrito com J (estava proJenitor. Horor, horror). Puts, queima eu, Jesus.

Deu hoje no Ancelmo Góis:

Cena carioca

Domingo, às 21h20m, a Viradouro incendiava com seu ensaio a Sapucaí, no Rio. Um motorista do ônibus da linha 126 não resistiu ao chamado do samba. Estacionou numa bifurcação do viaduto que leva ao Túnel Santa Bárbara, e ficaram, ele e os passageiros, uns bons 15 minutos assistindo ao desfile da escola de Niterói.

Ninguém chiou pelo pit-stop.
Mostrando bigode

E lá vai a Luma mostrar o bigode de novo. Meu Deus, como ela gosta de pôr o bigode pra fora. Bom, meu encanto por ela foi abaixo depois q ela traiou a Mocidade no último carnaval. Seria a rainha da bateria da escola, depois disse q tava grávida e ignorou solenemente a verde e branco de Padre Miguel. Não teve a dignidade de dizer q nao queria desfilar e inventou uma falsa gravidez. Atitude bem escrotinha.

Além do q passou a curtir criar quizumba com os coleguinhas fotógrafos. Esqueceu q só é a Luma por conta desses mesmos colegas q fotografam ela por aí.

segunda-feira, janeiro 10, 2005

38º

Ao menos o termôtro ali em baixo, no cruzamento da Rio Branco com Presidente Vargas, diz isso. Com 38º eu merecia estar em algum lugar diferente desse escritório. Algo tipo praia, por exemplo.

O pior é q passou o final de semana e nada de deixar a areia entrar entre os dedos. No sábado fiquei com preguiça. No domingo, Irmão-Léo, q é sangue bom q só, não me acordou quadno partiu pra praia no Ervilhão. Sinistro é q eu tinha uma festa de aniversário da filha de uma amiga pra ir... Nao dava pra ir de ônibus.

sexta-feira, janeiro 07, 2005

O boy metrossexual no mais completo frenesi

Tarde de sexta. Pessoas felizes justamente por ser tarde de sexta. Enquanto eu tô mais entubado q o normal (geralmente os momentos entubativos são mais, digamos, calmos), o boy estava tranqüilo e feliz, sem perrengues para resolver. Pois bem, nesse momento de pouca preocupação o sujeito vem e lê esse blógue aqui. Não sei como ele arrumou o endereço, mas ele e o biólogo impregnante ali do outro lado da baia são os leitores mais assíduos q eu já vi. Todo dia dão uma futucada nessa josta e reclamam quadno nada escrevo.

Volto ao motivo do pôste. Ao ver q me referi a ele no pôste sobre o Dia de Reis, o boy vai e anuncia pra geral q ao falar dele o chamo de metrossexual. Pô, o cara vai ao salão fazer as unhas do pé, usa cera pra tirar os pelos do rosto (eu disse: USA CERA PARA TIRAR OS PELOS DO ROSTO), tava dizendo q já tá ficando com a barriguinha 'tanquinho'. E ele jura, mas jura de verdade que né boiola. Acho q ele só se curte mais q a média dos homens se curtem. E não tem pinta de bichinha não (aí, mané, te dei uma moral, hein), mas há como negar sua natureza metrossexual.

Deve ser o único metrossexual de Miguel Couto, em Nova Iguaçu. Vou sugerir ele como pauta pros jornais populares da cidade.

quinta-feira, janeiro 06, 2005

A empresa de RH q me contrata (ou contratava) sumiu no mapa. Mas sumiu como fumaça mesmo. Como eu, vários outros maluquinhos ficaram na pista. Eu, q sou um abusado q mora na casa da mãe e do pai, nao vou ficar no maior perrengue do mundo. Mas e os caras q têm família? Q estouraram o cartão no Natal? Q tem filho da escola? Q vão pagar IPTU e IPVA? Eitcha, eu vou pagar IPVA tb...

O q vai ser desses caras?

Sabe coé? Pra receber o dinheirinho pelo qual vendi meu trabalho (relações capitalistas são assim, fazer o q?), ou seja, meu salário relativo ao mês de dezembro, vou ter q entrar na Justiça. É isso, aquela senhora cega, ceguinha q nao preza por ser a mais rápida... Acho q terei um buracão no orçamento por algum tempo.

E o q é mais pentelho. Como a empresa sumiu e não cumpriu, digamos, suas obrigações trabalhistas. Sabe o meu plano de saúde? Subiu no telhado. E se subiu no telhado... lá se foi a operação pra aumentar o espaço pra eu juntar meleca. Aquela de nome difícil de septoplastia, pra abrir os caminho pro ar correr limpinho da nareba até os pulmões... Tudo fica pra depois.

Bom, pra tentar me fazer felizinho, algo do gênemo "me engana q eu gosto", já tô repetindo pra mim... "Não opero, mas vou pro bloco dos jornalistas. Vou pro Imprensa q eu gamo". É, pois é. Eu vou. Eu acho.
E hoje é Dia de Reis!

Dia da Folia de Reis comer solta. Começavamos a comentar aqui e o nosso boy metrossexaul, morador de Miguel Couto, em Nova Iguaçu disse q por onde mora ainda rola a tradição. A Baixada e vários cantos desse estado ainda contam com o folguedo onde um grupo passa pelas casas para que as pessoas tirem a decoração de Natal.

E salve a cultura popular desse país.
Escrito em muro da comunidade do Fumacê, em Realengo, por onde passo antes de pegar a Avenida Brasil:

"TCPuro
Mata, morre, mas não corre".

Detalhe, o tal Terceiro Comando Puro está em guerra com os Amigos dos Amigos. O TCP apita no Fumacê e a galera ADA na Vila Vintém.

Aí, na boa. Pra nao ter correr, quero nem passar perto.

quarta-feira, janeiro 05, 2005

E a decoração de carnaval q a prefeitura já pôs na rua desde ontem? Puts, q horror. Ao menos as q vi, nao sei se todas as paradas sao assim, sao presos a lugares altos. São pretos e elípticos com instrumentos musicais desenhados. Tive a impressao de ser algo com traço do cartunista e amante das mulatas Lan, mas fiquei só na impressao. Nao dá pra ver direito. Pior, no alto tem um discreto símbolo da prefeitura e embaixo um vistoso símbolo da empresa patrocinadora (bem maior q o da prefeitura). Aí, na boa, achei caidaço. Achei feio. AChei mórbido. Achei q nao tem nada a ver com carnaval. Má nada mermo.
Olha só q início de ano fofo...

Volto na segunda-feira e fico sabendo que boa parte do jornal interno q é feito tá no meu colo. Somando-se às obrigaçõs já normais. O colega q deveria ter feito não teve tempo. Logo, vou ter q apurar tudo, tudo, tudo.

Mas o melhor foi saber que a empresa de RH q contrata a mim e várias outras cabecinhas q trabalham nessa corporação de capital misto simplesmente quebrou, faliu. Nao é ótimo acontecer isso?

Bom, só repito uma coisa pra mim mesmo: "Vicente, a vida é bela. Vicente, a vida é bela". E vamos em frente, né.

terça-feira, janeiro 04, 2005

E-mail entubativo...

Um e-mail vindo da chefe onde se lê "Lamento, mas acabou sobrando para você" só pode ser enquadrado na categorias dos diliça. Tava bom demais pra ser verdade. Agora a entubação é à vera. Ah, muleque.
Querem me derrubar

Ontem conversava pelo msn com João Nicolau, o Nicolas, e ele, a lenda viva do Planalto Central, FÁBIO LINO. Nicolas, além de sangue bão, foi meu chefe e do folclórico em Brasília.

Impregnávamo-nos mutuamente, dizíamos que teríamos que fazer Nicolas se casar enquanto o furingudo do Nicolau veio me chamar de "3 E's". Isso mesmo, três E's. Mas p q "3 E's"?? Pois bem, explicou a alma candanga q eu seria um Ex-suburbano, Embranquecido e Enriquecido, daí os três E's. Tô lascado na mão dos meus camaradas, isso sim.

Pois é, q fique claro, eu continuo preto, pobre e suburbano. E tenho dito.
Coisas estranhas q São Paulo proporciona

Estando de bobeira pelo Rio, quer coisa mais estranha do q ir a São Paulo? Eu fui. Melhor (ou pior, depende do ponto de vista), fui parar no Albergue da Praça da Árvore (zona sul paulistana) onde em dado momento eu era o único brasileiro na parada.

Pra ficar ainda mais fora do comum, saca só a situação, ainda saí com um bando de gringos para andar pela cidade. Mostrei a um sul-africano, um inglês e um canandense algumas coisas da cidade de São Paulo. Eu! Logo eu! Um convicto suburbano carioca!

E não parou aí. A coisa mais louca foi ser guiado por um alemão pelas ruas da Vila Madalena. Mas era um alemão da Alemanha mermo!

hehe. No fim das contas ainda teve gente falando mal de carioca pro gringos. No fim das contas quem ficou melhor na fita foi justamente quem? O firuleiro do suburbano aqui. O discurso caô dos paulistas tacando pedra na gente foi por água abaixo. A gringaiada disse q vai passar o carnaval no Rio. Veremos... Todos os aloprados pediram meus contatos. Só quero ver q josta vai dar se eles gringos pilhados baixarem por aqui mesmo.
Será q é de verdade ou é um tipo de trote?

Ao tentar imprimir um texto pra revisar (ao menos os textos para o trabalho eu reviso, pq os do blógue...) vejo q minha impresso nao cospe papel algum. Vou averiguar e vejo q a maquininha tá ligada, mas o ponto de rede tá desligado. Pior, se alguém souber onde foi parar a extensão onde ele ficava ligado é favor avisar. Ramal 7214.

Essa empresa nao pode ser séria, como alguém faz isso com a impressora do setor???

segunda-feira, janeiro 03, 2005

Um descadador de batatas fracassado

Por falar nessa coisa fofa chamada mãe, mais uma história de Dona Glória. Na véspera de Natal rolava aquele esquema em casa de fazer comida. Quilos de comida pra cabeçada familiar q chegaria mais tarde, levando tb mais paradas comestíveis. Em dado momento, Dona Glória me pede para descascar batatas. Todo prestativo levantei do meu ócio para me armar com uma faca e começar a tirar a casca do tubérculo (nominho horroroso esse). A orientação maternal foi "tirar a casca bem fininha". haha.

Lá fui eu mais sem jeito q saci jogando rúgbi. Apos longos minutos eu já tinha descascado a incrível marca de duas batatas quando o ser maternal me sacou e, numa decepção q me deixou envergonhado, disse "vc não sabe descascar batata?". Puts, e aí, eu nunca soube mermo. O q dizer pra sua mãe nessa hora? Só disse q nao tinha prática e tal. Ela não se convenceu. Disse estar perplexa pq acreditava q todo mundo sabia fazer isso. Xi... eu não tinha onde me esconder. Ela me liberou da ação e fui pra bem longe pra ver se ela esquecia essa desventura.

Ainda ficou pior. A cada pessoa q entrava ela dizia estar surpresa pq eu não sabia desacascar as infernais batatas. Meu Deus, eu não sabia q isso era tão grave!!!

Após muita falação e piadas ela me deixou quieto. Minhas tias tb me deixaram quieto. Eu nunca ia imaginar virar motivo chacota por conta disso.

Na manhã seguinte a ouvi falar pra Irmão-Léo "Leonardo, vc sabe descascar batatas?". Cara, na boa. Eu saí correndo e nem vi no bicho q deu. Eu, hein. Fala sério. Desde o Natal de 2004 tenho uam coisa certa na minha vida: odeio descarcar batatas e q NINGUÉM NUNCA MAIS me peça isso.
Mãe é mãe... só não entendo pq ela faz isso...

Toca o celular. Atendo e antes mesmo de dizer alô vem a vozinha materna disparando o discurso:
"O mar tá lindo, o céu tá azul, o tempo tá maravilhoso". Q bom, né, pensei. E ela ainda completa perguntando :"deu água na boca?". Ah, não. Deu nada. To achando o máximo ficar aqui na minha mesa com esse dia lindo de verão carioca lá fora.

Qq outra pessoa teria recebido uma resposta malcriada, mas quando é mãe q diz isso pra zoar ainda ganha um sorriso de volta. E ela ainda tava com minha madrinha do lado. Ai, ai. Bem, feito pra mim. Se tivesse estudado podia ser qq coisa q tivesse folga ou férias nesse período.
Prestando um serviço público

Passado o blá-blá-blá do reveilão, temos o mês de janeiro pela frente. E o q é melhor, além de ser verão, é preparação pro carnaval. Chegou agorinha por e-mail essa matéria publicada hoje no JB.

Hora de botar o bloco na rua (JB, 3.jan.2005)

Ensaios e desfiles pré-carnavalescos começam a movimentar o Rio este mês
Ainda falta um mês para o Carnaval, que começa oficialmente dia 4 de fevereiro. Isso não impede os foliões mais afoitos de botarem seus blocos na rua. Este mês, algumas das principais agremiações carnavalescos da cidade fazem ensaios e desfiles pelas ruas do Rio.
Algumas das agremiações mais tradicionais, como o bloco das Carmelitas, de Santa Teresa, a Banda de Ipanema e o Monobloco, que vai desfilar pela praia do Leblon, já estão com tudo pronto para o carnaval 2005.


Outros blocos ainda estão na fase de preparação, escolhendo suas músicas-tema e acertando os detalhes dos desfiles. É o caso do Bloco Virtual, que concentra na Gamboa, e do Bloco de Segunda, de Botafogo, que tem este nome porque costuma se reunir sempre às segundas-feiras.
Também há festas promovidas pelos blocos, como a Festa de São Sebastião - agitada pelo Sebastiana, em pleno Teatro Odisséia, reduto roqueiro da Lapa, um dia antes do aniversário da cidade.

A agenda da folia

CARMELITAS
Faz ensaio nos dois próximos sábados, dias 8 e 15, concentrado na esquina das ruas Dias de Barros e Ladeira de Santa Teresa, a partir das 20h. No dia 29, faz ensaio geral, às 19h.

NEM MUDA NEM SAI DE CIMA Ensaia dias 8 e 15, às 20h, e faz seu desfile no dia 22, a partir das 17h. Concentração no Bar da Dona Maria (esquina das ruas Garibaldi e Conde de Bonfim, na Muda).

SIMPATIA É QUASE AMOR Os ensaios são no Clube Democráticos (Rua do Riachuelo, 91, Lapa), nos dias 8 (às 22h) e 15 (às 21h, com escolha do samba para 2005). O desfile é dia 29, às 15h, na Praça General Osório.

BLOCO VIRTUAL Promove festa no Trapiche da Gamboa (Rua Sacadura Cabral, 155, Gamboa), no dia 13, às 19h, para lançar sua camiseta e a músicatema deste ano.

QUE M... É ESSA?! A base é o restaurante Paz e Amor, na esquina das ruas Nascimento Silva com Garcia D’Ávila em Ipanema. Nos dias 15 e 22, faz ensaio às 18h.

DE SEGUNDA Faz a escolha de seu samba no dia 17, às 19h, no bar Far Up (Cobal do Humaitá. Rua Voluntários da Pátria, 448, Humaitá).

SEBASTIANA Promove a Festa de São Se bastião, em homenagem ao padroeiro da cidade, dia 19, às 21h. No Teatro Odisséia, na Rua Mem de Sá, na Lapa.

ESCRAVOS DA MAUÁ Faz a festa Reveillon do samba dia 21 e arma seu ensaio geral no dia 28, sempre às 19h. A concentração é no Largo da Prainha, junto à Praça Mauá.

IMPRENSA QUE EU GAMO Desfila em Laranjeiras no dia 22, saindo do Mercadinho São José (Rua das Laranjeiras, s/nº, Laranjeiras), às 15h. BANDA DE IPANEMA A famosa agremiação faz o primeiro desfile de 2005 dia 22, a partir das 16h. A concentração do bloco acontece na Praça General Osório.

SEGURA PRA NÃO CAIR Desfila no dia 23, às 16h, saindo do Estephanio’s Bar (esquina das Ruas dos Artistas com Ribeiro Guimarães, em Vila Isabel).

MEU BEM VOLTO JÁ Ensaio com escolha do samba deste ano no dia 25, às 21h, no Café Musical Carioca da Gema (Rua Mem de Sá, 79, Lapa)

BLOCO DO BARBAS No dia 26, às 21h, apresenta seus sambas para 2005 no Far Up (Cobal do Humaitá. Rua Voluntários da Pátria, 448, Humaitá).

GIGANTES DA LIRA Desfila no dia 29, a partir das 17h, concentrando-se na pracinha da rua General Glicério, em Laranjeiras.

SUVACO DO CRISTO No dia 30, às 16h, o bloco desfila pelas ruas do Jardim Botânico, concentrando-se no Bar Jóia (esquina das Ruas Jardim Botânico e Faro).

MONOBLOCO Fecham o janeiro précarnavalesco desfilando dia 30, às 17h. Concentração no fim da praia do Leblon, na avenida Delfim Moreira.
E a fumaça?

Onde fui parar no reveilão? Copacabana, pra variar. Fui com Paula, Fernadak e amigas paulistas de Fernandak. Clarissa, aquela cretina q eu amo, deu o ponto de encontro errado e eu nada de encontrá-la. Ainda chuto a canela da sujeita por conta disso.

Mas e a fumaça, cara. Q fumaça foi aquela? Fumada demais. Eu tava num ponto legal pra ver toda orla da praia e todos os fogos possíveis. Era a altura do Posto 5. Dava pra ver desde o Forte de Copacabana, todas a balsas dispostas no bar seguindo a curva da praia até o Meridien. Foram só as explosões começarem q veio o fumação. Pensei ser o clássico Gargamel dos Smurfs e sua ainda mais clássica nuvem de chuva (q vez por outra aparecia). Puts, fiquei sem ver boa parte das firulas do reveilão pra turista e carioca ver na praia. Puseram na conta da empresa argentina q cuidou dos fogos nesse ano. Haha. A primeira piada do ano, q os 'hermanos' melaram nosso reveilão. Será?

É bom q se apure rápido essa parada. Se foram eles, o negócio é dar móca em geral. Mas se não foram... é bom q se limpe a barra dos caras.
O primeiro pôste de 2005

É isso aqui. Esse blógue furingudo não acabou. Como não tô aqui pra ficar fazendo desejos e bolando resoluções de ano novo acabei não escrevendo lhufas nos últimos dias.

Bom, aos poucos vamos voltando à velha forma com as mesmas bobages, firulas, causos e reclamações q penduro nessa josta desde 2002. Eu, hein, em julho ou agosto (sei lá) essa bobagem de PPS vai completar três anos. Será?