Preto, pobre e suburbano

Esse aqui é o cotidiano de um simples jornalista carioca que mora e circula pra cima e pra baixo na cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro. Mas acaba sempre voltando pra a base, em Bangu - terra onde só os fortes sobrevivem pq é longe pra burro e tem que ter saco pra aturar as idas e vindas...

terça-feira, dezembro 30, 2003

Luise perguntou o q é uma alfaia.

Isso é uma alfaia: .

O bom e velho tambor usado pra tocar maracatu. Eu sou carioca, eu sou sambista, mas tb gosto de maracatu, ora. O negócio é tocar tambor. Tem q ter batidão.

Após o carnaval teremos fotos de Vicente tocando alfaia, claro.
Último dia útil do ano

Bom, a vida segue. 2004 tá chegando. Mas antes dele chegar vou pegar uma praia pq Deus é um cara maneiro e São Pedro ídem.

É bom, super agradável ver os papéis picados caindo pelas janelas. Só tenha pena dos garis q vao ter q catar esssa sujeira toda.

E ainda deu pra ver a segunda parte da Arte da África, exposição no CCBB q acaba no próximo fim de semana. Po, será q ninguém trabalhou hoje, só eu?

segunda-feira, dezembro 29, 2003

E o carnaval, hein?

Eu tava pilhado pra ir pra Salvador. Melou. Dizem q foi 'praga de bicha e rapariga' q veio do Nordeste. Bom, nao sei se foi mesmo...

No fim das contas firmei q estarei nos festejos momescos em Recife. Será o quarto carnaval por lá. Dessa vez baseado na Rua da Aurora, na casa do próprio STA e RMRO.

Obviamente encaro o Cordão do Bola Preta no sábado de carnaval, ainda no Rio de Janeiro, e só depois parto para o Nordeste rever toda minha família recifense e desbundar ao som do frevo, caboclinho e maracatu. Claro, vai ter Rec Beat tb e aparecei lá.

Chato por chato, já vou encomendar minha alfaia. Sim, voltarei de Recife com um alfaia debaixo do braço. Ah, muleque.
Tradição, né? Comunidade, né? Ahan...

Bom, sabadão caíamos no samba da Mangueira. Nao é minha escola favorita, é sabido q tenho má vontade com a histórica agremiação por conta do oba-oba feito em cima dela q, ao meu ver, nao condiz com a realidade.

Chato q sou, já reclamava q eu era o mais escuro na quadra. Td bem, apareceu o Jacomo q é bem mais preto, preto de fato. Mas só tinha gente branquinha e de olhos claros. Obviamente o samba é para todos e de todos, mas é estranho chegar na quadra de uma escola q enche o peito pra falar q é comunidade, q é tradição e vc nao vê a comunidade. Sabe onde estava a galera local? Do outro lado da rua, em frente a quadra, embaixo do viaduto nas barraquinhas q ali ficam.

Mais chato ainda, comentava q a maioria nao sabia sambar. Bom, isso já foi preconceito gratuito mesmo. Conheço gente q desfila há tempos e nao consegue acertar os passsos. Na realidade o q me incomoda é o discurso, nao escola, q tem meu respeito, meu inteiro respeito.

O ensaio da Mangueira é muito mais num clima de boate, o q na minha humilde e preconceituosa concepção (todo mundo têm seus preconceitos, só q ficam de caô dizendo q nao. Eu tenho e assumo.) isso nao tem nada a ver com a tao propalada tradição.

Chato é ver quem nao conhece samba, nao conhece as escolas de samba ouvir esse discurso caô e repetir: "a Mangueira é a raiz". Né não, mané. A Mangueira é, possivelmente, uma das escolas mais pop q temos no Rio, mas imbuída do discurso q encontra eco na classe média e na mídia (formada pela classe média) continua convencendo os bobos da sua tal 'tradição'. Haha. Valeu então.

Ano passado já escrevi sobre o q acho sobre a predileção pela verde e rosa, sobre o advento do Cartola e sobre sua proximidade da Zona Sul. Nao vou escrever sobre isso hoje.

Bom, já reclamei o suficiente. Diante desse quadro só reforço minha convição na minha escola, q é verdadeiramente de comunidade. É tb de oba-oba, mas nao fica se escondendo atrás de falsos discursos caozeiros.
Final de semana bão

Fui a Brazooka, coisa q nao fazia há tempos, encontrei vááááárias pessoas e reencontrei duas figuras queridas q vivem no Nordeste. Thaís, q é mala, mas eu gosto e é do Ceará, e STA, aquele safado q habita Recife.

Sexta fui na festa do firuleiro, coleguinha, boa gente e DJ atende por Janot. Há tempos nao dava as caras por lá. É bom, muito bom. Legal ver q a festa continua a mesma, alto astral. É a melhor festa do Rio. Na festa, encontro Ana Paula PL, Fernanda Rena, minha querida amiga Roberta e Lobão - seu respectivo, encontrei tb Tia Ana e sua comparsa Cláudia. Mas um grande achado ou reachado foi Cesar, moleque q foi meu calouro (como meio mundo) e é sangue bom toda a vida. Claro, encontrei Thaís. Engraçado, a última vez q havia encontrado a cearense foi no carnaval de 99, em Olinda. Ficamos no mesmo sobrado.

E sábado? Fui ao encontro de STA, conheci Pequena Barata, encontrei por lá Arthur das Firulas e Casaquinho Vermelho - pernambucana q tb habita hoje em dia a cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro. A proposta era sair pra tomar cerveja e conversar. Acabamos indo para a Lapa q tava caída q dava pena. Qual solução? Levar as figuras para o samba. STA achava q a Mangueira era longe da Lapa. Ih, o cara. Q mané. Levei assim mesmo.

Todos gostaram, todos sambaram, todos se divertiram. Valeu. Eu nao sou muito fã da verde e rosa, isso é público e notório, mas o samba no sábado foi realmente bom. Mas como nem tudo é perfeito vou fazer um post pra reclamar...

quinta-feira, dezembro 25, 2003

O melhor presente: chinelos

Após dar fim a um antigo par de chinelos (que me acompanhava a mais de dez anos), Irmáo-Léo correu atrás pra não ficar no negativo. Deu um novo par de chinelos para o irmáo mais velho (eu). Fiquei amarradão. O moleque mandou bem.

Engraçado, outro presente em q me amarrei tb foi o ganho no amigo oculto da galera do trabalho, o tamborim.

Coisas singelas e baratas q fizeram a alegria desse PPS.

Segundo Irmão-Léo os antigos chinelos nao foram para o lixo. Ele os teria dado para um sujeito q tava pedindo coisas na porta de casa e estava descalço. Mas, po, tinha que dar os meus chinelos sem perguntar? Bom, deixa quieto. Vida q segue.
E no fim das contas o Natal foi muito mais Jesus do que Noel. Valeu. Fiquei feliz com isso. Espero q tenha sido assim pros amigos tb.

terça-feira, dezembro 23, 2003

Do amigo oculto ao tamborim

Do nada surtaram de fazer um amigo oculto com a galera da Comunicação do trabalho. O esquema era nao escolher presente, o seu amigo teria q viabilizar uma parada que agradasse. E o q eu ganhei? Ganhei um tamborim!!! Ixpetáculo. Toquei na merma hora e olha q nem sou tao firuleiro assim, mas aos menos sei tocar o instrumento. Ah, muleque.
Por falar no tal velhinho capitalista, lembrei de um clááááááááássico do punk brasileiro gravado pelos Garotos Podres.


Papai Noel Velho Batuta


Papais Noel filho da puta
Rejeita os miseráveis
Eu quero matá-lo
Aquele porco capitalista

Presenteia os ricos
E cospe nos pobres
Presenteia os ricos
E cospe nos pobres

Papai Noel filho da puta
Rejeita os miseráveis
Eu quero matá-lo
Aquele porco capitalista
Presenteia os ricos
E cospe nos pobres
Presenteia os ricos
E cospe nos pobres
pobres
pobres

Mas nos vamos sequestrá – lo
E vamos matá-lo
Por quê?
Aqui não existe natal
Aqui não existe natal
Aqui não existe natal
Aqui não existe natal
Por quê?

Papai Noel filho da puta
Rejeita os miseráveis
Eu quero matá-lo
Aquele porco capitalista

Presentei os ricos
E cospe nos pobres
Presentei os ricos
E cospe nos pobres


E salve o punk.
Coisas q eu acho péla-saco no Natal

Árvore de Natal. Pô, onde já se viu árvores de natal com coisinhas imitando neve num país tropical. Ah, tenha dó. Fico fulo quando vem um dizer "ah, é tradição". Ahan. É tradição sim, mas nao minha. Caguei pra árvore de natal.

Papai Noel. Odeio papai noel. Velho capitalista furingudo e escroto. Se encontro na rua embulacho até cansar. Fala sério. A culpa é dele de neguinho ter ficado tão materialista.
Então é Natal

Tá todo mundo se despedindo no trabalho e desejando um Feliz Natal. Espero q todos realmente tenham um noite feliz e tudo aquilo q todos desejam a todo mundo e até já me parece chato. De alguns vejo sinceridade, de outros, apenas o cumprimento de um 'dever social'. Eu acharia mais honesto que só falassem comigo aqueles q tivessem sinceridade no ato.

Eu fico triste em ver o Natal tratado como uma festa do capital, quando na realidade é, pra mim, um importantíssimo momento religioso, mas tb um momento especial familiar. Para alguns é um momento triste, para outros é um momento feliz. Estou no grupo dos q encaram com felicidade.

Fico triste por ver pregado todo dia na cabeça da gente q tem-se q dar presente pra todo mundo. Mentira. Tem nao. Tem-se q dar respeito, acima de qq coisa. E com respeito vem todo o resto.

Diz-se q as pessoas ficam mais solidárias no Natal. Acho hipócrita. Nao se deveria ter uma data pra isso, solidariedade devia vir naturalmente com as pessoas. Com isso nao teríamos um mundo tao caídão e mesquinho.

Bom, vida q segue e q venha o Natal.

Eu, bobo q sou, vou continuar acreditando q um dia, quem sabe, as pessoas serao mais solidárias. Enquanto isso, vou procurando fazer a minha partezinha.

segunda-feira, dezembro 22, 2003

O doidaralho de Natal

Chegando no Centro pra mais um dia de trabalho me deparei com uma coisa que chamaria até de meio inusitada. Na altura do ediíficio conhecido como 'Balança mas não cai", onde existem bares pés-sujos profissionalíssimos (daqueles q nunca fecham e têm os mesmos ovos cozidos coloridos há tempos) a van em q eu estava parou no sinal. Veio atravessando a rua, cambaleante, vestindo uma camiseta e um shorte pretos, de havaianas nos pés, um touca de papai noel e um copo de vidro nas mãos o doidaralho de natal. A alma dele? Pra variar já tinha ido embora e deixado o corpo pra trás. Juro q queria ver pra onde o sujeito ia e como chegaria, mas van andou e ele ficou pra trás.
O livro do Cadé

Existem coisas q dão alegria. É legal, muito legal ver um camarada realizando um projeto. Ontem fui ao Parque dos Patins, na beira da lagoa, pra encontrar o Cadé. Tava ele lá lançando seu livro, o Avenida das Américas, onde relata sua aventura de cruzar a América (da Califórnia ao Rio de Janeiro) de bicicleta. Ele fez isso antes de a gente se conhecer, só vim a esbarrar com ele poucos anos após ter realizado sua proeza.

Tiro o chapéu pela proeza e por ter consegui publicar seu livro. Tem inclusive um sítio sobre o livro. O link tá aqui e na foto.

Como comprei ontem ainda nao deu pra ler, mas com certeza já o terei lido até o final do ano.


Olha o figuraça em Copacabana, na Bolívia.
Frase de Seu Carlos:

"É por isso q nao gosto de bicho em casa. No dia em q eles souberem ir ao banheiro e limpar a bundinha vou gostar de ter".
Megui, minha tartaruga ninja

Tudo começou com Seu Carlos mandando as baratas para o céu das baratas. Matou geral. Nao sobrou uma. Fez uma solução aloprada e só vi o artrópodos com as patas pro alto, moribundas no quintal.

Megui, minha tartaruga comportada, mas q as vezes pega pesado, foi retirada do quintal para nao ter o mesmo destino das baratas. A tartaruga foi levada para o terraço. E ficaria lá, até o efeito detonante da solução mata-barata de Seus Carlos perder o efeito.

O quelônio saltitante estava frenético pelo terraço, indo de uma lado para o outro. O terraço dá para o meu quarto. A orientação era deixar a porta do quarto fechada para Megui nao entrar.

Saí com Irmão-Léo e alguém, provavelmente Seu Carlos, deixou aquela porta (q deveria estar fechada) aberta.

Já de volta a casa, entro e durmo. Acordo com o cabideiro no chão. Nem sei se o nome da parada é cabideiro, mas é assim q chamo. É aquele pau cheio de outros pau presos onde eu penduro as roupas. Pois é, Megui foi lá no cantinho onde ele estava e jogou tudo no chão.

Nao satisfeita, o quelônio ficou irado e deu um belo mijadão.

Feliz com a situação, lá fui procurar a tartaruga para dar-lhe um esporro. Nao encontrei. Só era possível encontrar a zona q ela tinha gerado no quarto. O pior é ela nao estava em lugar algum, nao podia ter voltado para o terraço pq a porta (agora) estava fechada. Nao podia ter descido a escada pq tartaruga nao desce escada. Nao estava em nenhum canto, lugar algum.

Já bolado cheguei a conclusão q tartaruga além de pilhada, é ninja. Fui recolher as coisas e pôr o cabideiro em pé.

Senti q estava mais pesado. Olhei pra emaranhado de coisas e nada de anormal. Até q vi uma cabecinha de tartaruga saindo do meu mochilão. Megui, sangue bom como poucos, entrou no meu mochilou e o usou como banheiro. Como adorei...

O mochilão tá secando ainda e a tartaruga voltou pro quintal. Mas q bichinho furingudo... fiquei com vontade de nao dar mais comida e água só de castigo. Mas coração mole q sou ainda vou passar a mão na cabeça da tartaruga mané.
Matéria de capa ontem do Segudno Caderno do Globo. Vamos ver se o preconceito bate no funk outra vez.

Só não ponho crédito do coleguinha q fez pq nao sei mesmo.

Como é, quem faz e como são os bailes da música que já foi confundida com o crime e proibida, mas hoje contagia
a cidade


Campo Grande: depois de pegar uma estrada de terra e passar por um casal a cavalo, o carro pára num engarrafamento. É a entrada do baile funk. Lá dentro, centenas de pessoas dançam embaixo de coberturas de madeira e palha. Humaitá: no Ballroom, meninos e meninas que são figurinhas fáceis no Posto Nove balançam a mãozinha e rebolam até o chão quando o DJ Marlboro começa a tocar. Morro Dona Marta: mesmo sem o teto de zinco, levado pela ventania da semana anterior, a quadra da escola de samba local recebe os fãs de outra batida. Clube do Boqueirão, na vizinhança do MAM: no encontro das equipes CurtiSom e Big Mix, os marinheiros de primeira viagem experimentam o volume e o ritmo da música, que mexe com o corpo, acelera o coração e chega a causar falta de ar. Também se espantam com a multidão que mistura negros e brancos democraticamente. Eles dançam em paz até altas horas. O bonde do funk agora circula pela cidade inteira. E cada vez mais lotado de passageiros.

— O funk é a cola da cidade partida — define o DJ Marlboro, que em outubro, no TIM Festival, tocou até as sete da manhã e mostrou que, desta vez, o ritmo pode ter descido o morro definitivamente para contagiar da Zona Norte à Zona Sul. — Foi emocionante ver todos enxergando uma verdade que está na música: “É som de preto/ De favelado/ Mas quando toca, ninguém fica parado”. Naquele dia, eu me senti como o Lula no poder.

Não é para menos. Marlboro é um dos maestros de um movimento que este ano, além do TIM, invadiu lugares antes inimagináveis. Foi parar na TV em horário nobre, com direito a um episódio inteiro da minissérie “Cidade dos homens” e à musa Carolina Dieckmann seduzida pelo pancadão no programa “Cena aberta”. E se transformou no tema de um aclamado desfile da Blue Man no Fashion Rio. Se antes já era reverenciado por artistas como o ministro da Cultura, Gilberto Gil, os cantores Caetano Veloso e Fernanda Abreu e a atriz Regina Casé, hoje domina a noite de lugares tão díspares quanto a Mariuzin, em Copacabana, onde Marlboro toca hoje a partir das 17h, e a Fundição Progresso, que vai sediar um animado baile no próximo sábado. Uma das promessas do verão é a noite funkeira que a sede do Flamengo, na Gávea, vai abrigar em todos os fins de semana de janeiro.

— No TIM, tive a impressão de que a boa aceitação do funk pode ser definitiva. Foi como se de repente aquelas pessoas pensassem: “Ei, podemos gostar disso. Todo mundo diz que esta música é ruim, mas a gente gosta”. Parecia um grito de carnaval, um grito de liberdade — diz o antropólogo Hermano Vianna, que, em 1988, já percebia a força do ritmo e lançava o livro “O mundo funk carioca” (Zahar, hoje esgotadíssimo), apresentando pela primeira vez o movimento para quem não morava no subúrbio.

Hermano lembra que o funk tentou ultrapassar os limites da periferia outras vezes:

— Mas sempre acaba voltando para o morro, porque foi muito perseguido. A desinformação faz com que funkeiro seja tratado como bandido. Depois do verão do arrastão (em 1992), o funk passou a ser apontado como o culpado de tudo o que acontecia de ruim na cidade. Mas isso pode estar mudando. O tempo que a classe média passou ouvindo música eletrônica abriu seus ouvidos.


Tem a segunda parte, mas nao deu pra arrumar pra postar.
Verão

Demorô, ó o verão aí. Ah, muleque.

quinta-feira, dezembro 18, 2003

É gênio!! É gênio!!! Seu Carlos é simplesmente gênio

Não me canso de celebrar a genialidade de Seu Carlos, personagem antológico do meu folclore pessoal q por vias do destino é meu progenitor. Quando chego em casa hoje do trabalho me deparo com ele diante de uma foto com alguns dos seus irmãos e alguns dos meus primos. Claro q ele é um dos mais figuras. Com seu indefectível sorriso (acho q o meu foi puxado dele) e um cinismo q me dá inveja. Falava de situaçoes de fotografia e lembrou de um lance q é de tirar o chapéu. Contou ele pra mim e pro meu irmão:

"Um dos seus tios era muito chato com essa coisa de fotografia. Não podia ver uma máquina q ficava fazendo pose. Não saía da frente. Todo momento tava lá ele de novo. Aí sabe o q eu fazia? Levava um máquina sem filme pra perto dele. Ele fazia pose, fazia pose e fazia pose. O tempo todo querendo aparecer. Apontávamos pra ele, apertávamos o botão da máquina sem filme e ele ficava lá, todo feliz. hehe".
Um chope faz mal

Na noite de terça-feira, após uma estresse no trabalho, consegui sair e encontrar o grupo de amigos com o qual havia combinado. O atraso foi de apenas duas horas. Cheguei e tal. Tomei UM chope e fui embora. Já em casa, tentava dormir. Nao consegui. Por volta das 2h30 acordo, fico me remoendo, virando pra lá, virando pra cá e o q parecia inevitável acontece. Corro pro banheiro e vou falar com o 'amigo bocão'. Vomitei lindamente. Dormi, acordei, rolei, vomitei, dormi, vomitei, rolei, dormi, vomitei, vomitei, vomitei. Às 8h, já sem nada pra vomitar, dormi à vera. Não fui trabalhar, nem dava. Só consegui descansar já na hora do início do expediente.

Em tempo, amigo bocão é a singela alcunha q atribuo com Irmão-Léo ao vaso sanitário em momementos vomitanescos.

No fim das contas concluí q tomar apenas um chope faz mal a minha saúde. Aposto q se tivesse tomado mais, nada disso teria acontecido. Logo, se um amigo meu me vir tomando apenas uma tulipinha, é bom q me obrigue a beber mais q isso, para o meu próprio bem.

terça-feira, dezembro 16, 2003

Seu Carlos e as baratas

Seus Carlos se supera. Outro dia lá estava ele falando sozinho pela casa, pensei q o progenitor tivesse aloprado de vez. Nada disso, ele falava com as baratas. A parte pescada da falação dava conta do seguinte:

"Eu já falei com vcs, não são bem-vindas nessa casa. Eu pedi pra suas outras colegas que estiveram aqui e escaparam. Bom, vcs nao acreditaram e agora vou ter q matar vocês".

E lá foi chinelada pra todos os lados.

Seu Carlos é gênio, insuperável.
O termômetro na Presidente Vargas, esquina com a Rio Branco, marca 47º. Quentaço. Uhu. O q pega é trabalhar num dia desses.

Mas, na boa, fico bolado como tem gente q diz q prefere o frio. Hoje as mulheres do Rio (cariocas, niteroienses, gonçalenses, iguaçuanas, caxienses, meritienses, nilopolitanas ou outras q tb circulem por aqui) estao arrebentando. De vestido, blusinha e até mesmo as q usam tailleur. Lindas.

Deus é um cara maneiro por ter me feito nascer nessa cidade. Salve o seu calor e suas mulheres.

Só tenho pena da marmanjada q é obrigada a usar terno. Perderam! Eu já me acho um mané usando calça, cinto, sapato e camisa pra dentro da calça. Imagina eles. Perrengaço.

segunda-feira, dezembro 15, 2003

E o carnaval q nego faz com a prisão do Saddam?

Enfim cataram Saddam q, de bigodão, tava parecendo mais um papai noel árabe. As matérias q ando vendo tão meio escrotinhas, todas ao ponto de vista estadunidense. Os jornais estão falando q enfim o Iraque está livre. Livre de quem? O ditador já tinha caído há alguns meses.

Mas o mais sinistro foram as comemorações. BANDEIRAS VERMELHAS SENDO AGITADAS?! IRAQUIANOS COM A BANDEIRA ESTADUNIDENSE?! Nego acha q nasci ontem, só pode. Na minha concepção suburbana aquelas bandeiras vermelhas são do partido comunista iraquiano, os caras q mais eram fuzilados por Saddam Noel. Mas iraquianos com a bandeiras dos gringos é q nao entendi. Pera lá, o exército de Bush é um tremendo invasor, eles tão levando pedrada direto por conta disso! E têm a cara de pau de colocar um maluco com a bandeira deles? Ah, tá. Quanto a comemoração dos curdos tb bem, Saddam adorava jogar os caras na vala. Pra eles foi algo signficativo.

Mas fala sério, pra gente isso pode ser a maior cagada. Se o Jorge Busha for reeleito vai continuar com essa política externa escrota que vai seguir tocando o seu terror oficial pelo mundo, inclusive acuando a gente.

domingo, dezembro 14, 2003

Tricolor

Achei q ia no jogo do tricolor hoje no Maracanã. Tinha combinado de ir com Pablo, amigo de Irmão-Léo q mora na outra rua. Ao contrário do tb tricolor Irmão-Léo q nao tá nem aí pra futebol, Pablo vai aos jogos. Ontem a noite firmamos de irmos ao Mais do mundo ver o time deles fugir da Segundona. E Pablo apareceu? Nada, está no limbo até agora... E, na boa, nao vou sozinho ao Maracanã torcer prum time q nem é meu. Bom, passando na tevê eu torço por eles da mesma forma.
Morreu?

Free Willy morreu? CA-GUEI pra ele. Tão todos os veículos dando a morte da orca. Caguei quilos e andei quilômetros pro falecimento. E se quiser, que morra mais vezes.
Aniversário de casamento

Hoje é aniversário de casamento de Seus Carlos e Dona Glória. São 29 anos juntos, sem contar o tempo de namoro... Eu me impressiono com esses números ainda mais um tempo em q boa parte dos pais de amigos estao separados e quando eu mesmo, aos 27 anos tive meu namoro mais longo com menos de dois anos...

Pior, com minha idade meus pais já tinham o Vicente, ainda um bebê longe de ser preto, pobre, mas já suburbano.

Parabéns aos progenitores.

sábado, dezembro 13, 2003

Crise causada por um chinelo

O q fazer quando seu irmao mais novo confessa ter jogado seu chinelo fora pq acho q ele estav velho?
O taxista mijão

Ia eu no táxi essa semana. O veículo sobia o elevado do gasômetro q leva a galera para a Ponte Rio-Niterói ou para o início da Brasil. Já tendo subido o tal elevado o taxista nao se contém e diz 'vou dar uma paradinha rapidinho, nao vai dar pra chegar a BAngu'. Parou o carro num recuo q existe na altura da Rodoviária Novo Rio, desceu, mijou e voltou feliz. Eu, hein. Ao menos me levou rapidinho pra casa. Mas taxista descer pra mijar eu nunca tinha visto.
13 de dezembro, tarde chuvosa e meio fria. Toca o telefone, meu tio Valcir me chamava pra ir ao Maracanã. Horas depois seria a final do Brasileirão - Flamengo x Inter. Eu nunca havia estado em uma final de campeonato. Meu pais nao sao fãs de futebol e sempre desconversavam quando eu tava na pilha de ir.

Fui. Ou melhor, fomos. Seu Carlos me levou até Guadalupe onde meu tio mora. Fomos de trem. Lembro que foi a primeira vez q andei de trem tb. Aquela massa super ansiosa pra assistir o jogo. Todo rubro-negros, todo apaixonados e super confiantes. Vivi uma coisa q eu sempre achei curioso ao ver na televisáo: a massa saindo dos vagoes dos trens na estaçao Maracana.

Entramos no anel superior, nas arquibancadas. Ficamos do lado esquerdo das tribunas, bem na frente de onde, aos 17 minutos do primeiro tempo, Bebeto fez um a zero no gol do Taffarel.

Flamengo Tetracampeão Brasileiro de futebol em 1987. Com direito até ao Zico em campo.

Em pé: Leandro, Zé Carlos, Jorginho, Edinho, Andrade e Leonardo; Agachados: Renato, Bebeto, Aílton, Zico e Zinho.

quarta-feira, dezembro 10, 2003

Camelô cheiroso

Vinha eu caminhando da Cinelândia para a Candelária quando, passando na esquina da Ouvidor com Presidente Vargas, encontro um camelô diferente. O cara vendia perfuems do Boticário. Anunciava pelos nomes e até tinha direito a prova. O cheirinho era agradável, dos perfumes mesmo. A mercadoria do sujeito estava arrumadinha em embalagens e deitados no chão pra facilitar a visualização de quem passava. Só nao perguntei o preço.
Mais um refrão que grudou. Ontem tava eu baixando antigos sambas-enredo da Mocidade. Baixei alguns da Portela tb, entre ele o de 1970, Lendas e mistério da Amazônia, q será levado para o desfile outra vez nesse 2004. O samba é de alto nível, mas o refrão bateu na cabeça e nao quer masi sair.

Enredo: Lendas e mistérios da Amazônia
Compositores: Catoni, Jabolô e Valtenir



Nesta avenida colorida
A Portela faz seu carnaval
Lendas e mistérios da Amazônia
Cantamos neste samba original
Dizem que os astros se amaram
E não puderam se casar

A lua apaixonada chorou tanto
que do seu pranto nasceu o rio-mar

E dizem mais
Jaçanã, bela como uma flor
Certa manhã viu ser proibido o seu amor
Pois o valente guerreiro
Por ela se apaixonou
Foi sacrificada pela ira do Pajé
E na vitória-régia
Ela se transformou

Quando chegava a primavera
A estação das flores
Havia uma festa de amores
Era tradição das amazonas
Mulheres guerreiras
Aquele ambiente de alegria
Terminava ao raiar do dia

Ô skindô lalá,
Ô skindô lelê,
Olha só quem vem lá
É o saci pererê
"A gente não ia com a sua cara, hoje a gente adora vc"

Pq diabos ouço essa frase com uma freqüência absurd? Será q ninguém vai coma a minha cara de início? Na qualidade de indivíduo populista isso é preocupante.

terça-feira, dezembro 09, 2003

Taxista animal

É público e notório o meu 'bom' relacionamento com os taxistas do mundo. Bom, eu nao tenho preconceitos, mas nao dá pra se dar com essa subraça q sao os taxistas (entendeu a brincadeira? Nao tenho preconceitos, mas nao me misturo com taxistas? Explicar a brincadeira é doloroso...). Bom, conforme tenho ficado até tarde nesse escritório a empresa me proporciona voltar pra casa num desses veículos amarelos com uma tarja azul (no Rio os táxis são assim).

Já dentro de um desses, a caminho do aprazível bairro de Bangu, o taxista começou a falar e eu comecei ficar ainda mais bolado. Sigo na Avenida Brasil até a altura do Motel Bariloche, em Realengo, onde saio da via e vou por dentro. Disse pro taxista "a gente sai a esquerda, na altura do Bariloche, valeu?". Aí ele contou:

"outro dia eu tava trazendo um casal pra esse lado de cá. O moço mandou eu sair aqui mesmo. Eu saí da Brasil e entrei no motel. Foi a maior confusão, o moço e a moça ficaram sem graça. Disseram q nao era isso, q nao era pra entrar ali. Eu dei ré e sai, né".

Cara, como é q o cara entra com o casal no motel sem ninguém ter pedido?!

Só q o taxista nao parou por aí. Contou outra. Entre Realengo e Padre Miguel existem uma rua, muito curta, q é sem saída. Ela deve tem umas seis ou sete casa e termina na linha do trem. A paredes da linha sao quebrada criando uma passagem para o outro lado, onde está a Vila Vintém. Ali fica um conhecida boca de fumo da localidade. O tal taxista havia levado uma pessoa até ali q provavelmente morava na Vintém. A pessoa desceu e quadno ele voltava foi abordado pelos caras da boca com o clássico: "vai de preto ou vai de branco?". Perguntinha sobre se o mané quer o preto (a maconha) ou o branco (a cocaína). Aí o anti-herói taxista falou: "Pô, fiquei com medo. Comprei um pouquinho preto pra eles me liberarem, né".

Ah, tá. Claro. Desculpa perfeita. Ele nao levou em conta q taxista tem meio q livre acesso nessas paradas. Ahan.

Já chegando em casa, numa bifurcação falei: "entra a esquerda". E nao é q o furingudo foi pra direita. Pior, deu uma tremenda ré pra desfazer a cagada. Aí tive certeza, o taxista era realmente descompensado da idéia. Eu, hein. Tô fora desses caras.
Essa onde camisas com esses dizeres é meio irritante. Todo mundo com coisas como Fé, Respeito e tal estampado no peito, mas será q neguinho toca isso mesmo na vida ou é só pra querer ser diferentinho? Bom, hoje em dia todo mundo tem mesmo essas camisas. Arnaldo, do alto do seu cinismo, mandou bem com mais uma idéia pra camiseta. Tá aqui embaixo com link pro cara.

segunda-feira, dezembro 08, 2003

Por falar nisso, o site da Mocidade voltou a vida. Nao achei dos melhores, mas... já tá atualizado.
Virar a casaca? Nem pensar

Sabadão, durante a tarde, fui a Portela. Tava lá eu na azul e branco de Osvaldo Cruz. Samba de altíssimo nível. É bom, muito bom, mas nao é minha escola de coração. Sinistro é voltar pra casa e aturar Seu Carlos, portelense amarradão, mas q nao põe os pés no Portelão há anos, vir me dizer que tô virado a casaca. Ih, é ruim. Eu me amarro na Portela sim, mas sou Mocidade.

E só digo uma coisa, "mostrando a minha identidade eu posso provar a verdade a essa gente, como eu sou sa Mocidade Independente".


Ainda nao fui até a quadra da Mocidade. Já passei uma pá de vezes, mas nao dei as caras. Sábado achei tão vazio, antigamente nesse período aquele pedacinho na entrada da Vila Vintém já tava fervilhando...

Ouvi o samba pela internet e, pra variar, nao gostei. Tb nao fiquei fã do enredo, mas aprendi a respeitar o trabalhdo do Chico Spinosa q calou minha boca lindamente no último carnaval. O desfile superou tudo o q se esperava e até mesmo o samba, ruim pra cacete, funcionou muito bem no sambódromo. Resta-me esperar q o mesmo aconteça ano q vem e q o enredo politicamente correto agrade a galera.

A letra do samba segue aqui:

NÃO CORRA , NÃO MATE, NÃO MORRA. PEGUE CARONA COM A MOCIDADE!
Autores : Santana e Ricardo Simpatia.

BRILHOU UM NOVO DIA
PEGUE CARONA COM A MOCIDADE
O CORSO DA ALEGRIA
A DESPERTAR TODA CIDADE
É MANHÃ DE CARNAVAL
DOU UM ALERTA GERAL
VAMOS COLOCAR O CINTO, RESPEITAR A VIDA
UM DESCUIDO É FATAL
A MÁQUINA EVOLUIU
O MUNDO INTEIRO APLAUDIU
ATRAINDO AVENTUREIROS
TRAIU EM CENA, O ORGULHO BRASILEIRO


BIS

AMOR, PAIXÃO, VELOCIDADE É ILUSÃO
DIRIJO MEU CARRO
SE TOMO UM PILEQUE
DOU A VEZ NA DIREÇÃO


BASTA DE TANTO ACIDENTE
NÃO SEJA IMPRUDENTE
SUBIR AO PÓDIO ASSIM NÃO DÁ (MEU BRASIL)
SEJA MAIS CONSCIENTE
A VIDA É UM PRESENTE
CHEGOU A HORA DE MUDAR
SAI DESSE PEGA MULEQUE
PISA NO BREQUE
TEM ALGUÉM A TE ESPERAR
VEJA A HARMONIA DO SOL E DA LUA
UM EXEMPLO A SE ESPELHAR

BIS


PARE, PENSE
OLHE A SINALIZAÇÃO
PROTEJA A QUEM TE AMA
SIGA EM PAZ NA DIREÇÃO
Matei a vontade de comer podrão

Sexta-feira dei as cara no Ernesto com alguns coleguinhas. Bebemos, falamos, reclamamos, bebemos, falamos, bebemos, reclamamos, bebemos e bebemos. Após o Ernesto fomos para a Lapa onde bebemos mais um pouquinho e lembrei de voltar pra casa. Já era depois das 3h e eu tinha ido pro trabalho na manha da sexta e nao tinha cogitado a hipótese de voltar. Fui pra Mem de Sá, encarei o primeiro coletivo q tinha escrito "Central". Desci ali onde dias antes rolara os shows no Dia do Samba.

Um fome sinistra gritava de dentro do estômago. Na caminhada na direção do ponto de ônibus, com quem cruzo? Um cachorreiro. E como é sabido, cachorreiros vendem cachorros-quentes, carinhosamente identificados como 'podrões' devido ao simpático cheiro de suvaco q exalam. Demorô. Pedi um de linguiça. O marmanjo preparou pra mim, capricho na batata palha e disse "aí, tem direito a um copo de suco. E pode repetir". Quanto era? Um real. Ah, muleque.

Matei o cachorrão fácil. Tomei meu copinho de suco e quis repetir. Acho q o suco era de maracuja, o gosto nao tava muito definido. Perguntei como era e o cachorreiro disse "tá vendo o barril? É só puxar a alavanca". Cara, maneiríssimo. Tem q bombear pro suco sair. Ixpetáculo.

Já alimentado pude esperar por quase uma hora a passagem da lenda urbana q me maltrata, o 393. Fui um dos primeiros a subir e consegui ir sentado. Triste foi a galera q subiu depois e teve q ir em pé até lá.

Com o sol raiando cheguei em casa. Já nao tinha mais pernas, nunca demorei tanto pra fazer a caminhada. Bom, valeu pela noite, por encontrar a camaradagem e por ter sobrevivido a mais um podrão.
Isso já é olho grande

Não sei pq, mas só pode ser. Ervilhão teve a janela no carona detonada esse fim de semana. Um furingudo entrou nele e levou o MANUAL DO CARRO!!! É ser muito espírito de porco, cara. Tô bolado, bem bolado. P q neguinho marca tanto esse carro é q nao entendo.
Após o ódio e a frustração, agora tem o desânimo. É sinistro começar a semana assim.

sexta-feira, dezembro 05, 2003

Racing

Embora eu goste do Boca, pedi pra minha amiga Quélirrussel - que mora em Buenos Aires - viabilizar pra mim a camisa do Racing. E p q? Pq o tal Racing é o único clube - além do Flamengo - q tem o patrocínio da Petrobras. E do Flamengo eu já tenho, né.

Funkacilds

Cristiano é um firuleiro, mas eu gosto dele. Recebi a filipeta da festa do cara das mãos de João Goiano, quarta-feira passada, na entrada do show do Cordel. Bem legal a arte, até pude falar pessoalmente com Cristiano, ou DJ Cris, sobre a parada. A arte é do . Ainda não pus um link pra ele aqui, vou tomar vergonha na cara pra fazer isso qq dia.

Hoje a raiva deu lugar a frustração, deu lugar a sensação de q por mais q vc trabalhe vc nao vale NADA. A motivação foi pro buraco. Ainda bem q é sexta-feira, mas diante desse quadro nao faço muita questao de sair de casa.
Eu nao planejo nada na minha vida. Deixo ela rolar linda, leve e solta. A proposta é viver e deixa viver. Mas pus na cabeça q, amante do futebol q sou, tenho q ir a uma Copa do Mundo. Aí teremos um preto, pobre e suburbano na Copa. Ia ser legal assistir a competição na Alemanha esbarrando com torcedores de todo o mundo. Bom, tudo isso pradizer q estou planejando ir a tal copa no chamando velho continente. Tenho uma amiga alemã, moradora de Colônia (Köln, pra eles), q já disse q me recebe por lá. Blz. Já sabendo do meu desejo de ir ela me mandou um e-mail com o seguinte trecho:

I have some infos for you concerning the world championship in soccer in
2006 in Germany:
ticket-prices: "Pre-round"-games: 35 Euro cheapest ticket
1/8-final: 45-120 Euro
1/4-final: 55-180 Euro
1/2-final: 90-400 Euro
final: 120-600 Euro


Deu medo de calcular o preço dos ingressos. Um euro vale hoje mais ou menos R$3,55. Mas eu tenho q ir. Tenho q ver de perto. Mas a seleção tem q se classficar tb, né.

quinta-feira, dezembro 04, 2003

Somente um desejo: ir para minha casa. Parece um desejo impossível de se realizar.... Mamãe avisou q ser jornalista seria perrengue, eu nao acreditei...
Se sentir ódio matasse eu nao tinha chegado vivo a essa tarde. Ainda mais a esse início de noite.

quarta-feira, dezembro 03, 2003

Companhia de Arlindo e Sombrinha

O partidão nao pára de rolar no meu computador. Falta vir as paradinhas q mandei fazer pra aprovar e jogar pro ar, enquanto isso... vamos ouvindo coisinhas maneiríssimas tipo:

Só pra contrariar
Almir Guineto, Arlindo Cruz e Sombrinha

Só pra contrariar
Eu não fui mais na favela
Só pra contrariar
Não desfilei na Portela
Só pra contrariar
Pus a cara na janela
Só pra contrariar...
Eu não fiz amor com ela

Contrariei sabendo que ainda mais bela
Que tinha malandro ligado na dela
Que nunca deu bola, que nunca deu trela
Contrariei revelando segredo que se revela
Só pra contrariar ela ainda é donzela

Contrariei
E acho q dei um na canela
Desprezando o que todo mundo zela
Como trunfo, jóias, escultura ou tela
Contrariei
Mas esta castidade abri a fivela
Só pra contrariar ela ainda é donzela


E tem tb O show tem que continuar, dos mesmos Sombrinha, Arlindo Cruz com Luiz Carlos da Vila

O teu choro já não toca meu bandolim
Diz que minha foz sufoca teu violão
Afroxarão-se as cordas
E assim desafina
E pobre das rimas
Da nossa canção
Hoje somos folhas mortas
Metais em surdina
Fechando a cortina, vazio o salão
Se os duetos não se encontram mais
E os olhos perderão a emoção
Se acabou o gás
Pra cantar o mais simples refrão

Se a gente nota que uma só nota
Já no esgota, o show perde a razão

Nós iremos achar o tom
Um acorde com um lindo som
E fazer com quem fique bom outra vez
O nosso cantar e a gente vai ser feliz
Olha nós outra vez no ar
O show tem que continuar

Nós iremos até Paris
Arrasar no Olimpia
O show tem que continuar

Olha o povo pedindo bis
Os ingressos vão se esgotar
O show tem que continuar

Todo mundo que hoje diz
Acabou vai se admirar
Nosso amor vai continuar
E toma no lombo!

20h. Lá vamos para 11 horas no escritório. Eita blz. Um dia, quem sabe, terei direito, como reza a lenda, a folgas... E vamos embora, pq a luta continua.

Voltei a ter vontade de aprender a tocar cuíca.


E tenho q comprar outro tamborim, pq o safado do Goiano pegou o meu emprestado há anos e nao vai devolver. Mané, era só pedir q eu dava um pra ele.
Ser mané é

Lembrar de marcar a consulta no oftalmologista, ligar pra clínica e esquecer o nome da doutora.
Falando em samba... Deixar a Portela de fora pra levar a Gaviões????

E a parada do Ministério da Cultura q optou por levar a Gaviões da Fiel em lugar da Portela. Pera lá, parceiro. Q isso? Eu nao tenho absolutamente nada conta os corinthianos, muito pelo contrário. Gosto do clube, da torcida, da escola de samba e tal. Mas, cara, nao se pode comparar. A Gaviões tem pouquíssimo tempo de vida, pouca história, nao dá pra comparar com a Portela, q ao meu ver é a GRANDE ESCOLA de samba que temos.

A escola paulista já mostrou q tem peso sim, mas a ponto de suplantar a Portela? Hmm. Sei nao, hein. Acho q entrou um bairrismo forte na opção pela preta e branco de São Paulo. Nao se levaram em conta os aspectos q realmente importariam nessa hora, como da importancia cultural por exemplo.
Pra completar, to ouvindo feliz meu "Arlindo Cruz e Sombrinha Ao vivo" . Partidão alto du bom. Ah, muleque. Já é.
Fiquei sabendo q um camarada q sempre encontro por essas paradas por aí, o Júlio, tá com samba no Sujinho, na UFRJ. Vou baixar lá.

E que tem festa dos coleguinhas no Ernesto tb nessa sexta.

Aparecerei nos dois.
Multidão e cerveja

A impressao q tive é q quatros trens é pouco pra multidão. E q como nao pára de crescer o número de gente q encara a parada, nao dá pra desovar a cabeçada só na praça de Osvaldo Cruz. Rodas de samba rolavam, mas tinha q ter uma indicação melhor praquelas figuras nao ficarem batendo cabeça. Acho q faltou organização aí.

Como encontrei coleguinhas camaradas maus elementos, ficamos tomando cerveja, falando besteira, discutindo o nada. Td na boa.
Pior q um Japeri no hora do 'rush'

Bom, agora vou reclamar. Faltou comunicação. Ninguém sabia qual trem, qual vagão, qual nada. Eu queira ir com o povo do Cacique de Ramos. Nem vi cacique algum. Encontrei figuraças conhecidas do Embaixadores da Folia e fui atrás. Tb nao sabiam q vagão pegariam.

Naquele sobe e desce dos vagões me perdi dos caras. O trem encheu mais do um Santa Cruz ou um Japeri saindo Central na hora do rush. Gente demais, espaço de menos. Ao menos rolava um partido alto bonito. Os moleques mandaram bem e mantiveram a cabeçada cantando da Central até Osvaldo Cruz.

Má impressão
Vários barbudinhos, daqueles q se acham 'in' por terem descoberto o samba tb estavam presentes. Todos felizes, apertados, porém amarradoes. Só fiquei bolado com uns caras q cismaram de encher a mao e bater nas paredes internas do vagão. Além de atravessarem o tempo todo, as pancadas eram muito fortes. Aí, fala sério. Aquilo nao é ônibus de excursão deles, nao. É um meio de transporte usado por milhares de pessoas todos os dias. Po, mandaram mal. Maneiro foi uma galera que falou alto pedindo pros sujeitos ficarem quietos e pararem de atrapalhar o samba. Os barbudinhos-que-atravessaram-o-samba ficaram pianinhos.
O trem do samba partiu e eu tava dentro

Ontem corri feito um louco pra conseguir chegar a Central, pegar um pouco do evento do Dia do samba, encarar o Pagode do Trem e partir rumo a Osvaldo Cruz. É, deu tudo certo. Passei e-mail, liguei, mas a camaradagem tava toda pegada ou nada apta a encarar o senhor perrengue q estava por vir. E, como digo e repito, perrengue é meu hobby.

Já na Central, aquela multidão. A rodinha dos evangélicos q tanto barulho faz ontem parecia estar emudecida diante da multidão de sambistas e curiosos aglomerados na frente do palco. Cheguei com Marquinhos de Osvaldo Cruz se apresentava. Ainda deu pra ver Monarco e a Velha Guarda da Portela e a Velha Guarda do Império.

O melhor momento, q me arrepiou de verdade, e olha q nao sou de ficar tendo essas frescuras de gente sensível em samba foi presenciar a mesma velha guarda imperiana cantando Aquarela Brasileira, o tão propalado, lambido e festejado samba de Silas de Oliveira. Todo mundo cantando no gogó. Fiquei feliz, muito feliz e orgulho da cultura popular dessa cidade.

"Assanhados"
Um coroa que estava perto de mim com tamborim na mão foi caminhando comigo pra dentro da Central. Esbarramos alguns membros da mesma Velha Guarda do Império. E ele correu pros caras pra falar cheio de emoção " vocês ainda 'tão assanhos, hein". Hehe. Na linguagem de hoje seria "vcs tão frenéticos". Bom, foi um elogio.

terça-feira, dezembro 02, 2003

Hoje é dia do samba. Salve o samba.

Tô meio sem idéias pra escrever e até mesmo ocupado demais pra isso, mas nao podia deixar de registrar.

Hoje tb tem o Pagode do Trem, q vai da Central pra Osvaldo Cruz, a capital do samba. Pretendo ir, embora ache q será ligeiramente impossível visto q nao saio antesa das 19h e hora marcada é 18h04. Bom, veremos.

segunda-feira, dezembro 01, 2003

Nota publicada hoje no Babado. Sim, no Babado. Eu nao leio o site, mas um camarada leu e me mandou. Sente só a parada. Sensacional.

Substituta de Galisteu na Portela é veterana de 83 anos

A Portela já elegeu a substituta de Adriane Galisteu à frente da bateria da escola. A felizarda é Maria das Dores Alves Rodrigues, a Dodô, de 83 anos. Ela será madrinha da bateria após 68 anos defendendo as cores da Portela. Dodô estreou como porta-bandeira em 1935, com 15 anos, e desde então esteve em todos os desfiles.

Adriane Galisteu foi dispensada pela Portela na semana passada por decisão do presidente da escola, que estaria insatisfeito com ausência da apresentadora nos ensaios e com o fato dela ter aceito desfilar pela Acadêmicos da Rocinha no Grupo de Acesso.

A nova madrinha da bateria será apresentada oficialmente em festa na quarta-feira (3) durante ensaio técnico da escola.



O link pra matéria é aqui.
Ser mané é (2)...

Descobrir q a nova assessora do do manda-chuva local tem o mesmo sobrenome q um camarada. Mandar e-mail para o camarada com o seguinte texto:

"seu ser menor,
XXXX é da tua família? Reza a lenda q ela é filha do seu avô.
(...)
Ela morde? (...)"


E aí, vem a singela resposta:
"É minha mãe seu puto. Mais respeito. Vou aí e te deito na vala!"


Vicente já gostando da novidade responde:
"Ih, demorou. É tia. Ah, muleque".

Eu, hein. Q mundo estranhamente pequeno. E foi justo o filho da moça q me 'trouxe' pro Rio qndo eu tava em Recife.
Ser mané é...

Entrar o mês com duas contas de dois bancos diferentes no cheque especial.
Obrigado meu Deus pelo fim do mês de novembro.
Enquanto isso na Sala de Justiça...

Esse blógue continua com a templeiti cagada.