Preto, pobre e suburbano

Esse aqui é o cotidiano de um simples jornalista carioca que mora e circula pra cima e pra baixo na cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro. Mas acaba sempre voltando pra a base, em Bangu - terra onde só os fortes sobrevivem pq é longe pra burro e tem que ter saco pra aturar as idas e vindas...

quinta-feira, dezembro 23, 2004

Onde foi parar o verão?

Chuva, um friozinho pros padrões cariocas... Reza a lenda q o verão começou na terça-feira, 21/12. Mas acho q é só lenda, pq desde então o tempo tá com cara de qq coisa, menos verão.

Aí, eu quero meu verão!
Eu sou um fracasso em várias coisas, como jogar futebol, cantar, lidando com química, física e matemática e enviando cartões de natal.

Não, eu não enviei um cartão sequer. Nâo enviei e não vou enviar. P q? Pq não sei o q escrever, ora. Nâo sou bom pra fazer essas redações.

Mesmo assim, eu escreveria num cartão as mesmas coisas q sempre escrevo nesse blógue. Q nós seríamos mais felizes se fôssemos mais fraternos, se respeitássemos mais os caras que estão do nosso lado (na rua, no trabalho, em casa ou onde quer q seja). E q definitivamente não adianta pedir paz. Temos q oferecer paz para tê-la de volta.

Bom, o natal tá aí. Q seja bom pra geral.

Em tempo, Papai Noel é o cacete!

quarta-feira, dezembro 22, 2004

O office-boy e a cigana

Vinha eu para cá com dois office-boys esporrentos dentro da van. Durante a vinda nao consegui dormir devido à conversa nada lá muito discreta entre eles.

Nisso, contava um de uma experiência com essas moças q insistem em ler nossas mãos enquanto passamos correndo pelas calçadas. Disse ele q foi aborado da seguinte forma:

"Vc é boy, né". E ele afirmou, dizendo na van: "claro, todo office-boy tem cara de office-boy. até eu sei".

Ela leu a mão do sujeito e pediu a ele dinheiro. O boy disse q nao tinha dinheiro. Aí ela disse q ele tinha vale-tranporte no bolso. Era início de mês. Entao o figura fez um acordo, se ela acertasse o número de vales, ela ficava com tudo.

A cigana chutou o número: "60 vales". E o malandro virou pra ela, puxou da bolsa um bolão de vale-transporte. Mostrou pra ela e disse "Ó aqui o q tu perdeu". E saiu correndo de lá.

hehe. Adoro essas histórias. Se é verdade eu nao sei, mas a história é boa.
E em um mês lá estarei eu, entrando na faca... em meio ao verão carioca... faltando duas semanas para o carnaval e no dia em que o bloco dos jornalistas da Santa Cidade do Rio de Janeiro via pra rua...

segunda-feira, dezembro 20, 2004

Passou das 22h e o negrinho está no escritório...

Eu pensei q a vida fora de redação seria mais fácil, mais na moleza. Eu juro pensei. E como eu, vários dos camaradas pensam o mesmo. Sempre fazem graça perguntando como vai minha vida de "funcionário público". Vai uma diliça pelo q pode ser visto... Detalhe, mañana por la mañana onde estará o negrinho? Aqui de novo.

Ah, se alguém vier fazer graça perguntando da minha vida de funcionário público vou rebocar a criança...
Causa impossível

Após ter rezado pra São Judas Tadeu, o santo das causas impossíveis, pro Flamengo não cair é hora de rezar pra São Judas pedindo folga, férias ou algo do gênero.

E volto a reforçar, quem souber de alguma simpatia pra chefia liberar uns diazinhos merreca, ensina pro Vicente q ele vai ser grato pro resto da vida.
Não pode, né, vâmu combiná.

Um time q quer ser campeão não pode chegar nas últimas quatro partidas, com doze pontos e jogo, e só ganhar cinco. O Atlético fez o favor de empatar com o Grêmio, após estar ganhando por 3 a 0. Td bem q ganhou do São Caetano por 5 a 2 na roda seguinte. Mas veio ao Rio, já se achando campeão, e perdeu pro time da colina por 1 a 0. E jogando em casa, diante do desesperado Botafogo, só empatou em 1 a 1. Tá bom, o meu time suou pra escapar do rebaixamento, mas não dá esses moles em fim de campeonato. As últimas finais da Copa do Brasil foram meros acidentes (é bom q se diga antes q um bunda rachada se manifeste).
Coisa q vem de Deus (um pôste em homenagem a Fábio Lino)

Ainda me impressiona o talento q alguns times têm em estar sempre na festa dos campeões. O time da colina, sempre ele, ficou em décimo esbrâbou lugar, mas na partida final estava onde? Fazendo a torcida adversária feliz. Foi até o interior paulista pra perder o jogo decisivo do Santos. Talento, vocação, sei lá. É coisa q vem de Deus. Ou alguém duvida ou contesta? O q Fábio Lino vai falar ao ler isso? P q ler eu sei q ele vai.
Mas o perrengue maior foi o do Glorioso.

Q responsa, hein. Q perrengue... Os caras tinham q ir até Curitiba e cantar alto diante do Atlético. Não só tiham como foram lá e cumpriram. Diante da 'moleza' q o Flamengo pegou, a angústia ficou associada ao jogo do Botafogo. Q tensão. Dezenas de botafoguenses pelo país devem ter ido parar no hospital durante a partida. 1 a 1 foi ótimo de bom tamanho.

Embora eu tenha ouvido vários torcedos do time dizerem "contando que o Flamengo esteja junto, nem ligo se o Botafogo for rebaixado de novo". Eu, hein. Eu torci pros cariocas ficarem. E ficamos.

E faço a mesma pergunta, p q esses furibundos não jogaram com a mesma aplicação antes do fim do campeonato?

O Fernando Calazans, colunista q eu sempre leio, publicou outro dia um texto em q falava q os times do Rio nao sabem jogar campeonato de pontos corridos, ficam esperando chegar os jogos decisivos pra jogar à vera. Hmmm... Acho q sou obrigado a concordar.
Alívio, hein

6 a 2? Quem diria... P q esses furibundos não jogaram assim metade do campeonato? P q só no finzinho? Ao menos fugiram do micão q seria cair pra Segundona. Jogaram com raça, com o coração, vestindo de verdade o manto sagrado q é a camisa rubro-negra. Todos se comportaram muito bem dentro de campo. Desdo o Júlio César, uma pena q se vai, até o firuleiro do Felipe q fez aquele q, ao meu ver, foi o gol mais bonito do campeonato. Encobriu geral e marcou o sexto gol do Flamengo.

Agora é esperar pelo ano q vem quando, espero eu, o Mais Querido vai fazer melhor figura no Brasileirão. Tenho fé. Sou torcedor e ter fé é minha obrigação.

sexta-feira, dezembro 17, 2004

Simpatia para ganhar folga ou férias

Preciso descobrir, com alguma urgência, alguma simpatia que faça chefe dar férias ou folga pro sujeito aqui.

quinta-feira, dezembro 16, 2004

Na falta de criatividade, peguei do Globo, é do Luis Fernando Veríssimo. Foi publicada hoje.

Crônica de Natal (de novo)

Tenho inveja dos cronistas novos. Não porque eles não sabem que todas as crônicas de Natal já foram escritas e podem escrevê-las de novo. Mas porque podem fazer isto sem remorso.

Tem a crônica de Natal tipo “o que eu gostaria que Papai Noel me trouxesse”. A Luana Piovani ou um fac-símile razoável, a paz entre os povos, um centroavante para o Internacional (ou um fac-símile razoável) etc.

Tem as infinitas variações sobre problemas encontrados por Papai Noel no mundo moderno (seu trenó levado num assalto, sua dificuldade em se identificar em portarias eletrônicas, protestos de ambientalistas contra o seu tratamento das renas, suspeita de exploração de trabalho escravo, suspeita de pedofilia etc.).

Tem as muitas maneiras de atualizar a história da Natividade (Maria e José em fila do SUS, os Reis Magos chegando atrasados porque foram detidos por patrulhas israelenses ou militantes palestinos, Jesus vítima de uma bala perdida).

Tem as versões diferentes da cena na manjedoura, inclusive — juro que já li esta, se não a escrevi — narrada do ponto de vista do boi.

Todas já foram feitas.

Há tantas crônicas de Natal possíveis quanto há meios de se desejar felicidade ao próximo. Os cartões de fim de ano são outro desafio à criatividade humana. Pois todas as suas variações também já foram inventadas. Quando eu trabalhava em publicidade, todos os anos recebia encomendas de saudações de Natal e Ano Novo “diferentes”, porque os clientes não se contentavam em apenas desejar que o Natal fosse feliz e o Ano Novo fosse próspero. Uma vez sugeri um cartão de Natal completamente branco com a frase “Aquelas coisas de sempre...” num canto, mas acho que este foi considerado diferente demais. E dê-lhe poesia, pensamentos inspiradores, má literatura e a busca desesperada do diferente. Um cartão em forma de sapato, de dentro do qual saía uma meia: a meia para o Papai Noel encher de presentes e o sapato para entrar no Ano Novo de pé direito. Coisas assim.

Enfim, tudo isto é apenas para desejar a você... Aquelas coisas de sempre.

(O Leitor Mais Atento, sempre uma ameaça, talvez tenha notado que até esta crônica sobre a falta do novo em crônicas de Natal não é nova.)
Dor de cabeça. Dor de garganta. Dor nas costas. Gripe? Estresse?

O fato é q nao tenho qq idéia de bobagem pra escrever aqui hoje.

quarta-feira, dezembro 15, 2004

Vi hoje q o Globo deu q a Agência Brasil deu. Não foi hoje, foi essa semana, mas e daí?


14/12/2004 - 01h05m
Samba de roda do Recôncavo Baiano é indicado a Patrimônio da Humanidade
Agência Brasil
RIO - O ministro da Cultura, Gilberto Gil, disse nesta segunda-feira, que o samba de roda do Recôncavo Baiano foi escolhido para a indicação a Patrimônio Imaterial da Humanidade pela Unesco. Segundo ele, no projeto apresentado em outubro o samba do Recôncavo foi indicado devido a uma maior ameaça de desaparecimento e contou com o apoio de entidades de samba cariocas e de outras localidades do país.

- Quando pleiteamos a indicação junto à Unesco, a organização nos alertou para casos como o tango, que já havia pleiteado o status de patrimônio e teve o projeto rejeitado porque apresentou uma vertente muito bem protegida pelo espaço cultural, que é a mais comercial. Ela nos aconselhou a encontrar entre os sambas brasileiros aquela vertente que fosse mais necessitada de proteção. Acabamos escolhendo o samba de roda do Recôncavo Baiano, como embrião sobre o qual estabelecer o estatuto de Patrimônio da Humanidade - explicou o ministro.

Segundo Gil, o projeto foi elogiado pelo Unesco, que deverá avaliá-lo no ano que vem. Ele também disse que o ministério está trabalhando para transformar o samba carioca e de outros estados em Patrimônio Imaterial Brasileiro.
Eu quero voltar pro saco do meu pai!!!

AH! Saco. Estresse do cão. Pra chegar, pra primeira parada do dia. Pra segunda parada do dia. E por aí vai. Detalhe, ainda não chegou a hora do almoço. Almoço? A piada é acompanhar um almoço sem almoçar. Gostaram da brincadeira de chicotear o negrinho aqui. Alguém precisa lembrar q a princesa liberou geral em 13 de maio de 1888.

terça-feira, dezembro 14, 2004

Meu camaradas e suas ligações curiosas

Na manhã de ontem, ainda no engarrafamento, toca meu celular. Em lugar do número, o bina mostrava "número restrito". Pode ser um bando de gente, praticamente todos os coelguinhas q trabalham em redação, pode ser Irmão-Léo e pode ser tb Rainha do Maracatu. E era ela mesmo. Ligava-me para contar um causa louco. De uma carta do seu novo Master onde não constava pergunta, só a resposta. E qual era a resposta. Simplesmente "Romário". Diante de tal insanidade pouco provável de acontecer, Rainha optou, assim Senhor do Teu Anel (q é safado) de me enviarem a carta. Eu adoro meus amigos loucos.

Já na hora do almoço, outra ligação. Dessa vez o número apareceu. Era Daniel, personagem folclorérrimo. O bicho me liga e, de sola, já vai dizendo: "aí, criei um bloco com uns amigos. O primeiro ensaio foi na minha garagem. Tô te chamando pra vir no próximo". Hehe. Demorô. Mas achei o primeiro ensaio ser na garagem sensacional. Vou lá, né. É ali em Laranjeiras.
Trinta anos

Hoje seu Carlos e Dona Glória, meus progenitores, completam trinta anos de casamento. Trintinha, cara. Pra eu ter isso de vida ainda falta. São bodas de peróla, segundo o q Dona Glória falou. Mó moral, isso. Acho maneiríssimo, não sei se atingirei essa marca qq dia por isso dou ainda mais valor ao feito deles.

Com minha idade Seus Carlos já era pai (meu pai) e Dona Glória, minha mãe. Estranho demais, já com 28 anos na cara não vejo um casório meu num horizonte próximo. Acredito q nem Irmão-Léo veja.

Bom, a vida segue e vamos nela.

Vida longa ao casório de Seu Carlos e Dona Glória.

segunda-feira, dezembro 13, 2004

Crianças são coisas fofas, divertidas, agradáveis e as vezes impregnantes... o problema está justamente nesse 'as vezes'.

Na vinda, dentro da van (q hoje passou a cobrar R$4,50 pelo carreto, assim eu vou falir), duas felizes criancinhas dormiam. Lindas. Criança dormindo é lindo. Mas aí... devido ao tempo naquela morrinha de vai, não vai. Pára, anda. Freia e tal. As crianças acordaram. Puts, começaram a brincar. Elas combinaram q quadno uma dizia "subindo", a outra responderia "descendo". Até aí nada, mas fica nessa ladainha por 20 minutos com as mesma paisagem do lado de fora pra ver como tortura chinesa perde.
Segunda-feira linda! Sol lindo! Dia lindo!

E um engarrafamento tosco pra melar o bom início de semana. Trânsito parado, pelo menos, da Penha ao Centro. Nao é nada, não é nada... já deu uns belos dez quilômetros andando a 20km/h e parando.

Foram só duas horas e meio na pista até chegar aos escritório.

Diliça.
A soberba... sempre a soberba...

Os rubro-negros paranaenses chegaram no Rio cheios de marra, num tremendo clima de 'já ganhou'. Foram jogar contra o time da colina lá em Portugal, digo, ao lado da tal colina.

Vieram, não jogaram nada e ficaram na pista. Meio q deixaram escapar o título q tava na mão. P q? Por causa da soberba... Eu posso ser mané, mas o vermelho e preto de Curitiba foi muito mais mané q eu, mesmo pq eram 11 no campo é mó galera no banco. Manés!
Ser mané é

marcar sua singela septoplastia (pra tirar as carnes a mais q estão nos tubos q vão do nariz aos pulmões) justo no dia em que o Imprensa q eu gamo, o bloco dos jornalistas cariocas, vai pra rua. Vou ficar de molho durante todo o fim de semana...

Mas já tá marcado. Não vou desmarcar. Tenho q entrar logo na faca pra resolver essa parada.

sábado, dezembro 11, 2004

O repugnante

Há anos ele andapela ruas do Centro, há pelo menos sete anos, desde quando eu era estagiário do sinistro jornal Povo do Rio, o periódico policial mais, digamos, violento da cidade.

O sujeito deve ter algo em torno de 30 anos, talvez um pouco menos. É mulato e forte. Desde a época de estagiário o vejo exatamente da mesma forma: descalço, vestindo bermuda e sem camisa - de onde vem a parte verdadeiramente repugnante da história.

Ele traz consigo uma enorme cicatriz bem no meio da barriga, um senhor remendo. O remendo nada tem de repugnante, o que pega está do lado direito... uma enorme erupção na pele. Deve ter mais de cinco centímetros de diâmetro com a impressao de estar sempre infecionada, devido a seu aspecto vermelho de carne viva.

É desagradável cruzar com ele, o fato q piora tudo é q ele tem noção do quão repugnante é e fica passando a mão sobre sobre sua chaga como se a estivesse cultivando, como se gostasse de cuidar daquilo q choca tanto as pessoas.

Só não quero me deparar com ele pelas ruas por algum tempo.

sexta-feira, dezembro 10, 2004

Ser mane é

Pegar a xerox da caixa de catarro (vulgo raio x do tórax), não perceber q o envelope já tinha uma abertura e do alto de toca a truculência q Papai-do-céu me deu, rasguei a outra extremidade.

E o melhor, ao levar pro médico, escutar em tom jocoso se eu “tenho parentes em Portugal”. Hehe. O pior é q até devo ter como a boa parte dos brasileiros. Mas minha ação mané me rendeu pilha do otorrino!!! Derrota mór.
Pânico, terror e medo. Vou entrar na faca

Tomei vergonha nessa cara safada q Deus me deu e fui levar a penca de exames q o meu otorrino pediu pra operar esses tubos q vão do nariz pros pulmões. Os exames foram pedidos em setembro e só agora em dezembro fui levar.A data marcada é dia 22 de janeiro. Às 6h30 de la mañana estarei na Clínica São José pra sofrer a intervenção cirúrgica. Ou seja, vou entrar na faca. O doutor vai queimar umas carnes a mais q tão nos tubos do nariz. Acho q vai sobrar mais espaço pra meleca. Se isso é bom ou ruim eu não sei. O fato é q tenho medo. A anestesia é geral. Medo de anestesia geral...

quinta-feira, dezembro 09, 2004

Uma figura muito maneira com quem trabalho, a Christina, enviou-me uma parada boa demais. Chris, tb jornalista e trabalhadora dessa empresa enlouquecedora, gosta de música, de coisas meio q fogem ao esquema das rádios. Pois bem, ela me enviou uma cópia da coletânea dos Aterciopelados, banda colombiana. A cópia tá um brinco, com capa e contra-capa. Ainda não consegui ouvir o CD, meu computador tá de frescura, não toca nada. Pior, não abre arquivos em 'jpg' alegando nao conhecer. Eu, hein. Bom, mas voltando ao CD, na parte de trás vem um sensacional e cínico "Denuncie a Pirataria".



Terça-feria, na TVE, a tevê educativa local, vi um daqueles programas de entrevistas. A vez era do DJ Marlboro q respondeu perguntas envias a produção de personagens do mundo da cultura e da música.

Marlboro manda bem, sabe do q fala e defende da forma mais coerente e cheio de simplicidade o funk.

Pena nao ter pego o programa desde o início, espero q alguns formadores de opinião tenham visto tb para parar de tacar pedra nesse movimento.

Perguntado sobre o q ele falava dos proibidões, respondeu:

"Os caras que cantam os proibidões falam da realidade deles, é uma realidade torta, mas é a realidade deles. Não adianta querer calá-los, tem-se q oferecer outra realidade para que cantem outras coisas".

Aí, fala a verdade, mandou ou não mandou bem?
O q dizer de uma blitz, às 9h e uns quebrados, na Avenida Brasil, sobre o viaduto q passa sobre a linha do trem, ali entre Guadalupe, Deodoro e Ricardo de Albuquerque? Nada, né. Só q a tal blitz criava, na hora do cidadãos irem trabalhar, um engarrafamento q ia dali atéééééééééé Realengo. Na boa, uns bons cinco quilômetros por conta de uma barreira policial para fazer nada. Quer dizer, acho q engordaram os bolsinhos com a brincadeira, mas me fizeram chegar com poucos 30 minutos de atraso.

quarta-feira, dezembro 08, 2004


Vejo q muita gente reclama do governo, da administração, da política econômica e o cacete a quatro. Mas a maioria da população parece estar gostando do Lula como presidente. Eu confio nele, posso discordar de um caminhão de coisas, posso criticar ou zilhão de paradas, mas continuo governista. Ajudei a elegê-lo e não me arrependo. Muito pelo contrário. Tenho duas amigas q o criticam do alto de discursos extremamente elitistas q nao se conformam em ser governadas por um operário. Pois bem, tá a pequisa apontando uma aprovação q deve ser levado em conta pelo PSDB, PFL e agora o PMDB q quer largar o barco. O q importa é q a vida da maioria dos brasileiros melhorou e continua melhorando. Não sei até onde vai essa melhora, espero q continue fazendo do país um lugar melhor pra se viver e a classe média e execra e elege queridinhos pare de olhar pro próprio umbigo e veja q o país não é a sua própria casa.

Engraçado, qq dia eu escrevo sobre o meu conceito de classe média q vivo batendo, batendo e bantendo.


Tirei lá do sítio da Confederação Nacional da Indústria, que bancou a pesquisa ao lado do Ibope:

Cresce a Popularidade do governo Lula, revela pesquisa CNI-Ibope

A popularidade do governo Lula cresceu em novembro, revela a pesquisa CNI-Ibope. O saldo da avaliação do governo – a diferença entre a melhor e a pior avaliação - aumentou de 19%, em setembro, para 25%, em novembro. No mesmo período, o saldo da aprovação do governo Lula subiu de 19% para 32%. Entre os entrevistados, 62% aprovam o governo, 30% desaprovam e 7% não souberam ou não quiseram opinar. A pesquisa CNI-Ibope ouviu 2.002 eleitores em 140 municípios brasileiros entre os dias 24 e 29 de novembro. A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais.

A fonte é o www.cni.ogr.br.

Aí, nao satisfeito, ainda pego parte da colunda da Teresa Cruvinel, publicada hoje no O Globo.

Olhares

A aprovação ao governo Lula voltou a crescer em todos os quesitos, segundo a pesquisa CNI/Ibope divulgada ontem. E, coisa interessante, a política mais elogiada pelos entrevistados (lembrada positivamente por 42%) foi a de combate à fome e à pobreza. Justamente a que se tornou o alvo preferencial da oposição e é apontada até pelos petistas como ponto fraco do governo.

Mais ainda: os entrevistados não incluíram a área social entre aquelas em que consideram pior o desempenho do governo. São elas a de segurança pública, saúde e geração de emprego — embora os produtores da pesquisa creditem o aumento da aprovação à recuperação da economia e do nível de emprego.

Em setembro, 36% dos entrevistados davam ponto positivo para as políticas de combate à pobreza. Agora são 42%, e no intervalo foram muitas as denúncias sobre falhas na implementação do Bolsa Família, a principal política de transferência de renda. Foi também nos últimos três meses, que coincidiram com o auge da campanha eleitoral, que o PSDB elegeu a área social como alvo de suas críticas ao governo. Escolha compreensível por duas e distintas razões. Uma, a existência real de falhas, seja na montagem do cadastro pelas prefeituras, seja na fiscalização das contrapartidas, como a manutenção dos filhos na escola pelas famílias beneficiadas. Mas esta escolha também é óbvia porque a política econômica, além de semelhante à do governo passado, começou a produzir resultados. E na área de infra-estrutura os tucanos têm seu calcanhar de Aquiles: privatizaram as estatais, não ampliaram a infra-estrutura existente e ainda produziram um apagão que freou os sinais de crescimento no ano 2000.

Mas o fato é que a pesquisa mostra um olhar popular sobre as políticas sociais diferente do que é lançado pelos adversários e críticos em geral, inclusive de dentro do próprio governo. O ministro do Desenvolvimento Social, Patrus Ananias, alvo central das críticas, diz não se surpreender com tal diferença.

— É difícil mesmo avaliar o impacto das políticas de transferência de renda quando não se está naquele universo ou não se tem relação direta com ele. Há uma grande distância entre realização e expectativa. Estamos realizando o possível mas nunca prometemos acabar com a pobreza no curto prazo. Acho que as pessoas em geral entendem que estamos no caminho.

Um aspecto que ele acha mal percebido é o foco das ações na família.

— Mais que uma ajuda para a alimentação e sobrevivência, estamos tentando fortalecer a família como passagem para a cidadania e acesso a outros direitos, como a educação. Se a família está desintegrada, corroída pela miséria, acaba-se o espaço de convivência onde nascem os valores e a solidariedade.

Nesta linha, Patrus destaca um programa nascente e pouco conhecido que é a Casa da Família. Hoje são 901 e atenderiam a 256 mil famílias pobres. Nestas casas, elas devem encontrar orientação psicossocial e encaminhamento para a rede de proteção social, seja de saúde, de educação ou aprendizado profissional. O Bolsa Família fecha o ano atendendo a 5,9 milhões de famílias e implantado em todos os municípios, exceto em 35. Estes e outros programas passam a integrar o Suas — Sistema Único de Assistência Social, lançado ontem.
Comentários?

Onde estão?

Alguém viu?

Se viu, conta pra mim.
O grande sangue bão e camarada Arthur de Las Firulas, habitante de terras pernambucanas, fez um pôste inspirado nesse sujeito aqui q mantém o PPS. Fora a licença poética, o nobre companheiro pincelou coisas sacadas por esse blógue e por nossa convivência, ainda em terras cariocas.

Pois bem, valeu companheiro frenético. O link do cara tá aqui.

E faço mais um juramento. Prometo q um dia tomo vergonha nessa cara safada e ponho todos os links q devo aqui do lado.

terça-feira, dezembro 07, 2004

Andar pelas ruas do Centro do Rio, em alguns momentos, é de uma paz, de uma alegria incomparável, mas em outros momentos traz uma perturbação absurda.

A população de rua me parece ser um dos maiores antagonismos da Cidade Maravilhosa. E esses antagonismos ficam mais cruéis e evidentes quando você encontra um casal maltrapilho, sentado ao lado de uma grade, com aquele olhar desesperançado que só de ser visto já entristece.
O detalhe, a cena é na grade do BNDES e em frente a Petrobras, justamente no eixo onde rola mais grana nesse país. E os dois lá, praticamente indigentes.

A mais ou menos 500 metros dali, entre a Petrobras, a Catedral Metropolitana do Rio (que em nada lembra uma igreja, mas um disco voador) e o Espaço Cultura da Caixa Econômica Federal, vem outro sujeito caminhando. Esse é negro, tem dreadlocks, vem sem camisa, descalço e de cabeça baixa. Veste apenas.uma calça q, de tão larga, tem q ser segurada por uma das mãos.

O pior é o tour pela miséria carioca ainda não terminou. Bem do ladinho da Fundição Progresso, onde a classe média tem uma espécie de playground, onde rolam shows, festas, feiras, peças, oficinas e tal. A Fundição é um lugar alternativo, diga-se de passagem, um lugar agradável, mas é tão estranho ter ao lado desse mesmo ponto, um tipo de abrigo de população de rua. Colchões pelo chão. Mulheres e crianças se amontoando sobre eles. Dois metros, ao lado, junto à grade da Fundição, algo q lembrava um cabide com roupas penduradas.

E do q adiante ver isso tudo acontecendo quando a maior parte das pessoas nem percebem que os caras estão ali? Eu mesmo não faço nada pra ajudar, pior, nem sei o q fazer pra ajudar. Vou criar um ong? Reclamar da prefeitura? Não sei. Sensação de impotência escrota.


Recebi isso aqui por e-mail da minha chefe. Acho q ela já entendeu q gosto da coisa. Mas samba alado? Sei lá. Coisas do Circo, né.
Pois bem, devo aparecer para ver qual é.
CIRCO VOADOR
apresenta
SAMBA ALADO
A roda de samba mais charmosa e mais gostosa do Rio de Janeiro
com
PARTIDEIROS DO CACIQUE
e
GRUPO SAMBALADO
Todas as segundas-feiras das 18:00h até cansar
Ingressos: R$ 10,00 e R$ 5,00 (mulheres e estudantes)
Até 20:00h mulheres não pagam
Produção Mario Lago Filho

segunda-feira, dezembro 06, 2004

Os firuleiros em seu habitat natural

Impressiona como tem gente q tem a proposta clara de fazer firula e aparecer na televisão ou no jornal. Os caras se fantasiam, levam faixas, cartazes. Um calor animal e os indivíduos com roupas pesadas, plásticos, carregando adereços. hehe. Eita vontade de se ver e ser visto, hein.

Diante de toda essa firula lembrei, claro, de Arthur das Firulas. Firuleiro-camarada-sangue-bão, nosso correspondente suburbano a terras nordestinas. Não q o sujeito ficasse plantando bananeira pra aparecer, mas firuleiro q é firuleiro tb se diverte com a firula alheia. Além de firuleiro, ele é rubro-negro como eu. Ainda não tivemos o prazer de compartilhar a paixão pelo Flamengo num estádio de futebol, mas isso ainda acontecerá. E, obviamente, teremos de ir pra geral. Quem sabe a gente nao inventa uma parada pra ficar pulando na frente da câmera e aparecer pagando mico e zoando na tevê. haha. Fala sério.
Os firuleiros em seu habitat natural

Impressiona como tem gente q tem a proposta clara de fazer firula e aparecer na televisão ou no jornal. Os caras se fantasiam, levam faixas, cartazes. Um calor animal e os indivíduos com roupas pesadas, plásticos, carregando adereços. hehe. Eita vontade de se ver e ser visto, hein.

Diante de toda essa firula lembrei, claro, de Arthur das Firulas. Firuleiro-camarada-sangue-bão, nosso correspondente suburbano a terras nordestinas. Não q o sujeito ficasse plantando bananeira pra aparecer, mas firuleiro q é firuleiro tb se diverte com a firula alheia. Além de firuleiro, ele é rubro-negro como eu. Ainda não tivemos o prazer de compartilhar a paixão pelo Flamengo num estádio de futebol, mas isso ainda acontecerá. E, obviamente, teremos de ir pra geral. Quem sabe a gente nao inventa uma parada pra ficar pulando na frente da câmera e aparecer pagando mico e zoando na tevê. haha. Fala sério.
Geraldino
Não achei um ingresso de arquibancada q fosse pra ver o jogo. Pra comprar pras cadeiras tava um mulão sem dó. Solução: vâmu de geral. Com cinco reais comprei dois ingressos praticamente se fila e vazei pra dentro do estádio. A entrada tradicional tava fechada, em obras. Tive q fazer a volta no Maracanã pra chegar ao portão certo, o 18.

Na caminhada surgiu um sujeito. Sempre surge um sujeito. Com quem falei alguma coisa. Pra q. O maluquinho ficou meu parceiro. No meio dum bololô o figura acabou ficando pra trás. De repente veio ele de novo. Parou pra comprar cerveja e pediu pra eu esperar.

Foi me contando q tinha um primo q veio de Campo Grande e tinha ingresso pra arquibancada, mas ele preferia a geral pq aparecia na televisão.
“Já apareci três vezes”, disse pra mim cheio de orgulho. Hehe. É o fascínio q as pessoas têm por aparecer na caixinha luminosa.

Detalhe, o companheiro disse q iria depois pro trabalho, em Botafogo. Imagina ir do jogo direto pro trabalho. Eu saio com os nervos em frangalhos do jogo, trabalhar depois? Nem pensar.

Quando chegava com o figura ao portão certo me deparei com camaradinha César Chevrand, q tb fez companhia. César homenageou verbalmente várias vezes o Antonio Lopes, técnico do Coritiba. Haha. Até fui com ele lá perto pra xingar o pouco o técnico rival. A proposta do camarinha é igual a minha. A gente pode não ganhar, mas põe os bichos pra fora.

Pena q não comemoramos gol algum e o figuraça sumiu durante o jogo. Deve ter ficado frustrado como eu.
Vidinha de torcedor

Ta difícil, viu. Ontem, com mais 39 mil torcedores fui dar as caras no Maracanã pra ver o Mais Querido jogar. Uma vitória aliviaria a situação do Flamengo. Nos deixaria com 52 pontos e meio folgados da zona do rebaixamento. O time do Coritiba, com todo respeito, é bem caído tb. Não é tão caído quando o nosso, mas é caído e totalmente vencível. Má, fazer o q, nenhum dos atacantes do Mais Querido foi capaz de fazer gol. Sabe o q é pior? O cara q mais chutou a gol foi o cabeça de área, Da Silva, aquele q não cansa. O Da Silva é curioso, ele não sabe fazer passe, mas ironicamente marca q é uma beleza e quase não deixa os adversários fazerem passes.

Mas sabe p q o Flamengo não ganhou? Pq desencontrei do meu amuleto, o Fabrício. Ele foi pra arquibancada e eu acabei pela geral. Quando eu tô com ele a gente sempre ganha. Ai, ai... a culpa é nossa. Hehe.

0 a 0 de amargar.

sexta-feira, dezembro 03, 2004

E o orgulho de ser suburbano ficou em alta.

Duvido uma festa tão gostosa como a de ontem possa acontecer fora do suburgão dessa cidade.

Má duvideodó. Podem espernear, me xingar e até querer me bater. Mas é o q acho. Radical? Pode ser. Apaixonado seria o mais indicado.

Cara, festa com samba rolando, cerveja gelada, aqueles brinquedos q só existem em quermesse, surraquinho com farófia, muito surrasquinho com farófia (a base da minha alimentação na noite de ontem), gente sorridente e receptiva, desencanada e sem preconceitos com samba.
Pô, eu tava pilhado de postar a "Geografia popular", do Marquinhos de Oswaldo Cruz, mas como nao sei de cór e nao acho a letra, fico na vontade... Ao menos até conseguir.
Eu juro q eu queria ter capacidade pra entender o q o Xangô da Mangueira e o Nelson Sargento falam.


Tô vivo, tô na área, tô feliz e seqüelado. Má muito seqüelado fisicamente. As pernas ainda dóem. Sacomé, né, sujeito q gosta de sambar é assim. Samba até fazer bolha no pé. E, olha, rolaram até uns rascunhos de bolhas mesmo.

O Trem do Samba é o q há. Salve o samba, salve Paulo da Portela, salve a genial iniciativa do Marquinhos de Oswaldo Cruz e salve Oswaldo Cruz, né, não.

Cara, foi samba sob chuva, ainda na Central, foi samba dentro do trem, foi samba por trocentos cantos de Oswaldo Cruz. Velhas Guardas e partido alto fazem esse suburbano aqui sorrir. E sorri muito.

Pena q meu celular fez o favor de entregar os pontos. Não consegui encontrar várias figuras. Deu um certo ódio, mas espero q todos tenham curtido.

Claro q me irritei com as figurinhas q curtiam 'sua experiência antropológica' batendo com força nas paredes dos vagões, mas isso saiu na urina.

Pior foi o judas do Jacomido q comprou uma garrafa de xiboquinha e cruelmente me incumbiu de tomar com ele. Horror, horror. Ao menos acho q foi a tal xiboquinha q me manteve de pé, com energia até sabe-se lá Deus q horas.

Sei lá, acho q esse ano curti mais. Tanto q fiquei até muito mais tarde. Só baixei em Bangu lá pelas 3h de la mañana. Cruel pro trabalhador braçal da comunicação q tem q estar cedo em casa.

Sabe o q é pior? É a figura do trabalho chegar pra vc e dizer "te vi na televisão no Jornal da Globo, tu tava lá amarradão em Oswaldo Cruz...". Disse a camisa q eu vestia. É, né, a camisa não era exatamente a mais discreta.

Pena o próximo só rola ano q vem. Mas ano q vem vai ser numa sexta, a perdeção de linha sambística vai ser, literalmente, sem hora pra terminar.
Na ausência da 'Geografia Popular', vamos de 'Seja sambista tb', q vu postar de novo.

Seja sambista tb
Arlindo Cruz e Sombrinha

Não, negligência não
Se for apanhar meu violão
Cuide dele com carinho
Toque nas cordas macio
E tente cantar samba
Sei que no início pode ser difícil
Mas fazendo sacrifício serás bem recompensado
Pois o samba marca como o giz
É eterno porque é raiz
Não quero dizer que viver é só sambar
Mas sambar é viver
É saber se integrar
Só samba faz a tristeza se acabar
Ser sambista é ver com os olhos do coração
Ser sambista é crer que existe solução
É a certeza de ser escolhido, engrandecer
Aconselho a vc q seja sambista tb

quinta-feira, dezembro 02, 2004

E tá aí o Dia Nacional do Samba. É hoje, vamos celebrar o maior patrimônio musical e, p q nao, cultural desse país. O samba nao é só carioca, é de todo país, ele ganhou espaço e respeito aqui pelo Rio de Janeiro, mas é de todo mundo, de todo brasileiro.

E hoje rola tb o Samba do Trem, q parte no finzinho da tarde, início da noite, pra Oswaldo Cruz, terra mãe da Portela. Vai ter show das Velhas Guardas da Portela, Império e Vila Isabel, a galera q surgiu nessa nova onda de samba, como a Teresa Cristina e a galera q pintou na onda anterior, tipo Arlindinho Cruz.

Eu q sou fã do bom e velho partido alto estarei lá. Vazo o mais rápido possível daqui, vou pra Central, já curto os shows por lá, pego o trem, chego a Oswaldo Cruz pra mais samba. Ah, muleque...

quarta-feira, dezembro 01, 2004

Não tem rolado tempo pra postar, mas tem uma coisa q Irmão-Léo me contou no domingo q tenho q botar aqui. Sabe aquela parada de notícias do submundo? Bem por aí. O moleque já chegou pra mim com a seguinte introdução: aí, essa é pra tu por no blógue.

Disse ele q foi ao samba na Mocidade. Já meio tarde saiu e pilho de dar as caras no baile funk na Unidos de Padre Miguel, perto, bem perto da escola de samba. E lá foi ele. Na entrada já sacou algo estranho no ar. Viu uns sujeitos passando com fuzil em punho e ouviu a galera falando q não tinham pago o ‘arrego’ aos papa mikes. Bom, arrego = suborno pro negócio continuar funcionado, digo pra polícia não incomodar a venda de tóxico.

Já na boca do baile começou a ouvir uma troca de tecos, digo, tiros. Os sujeitos largavam o prego do lado de fora e ele lá dentro no funk.

Irmão-Léo fez exatamente o q eu faria, ficou tomando cerveja esperando o arranca-rabo acalmar. Quando acalmou, pegou o caminho de casa. O pior é q ainda veio me contar outra coisa, q a chapa deve continuar quente praqueles lados, bateram pra ele q o povo do Sapo (outra comunidade, essa em Realengo) quer tomar o comércio de drogas na Vila Vintém. Entenda-se uma guerra de quadrilhas. O Sapo é dominado pelo Terceiro Comando Puro (TCP) enquanto a Vintém é Amigos dos Amigos.
Camelôs de Natal

Hoje na chegada ao Centro fiquei surpreso, tive a impressão de um sensível aumento na quantidade de camelôs. É a proximidade do Natal, a saída do 13º e tal. Temos um aquecimento da economia informal? Acho q sim.