Preto, pobre e suburbano

Esse aqui é o cotidiano de um simples jornalista carioca que mora e circula pra cima e pra baixo na cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro. Mas acaba sempre voltando pra a base, em Bangu - terra onde só os fortes sobrevivem pq é longe pra burro e tem que ter saco pra aturar as idas e vindas...

sexta-feira, julho 30, 2004

E onde o Vicente está?

Não, não está no escritório. Na manhã de hoje eu baixei de São Paulo, essa estranha cidade.

Devo ficar até domingo nessa friaca paulistana. E já de cara, o q fiz? City tour pelo Centro histório de SP. Quem diria, quem diria...

Depois se der, escrevo um pouco sobre mais impressoes desse suburbano carioca sobre a cidade.

quinta-feira, julho 29, 2004

Ontem a noite toca o molecular. Irmão-Léo me procurava pra dar um recado.

Irmão-Léo: Vicente, tô no Carioca, vim ver Homem Aranha.
Eu: Eu, tb.
Irmão-Léo: Vou assistir a sessão das 9h50.
Eu: Eu, tb.
Irmão-Léo não levando a sério perguntou: Mas onde vc está entao?
Eu: Já na sala de projeção.
Irmão-Léo: Ah, tô na fila ainda.


Dez minutos depois, estávamos juntos.

Pois é, fomos ao Carioca Shopping, em Vicente de Carvalho, para assistir o mesmo filme, na mesma hora, sem combinar.

O melhor é q nao é a primeira vez q esses encontros absurdos acontecem.

Nos idos de 1900 e lá vai pra trás, estava eu num show no Circo Voador. Não lembro mais qual. Quando acaba apresentação, com quem me deparo? Irmão-Léo. O pior é q alguém da minha galera tinha encontrado ele e dito q se parecia com um tal de Vicente da faculdade. Ele disse q era meu irmão e nao levaram fé. Hehe. Pois é. Após ficarmos cara a cara, confirmamos.

Outra vez foi num daqueles eventos loucos no autódromo. Rio Elétrico ou algo do gênero. Jovens quicando ao som de música baiana. Irmão-Léo, q tinha ido com umas primas nossas, me ligou dizendo pra ir pra lá. Eu fui. Fui naquela de "ah, seja o q Deus quiser". Um perrengue sinistro pra chegar ao lugar. Cheguei, entrei. Qual o primeiro sujeito q vejo quicando e cercado de mulher? Irmão-Léo.

Na última versão do Roquenrio. Dia de show do R.E.M. Tava lá eu com meus comparsas. Havia ligado, ainda do lado de fora, pro sujeito irmão falando pra ele dar as caras. Os celulares não funcionavam por lá. Ia ser impossível dar com as caras com o moleque. Eu já tava bolado, o criaturo ia ficar solo naquele mundão de gente, quando surge ele (é impressionante como sempre nos encontramos). Irmão-Léo, sorrindente e serelepe.

É, a parada é sobrenatural. Salve Irmão-Léo e nossa fantástica capacidade de nos encontramos.

quarta-feira, julho 28, 2004

Cena ferroviária

O trem rumava para o terminal Santa Cruz, tinha partido da gare Central do Brasil. Chacoalhava, chacoalhava. Passou, sem parar (pq ele nao pára mesmo) pela Praça da Bandeira, Maracanã, Mangueira e chegou a São Francisco Xavier. Veio na plataforma, correndo com uma caixinha de papelão na mão cheia de alguma coisa q nao deu pra identificar. Olhou pra mim, eu dentro do vagão parado, ele fora, e perguntou: "é o Santa Cruz?". Respondi q sim, né.

Nao foi q o mané virou as costas e disse "ah, ninguém compra nada nesse trem, ninguém tem dinheiro".

Hehe, esnobou a galera do meu trem.

terça-feira, julho 27, 2004

Redescobrindo o trem

Eu havia me esquecido como ir pra casa de trem é bom. Com relativa rapidez chego a Bangu. Invariavelmente a volta me custa pouco mais de hora, enquanto se optar pelo onibus, vai pra duas horas. O galho é só andar da Candelária até a Central e da Estação Guilherme da Silveira até o Parque Leopoldina. Ao todo, somando aqui e ali, dá 30 minutos de caminhada. Somando Oas 40, 45 minutos no cara de lata, dá pouco mais de uma hora na pista.

Não entendo o porquê de ainda ter gente q me pergunta se não tenho medo de andar o trem. Pô, cara, aposto q é muito, mas muito, mas muito mesmo, mais seguro q andar de onibus.

Só o q pode encher o saco são os camelôs vendendo tudo quanto é tipo de buginganga (má tudo mermo, a preços merreca) e a galera da ciência suvaqueira pregando, cantando seus hinos e querendo converter tudo e todos.

Ó as estações dos ramais do Rio. Ramal e linha é a mesma josta. O Santa Cruz é o verdinho, minha estação é a vigésima quarta da linha, entre Padre Miguel e Bangu.

segunda-feira, julho 26, 2004

Agora eu quero falar de futebol.

A garganta está em frangalhos após o jogo de ontem. Não o Brasil não jogou melhor, foi dominado na maior parte do jogo, mas e daí? Quem ganhou? Quem é o campeão?

Cara, ganhar dos titulares da Argentinha com o segudno time do Brasil é qq coisa. Empatar com um gol nos descontos do segundo tempo é fora de série. E depois vencer nos pênaltis! Cara, q isso.

O pior é q sou aquele torcedor chato, q acredita até o juiz apitar. Fiquei lá, de butuca até o Adriano fazer o segundo gol enquanto até mesmo Irmão-Léo (q caga quilos pra futebol, mas ficou do meu lado o tempo todo) já tinha desistido.

O Faustão falou uma verdade ontem, só seria melhor se tivéssemos vencido com um gol de mão.


Essa é a arte q o Dia fez pro site, uma alusão a capa do Olé, período fanfarrão argentino.
Bota-fora firulante
E nao é q Arthur, o firuleiro de Ramos, vai mesmo pegar o rumo no Nordeste? Vai pra Recife pra ficar perto de Baratochilds. Ó, q fofo...
Sábado seus amigos, igualmente ou mais firulantes, churrascaram a despedida do companheiro. Bom, q a Força esteja com ele por aqui e por lá. E com Barata tb, claro.
Aniversário itinerante

Sexta-feira lá fui eu pra um aniversário itinerante. Nunca tinha visto isso. A proposta era se reunir em um bar e fazer um circuito previamente acertado onde se tomaria, de início, dois chopes em cada bar. O bairro escolhido foi o Leblon (BEEEM A MINHA CARA). Ah, isso é uma babação de ovo q aprenderam em Buenos Aires, chamada de "La Marcha". Pois é, eu participei disso...

Ah, vamos cair no lugar comum. A cena foi patética, um Vicente, todo encasacado, de touca e cachecol (sim, cachecol, eu sou um ridículo) em pleno Leblon. Pô, fazia 15 graus e minha garganta já não estava das melhores... Pois bem, a garganta meio q morreu.
Comentários? Onde estão? Sumiram nesse fim de semana. Já escrevi pro companheiro do Falou & Disse, o dono do sistema de comentários desse blógue. Bom, espero q eles voltem um dia.

sexta-feira, julho 23, 2004

E o Circo Voador volta a abrir as portas. Salve o Circo!

Mesmo adolescente consegui ir ao Circo Voador, ali na Lapa, lá no início da década de 90. Fui a grandes show, vivi grandes momentos com grandes camaradas. Posso contar isso pros netos, se é q vou tê-los. Levei inclusive Irmão-Léo, mais moleque q eu ainda, àquele antro alucinado e alternativo. Bom, nao vai ser nesses primeiros dias q vou, mas assim q der, darei as caras por lá pra ver a nova cara super mudernosa, relembrar o q curti e voltar a curtir.

A foto aqui embaixo é do Uanderson, publicada no Dia.


Será q tô em Curitiba?

Q friaca é essa? Ontem, andava pelo Centro do Rio já de noite. Sabe quanto o termômetro maracava? 13 graus! Não pode, cara. Isso aqui é um cantinho tropincal desse país. Não rola fazer tanto frio.

Eu não lembro de um inverno com temperaturas tão baixas.

Aí, na boa, se eu quisesse passar frio, tava em Curitiba, né, não?

quinta-feira, julho 22, 2004

Eu posso até ter medo à toa, mas se Seu Carlos estivesse no helicóptero q caiu lá na Bacia de Campos... Maluco, nem digo q eu estaria uma pilha... Graças a Deus, q é um cara legal, Seu Carlos tá em casa. Não embarcou, ele até me explicou pq, mas não lembro. Nem liguei pra ele pra falar sobre o ocrrido. Vou falar o q?. Eu nao reclamei do não-embarque. Agradeci aos céus. Sim, há um pavor absurdo de ter meu pai voando quilômetros e quilômetros sobre o mar para ficar duas semanas confinado em uma ilha de metal no oceano.

Como nao cabe outra coisa a fazer, lastimo os companheiros petroleiros q Zé Maria buscou nesse acidente.

quarta-feira, julho 21, 2004

Conversava há pouco com Carol, menina cearense que conheci no carnaval de 99 quando peguei o mochilão e fui (na época) pela segunda vez para Olinda. Como eu estava sozinho acabei adotado pela galera de Carol, além dela fiquei amigo de Elke (outra figurinha adorável q até chegou a morar na santa cidade do Rio de Janeiro, mas hoje está de volta a Fortaleza) e de Victor Hugo (aloprado q virou funcionário público de Alagoas e mora em Maceió). Na última vez q vi o tal aloprado, tomamos uma garrafa de Tequila Plata José Cuervo... PUts, só nos dois. Nao sei como ele voltou pra casa, tava de carro. Eu, q tava na casa dele, só lembro q pedi carona a um sujeito q nunca tinha visto. Hehe. Lembranças, lembranças.

Bom, isso tudo pra postar a frase q Carol me disse no telefone:

"Vc não fica com cara de bêbado, fica com cara de quem acabou de tomar banho".

terça-feira, julho 20, 2004

Sabe quanto o termômetro ali embaixo marca?
 
15 graus!!!
 
Não, eu não gosto de frio!!!
O frio tá demais! A chuva tá demais! Ninguém manda parar isso?
 
Ó só o trecho da matéria do Globo.
 
"A chuva ininterrupta que cai sobre a cidade desde sábado se deve a um fenômeno climático chamado efeito de circulação. Ele ocorre quando a nebulosidade associada a uma massa de ar polar não se dissipa devido aos ventos úmidos que sopram do mar e fica estacionada junto às montanhas. O fenômeno também é responsável pelo frio - a mínima na capital nesta segunda foi de 12,5 graus em Realengo e a máxima, de 19,3 graus na Praça Mauá, segundo o Inmet - e chuvas recordes na cidade. Desde que a GeoRio passou a monitorar o índice pluviométrico, há oito anos, este mês é o mais chuvoso da história no inverno: até as 18h, o acumulado mensal era de 404 milímetros no Sumaré, a estação mais chuvosa do Rio. "
 
Em tempo, Realengo é ali do ladinho de Bangu.
A matéria na íntegra tá aqui.
Um companheiro postou lá no orkut, fui futucar e tá aqui, ó. O novo enredo na verde e branco de Padre Miguel sobre a cultura italiana. Sinceramente a idéia não me empolga, vai pro bolo das obviedades de enredo, ao menos de início. Mas... vamos esperar pra ver o q acontece.

A fonte é o Galeria do Samba.


Mocidade Independente de Padre Miguel
Por Fábio Silva

A Mocidade Independe de Padre Miguel entrega nesta sexta-feira, a partir das 20h, em sua quadra a sinopse do enredo " Buon Mangiare Mocidade! A arte está na mesa" que trata sobre a influência da cultura italiana no Brasil.Na ocasião, Paulo Menezes fará uma explanção sobre o tema para os compositores.

segunda-feira, julho 19, 2004

Requei o cucuruto na tarde do sábado. Lembrei q companheiro Gilvan tem família e um filhinho pra criar. Tô com frio na cabeça já q deixei os pelos pra trás. Me arrependi.
Camarada furingudo e bundo-rachada
 
Ontem de manhã Jófilo ligou pro molecular pra chamar pro chá-de-bebê. Ahn? Chá de bebê?! Nem sabia q patroa-Jófilo tava grávida...
 
Cara, não só está com barrigão, como o neném já tá há oito meses em gestação, tem quarto pronto e até nome... Jófilo furingudo... Tá quase sendo pai e nao falou nada. Pior, já falei com o cara várias e várias vezes e o bunda-rachada nada falou...
 
Merece o q? Chute na canela.
Torcedor é um problema, né. Acaba de dar no noticiário q Dimba, aquele ruim de bola, tá sendo contratado pelo Flamengo. Sabe o q é pior? O q prova a situação desesperada do torcedor como eu? É q há esperança q ele funcione no time...
 
Continuo acreditando q se o Flamengo fizer gol, sai dessa pindaíba e vai lá pro meio da tabela. Mas como não faz.... E quem nao faz, leva... Estamos levando trolha atrás de trolha.
 
Mas sabe o q é pior ainda?! É ver q os destaques da seleção brasileira são de origem flamenguista. Júlio César ainda é nosso. Mas do jeito q tá jogando, sei nao, vão querer levar o cara. Juan e Adriano, q tão jogando muito no time do Parreira, começaram lá no Mais Querido. Ah, se ainda jogassem no Mengão...
 
Bom, vida q segue. Uma vez Flamengo, sempre Flamengo.

É estranho assistir o jogo em Brasil e México usando a camisa oficial do México e torcendo pelo Brasil? Acho q nao. Mas p q mó galera achou isso estranho?
Comentários do fim de semana esportivo
 
Sábado foi sofrível. Vi três jogos de futebol. Torci pra três equipes diferentes. As três perderam. Primeiro foi o Botafogo (Cruzeiro 3 a 2), depois foi o Flamengo (Juventude 1 a 0) e depois o Peru (Argentina 1 a 0). Pé-frio? Eu? Sei não, to achando q sim...
 
Mas já no domingo o retrospecto melhorou. Assisti o Brasil ganhar o italianos no vôlei lá em Roma. Depois vi a Argentina ganhar o sul-americano de basquete em cima do Brasil, em Campos. E, por fim, Brasil e México. Aha. Deixe o pé-frio no sábado.
O publicado do blogger tá diferentaço, cheio de firuletes. Tem tanta novidade q acho q vou acabar fazendo alguma cagada como é de praxe.
Terror. Sair de casa, cruzar meia cidade ver em nenhum dos termômetro do caminho ver uma temperatura superior a 19º. A variação vai de 16º aos mesmos 19º.  Terror, horror e frio.
 
Que Deus faça o bom e velho calor dar as caras por essa santa cidade o quanto antes.

quinta-feira, julho 15, 2004

Tripudia q eu mereço!!!

Tá, tá bom. Não foi a intenção, mas imagina só... tu tá no seu trabalho, diante do seu computador estressado pra parir um texto bobo q insiste em nao sair... O céu tá limpo, lindo, azul, perfeito lá fora... O celular toca. Seu Carlos na linha.

"Oi, tô aqui na Praia do Forte, em Cabo Frio, com sua mãe".

Ah, tá. Valeu. Tripudiou ou não tripudiou? Tudo bem, ele ligou pra quando era muleque fomos várias e várias vezes àquele lugar com ele. Seu Carlos lembrou e na qualidade de pai sangue boníssimo quis registrar o momento. Ah, é legal, né. Mas confesso q perguntei se ele tava zoando com o mané do trabalhador braçal da comunicação q é seu primogênito...

A parte triste é q ele embarca na terça-feira... Definitivamente não gosto disso... Ao menos ele tá curtindo agora, amarradão ao lado de Dona Glória.

quarta-feira, julho 14, 2004

Angústia!!!

Até quando dura isso? Não acaba? TEnho ouvido repetidas vezes que o Vicente mudou. Nao é o cara mais feliz da galera, pelo contrário, é o cara mais sombrio. Eu, hein. Ruim demais isso.

terça-feira, julho 13, 2004

Situação insólita

Alguém já viu seu chefe sumir e nao dar sinal de vida? Pois é, o meu está em algum lugar desde a semana passada. Não liga, não atende o celular, q as vezes até está desligado...

Mundo estranho, situação estranha...

O pior é q o Vicente depende do crivo do sujeito pra várias coisas...

Vida q segue, mas segue até onde, né?

segunda-feira, julho 12, 2004

Cabeludo no casório

Tiago, moleque sangue-bom q foi criado comigo, no PL, em Bangu, casou-e. Tô ficando velho, vi esse moleque pirralhaço e agora tá lá, casado. A parada rolou num sítio lá mesmo em Bangu, diga-se de passagem, eu nem sabia q aquele pedaço do bairro existia.

Mó galera criada na rua, no bairro e arredores tava presente. Claro. Casamento é casamento. Geral dá um jeito de aparecer.

Aí, a molecada q já tá um bando de marmanjo descobriu o Vicente e seu cabelo de Urso do Cabelo Duro. Fui qualificado de Zé Pequeno a homem utilidades. Aí, veio a brincadeira de fingir esconder coisas no cucuruto do Vicente, chave do carro, celular, copo de chope... até a hora em q ameacei esconder a filha de um dos furingudos. Pô, má nem tá tão grande assim, né.
Enquanto isso... Seu Carlos catou Dona Glória, jogou dentro do carro e a levou para Rio das Ostras.

Resultado, o mané do Vicente e Irmão-Léo estão sozinhos. Tenho a impressao q esse período vai dar o q falar...
É impressionante como voltar a esse escritório faz minha boa vontade ir pelo ralo. Q coisa, q coisa sugadora de astral. A falta de gás pra vir pra cá está me impressionando...
Nota triste

Minha família pernambucana deu cabo do seu blógue. O Pra em enlouquecer é mais caro subiu no telhado. Tá avisado por lá. Bom, o povo teve lá seus motivos. Da mesma forma q ficaram me impregnando pra fazer um blógue novo quando deixei o Enfiado na Lama de lado, dou-me ao direito de impregná-los pelo mesmo motivo.

sexta-feira, julho 09, 2004

E o jogo do Brasil ontem?

Achei o resultado meio injusto com os chilenos q perderam por um a zero com gol do Brasil aos 45 minutos dos segundo tempo. Tb, quem mandou a chilenada perder até pênalti. Como nao sou chileno mermo, valeu a vitória. Hehe.
A vinda infernal

P q, meu Deus, p q?? Pq eu sempre me lasco nessas vindas? Um péla-saco vai responder: pq mora longe. Tá, tá bom. Pô, cara, resolvi sair meia hora mais cedo de casa pra resolver umas paradinhas q ficaram pendentes. Todo serelepe me levantei, tomei os procedimentos acordativos (banho, café, escovar os dentes, assistir o jornal na tv e até passei batido do jornal impresso, só li a primeira página).

Corri pro ponto para pegar a primeira van rumo ao Centro. Após meia hora de espera passaram apenas duas e lotadas. Sem chance. Plano B veio a cabeça. Correr pro trem.

Saí do ponto e caminhei até a estação Guilherme da Silveira, talvez uns 800 metros de caminhada enquanto uma chuvinha chata começou a cair e a molhar as lentes do óculos. Nao quis por as lentes pra demorar menos em casa...

Na estação foi até rápido, paguei o R$1,35 da passagem e entrei. O cara de lata, entenda-se: trem, chegou logo. Entrei e pensei q ia chegar no Centro pouco antes das 9h. Seria perfeito. Só q nao levei em conta uma parada. O vagão tava cheio de impregnantes evangélicos q ficaram cantando e pregando de lá até a Central.

É demais querer q respeitem a minha fé, os meus ouvidos e a minha paciência? Aleluia! Cara, todo mundo tem o direito de acreditar no q quiser, mas eu tenho o direito de nao ser importunado quando quero ir pro trabalho. Aleluia! Tinha até um pandeirinho, aleluia!, q acompanhava todas as músicas. Aleluia!

Aí, q ódio violento.

Aleluia!

Eu já não tinha saco pra tanta gente gritando aleluia no meu ouvido! Eu já torcia pra chegar logo a estaçao Central do Brasil praqueles bundas-rachadas me deixarem em paz.

Só q em Deodoro o meu trem, q vinha do ramal Santa Cruz, chegou depois do outro q vinha do Japeri. Resultado: o cara de lata onde eu estava teve q ficar esperando o Japeri seguir na frente. Mais tempo ao lado dos 'aleluias'.

Após tantos aleluias e 'oh, glórias' cheguei a Central. Pra minha 'sorte', a espera causada pelo Japeri me fez chegar na mesma hora q eu costumao chegar no escritório. Nao adiantou NADA ter saído meia hora mais cedo.

O melhor momento da manhã até agora foi chegar na Central e poder dizer pra mim mesmo, com muito gosto, ALELUIA! por não ter mais q aturar a malice fundamentalismo daqueles furingudos.

quinta-feira, julho 08, 2004

Vamos polemizar?

Pô, fiquei sabendo q amanhã é feriado em São Paulo. Fui chegar, Feriado da Revolução Constitucionalista. Ahn? Tem feriado disso? Pô, mas a tal revolução não foi aquela q não rendeu nada depois q Getúliio (acho q foi ele) soltou bomba à vera sobre a capital paulista.

Ah, feriado assim é fácil, né.

Será q algum paulista vai tacar pedra em mim? Ainda mais após o meu pôste carioca aí do em cima.
As vezes eu me surpreendo com essa cidade. Num dia lindo como hoje fui andar pelas ruas do Centro e fiquei chapadão, amarradão olhando os prédios, as ruas, as pessoas, as coisas. Até perdi a hora após ficar todo bobão curtindo minha cidade. Eu, hein. É bom ser carioca, sabia. Eu, sinceramente, agradeço a Deus sempre por isso.

quarta-feira, julho 07, 2004

Ontem, já em casa. Começamos a ouvir uma insistente queima de fogos q vinha do outro lado da linha do trem. Luzes, core, barulho. Deu a impressão de ser o início do desfile da Mocidade.

Fiquei pensando o q poderia estar acontecendo, a tal queima vinha aparentemente da Vila Vintém. Irmão-Léo, escolada na área, bateu na hora: "deve ser o aniversário do Celsinho". Liga-se pra um e pra outro e tcharan. Confirmado. Aniversário e Celso Luiz Rodrigues, Celsinho da Vila Vintém, fundado da ADA (Amigos dos Amigos), facção criminosa aliada ao Terceiro Comando q vivem em constante guerra pelos pontos de venda de entorpecentes com o Comando Vermelho. Pô, faço aniversário no mesmo dia do Celsinho?!

Detalhe, reza a lenda q o baile da Furacão na próxima sexta-feira vai ser por conta do Celso. Tudo liberado. O baile acontece na quadra da Unidos de Padre Miguel, lá dentro da Vintém. Dizem q vao ter uns convidados aê, inclusive o Belo, pagodeiro e metido em parada errada.
Valeu aê

Pessoas que comentaram, ligaram, mandaram e-mail e tudo mais pelo aniversário do Vicente, valeu aê.

A pilha pra comemorações nao está das melhores, mas quem sabe eu não faço (como havia comentando com camarada Goiano) a Micacente (comemorações do aniversário do Vicente fora de época).

terça-feira, julho 06, 2004

Hoje é o vigésimo oitavo aniversário desse sujeito q insiste em manter essa josta de blógue. Após vários anos, é a primeira vez q nao tô com a menor vontade de comemorar nada... Em outras épocas chamava os chegados em Bangu e fazia o q eu chamava de "Surrasco do Vicente". Embora alguns pensassem q fosse algo ligado a surra, era ligado a corruptela q ouvia perto dos churrasquinhos, na boca do povo, "surrasco".
Se tiver vontade, faço ano q vem pq nesse ano... nada rolará.

segunda-feira, julho 05, 2004

Aniversários

Ontem foi aniversário do ilustre companheiro Anderson Nilópolis. Não liguei pro cara. Não sei pq nao liguei. Mas lembrei. Coisa estranha isso, né.

Hoje é aniversário do meu primo Rafael Tim, moleque q surtou em ser jornalista... Q escolha, hein. Bom, q a força esteja com ele. Hoje é aniversário tb do bom e velho Fabrício, moleque q cresceu do lado da minha casa, no Parque Leopoldina. Fabrício é meu amuleto de Maracanã. Sempre q estou por lá cato pra irmos ver o nosso Mengão jogar. Invariavelmente vencemos. Devido a nossa ausência o Mais Querido ficou devendo vitória na última quarta.

domingo, julho 04, 2004

Acabei de ver esse artigo do Artur Dapieve no No Mínimo. É interessante dar uma lida. Acabei puxando o segundo parágrafo, q fala do velho caudilho pra dar o link. Quem quiser q veja.

"Quando governador, Brizola fez com que a polícia tivesse, com a casa do pobre, o mesmo cuidado e respeito que tem com a casa do rico. Nada de pé na porta, nada de invasão sem mandado, nada de abuso de poder, nada de subir favela sem razão. Por essa postura, ele foi acusado de “proteger vagabundos”. Aleivosia. Como se todo morador do morro fosse criminoso, como se todo morador do asfalto fosse gente de bem. Tentar manter a PM sob controle era, sobretudo, um aceno ao lumpemproletariado que o sustentava nas urnas – e que chorou diante de seu caixão no Palácio Guanabara e nas ruas. Baseava-se, todavia, num preceito básico da democracia que se estava (e, sob este aspecto, ainda se está) querendo implantar no Brasil: todos são iguais perante a lei".

sexta-feira, julho 02, 2004

Los Sebozos no Rival e quase q eu NÂO entro no show

Ontem lá fui eu. Fui com João Goiano, sua respectiva, Léo Magrinho e a presença bônus da Paula-que-gosta-de-samba. Tudo em riba, geral na porta, várias cabecinhas conhecidas pipocando e se dá a hora de pegar o ingressinho do bolso e descer as escadas pro teatro. O Rival é quase uma caverinha, fica no subsolo, bem ali no Beco da Cirrose.

Desceu Léo Magrinho e entrou, desceram Goiano e respectiva e entraram. Ia eu descendo, meto a mão no bolso. Pego o ingresso e... EPA! Ingresso do Hip Hop Latino no CCBB?? Mas eu tinha ido nesse show no dia anterior. Cadê o mané o ingresso pro show dos Sebozos? Nao achei.

Vasculhei tudo, mochila, bolsos, bolsos, mais bolsos, carteira e nada... Não sei onde a praga foi parar. Paula-que-gosta-de-samba cismou q queria me dar o ingresso dela. Fala sério. Foi mó luta praconseguir. Mas de jeito algum.

Eu fica pensando num caô mágico pra jogar. Sempre pinta um caô mágico nessas. Minha padroeira, dona Nossa Senhora Aparecida, nunca me deixa na mal. Nunca mermo. Pode deixar o Flamengo, mas o Vicente não fica na psita. Paula-que-gosta-de-samba impregnou tanto o maluquinho da entrada q o cara deixou ela entrar e me passou o ingresso dela. É ou não é sangue bão? Maluquinho-negão-da-entrada-sangue-bão q deu crédito pra moça e Paula-que-gosta-de-samba-sangue-bão q apelou pro cara jogando o - esse sim mágico caô q nao veio na minha cabeça, mas na dela - da honestidade. O cara acreditou na honestida dela e valeu. Salve, salve o crédito q ela tem na praça.

O show

Gostei, né. Afinal de contas é a galerinha da Nação Zumbi tocando basicamente Jorge Ben. Gosto da Nação, gosto do Jorge. Gostei da Noite do Bem, mas acho q poderia ter mais pegada. O q me acostumei a ver foi o Nação é ter pegada à vera. RMRO, com quem falei hoje, disse nao aturar Jorge Dupeixe, vocal de boa parte das músicas da Nação e dos Sebozos, cantando. Td bem, nao é a mesma coisa q o falecido Francisco de Assis Sciense, mas leva a parada...

Mas valeu. Curti, dancei e me diverti.
Bom, por motivos óbvios não vou escrever sobre a última quarta-feira. Minha raiva é tão grande q prefiro guardar pra mim e nao dividir com ninguém. Mas uma coisa é bom q fique registrada, pro time da colina eu nao perco final.
Hoje é aniversário do antológico e figuraça Seu Carlos, meu pai há 27 anos. Ainda não sei ao certo o q comprar pra dar de presente a ele...