Preto, pobre e suburbano

Esse aqui é o cotidiano de um simples jornalista carioca que mora e circula pra cima e pra baixo na cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro. Mas acaba sempre voltando pra a base, em Bangu - terra onde só os fortes sobrevivem pq é longe pra burro e tem que ter saco pra aturar as idas e vindas...

quarta-feira, abril 30, 2003

[7/15/2002 10:01:15 PM | Vicente Magno]
E por que não outra vez? "Enquanto houver Deus no céu, urubu não come folha/ Enquanto houver Deus no céu, vou cantando numa boa/ Enquanto houver Deus no Céu, urubu não come folha/ Enquanto houver Deus no céu, vou cantando, gente boa".
[7/15/2002 9:58:35 PM | Vicente Magno]
A volta
Pra sair do parque onde estavam rolando as paradas me perdi. Óbvio. Uma neblina cerradíssima e um bosque. Me perdi, com muito orgulho, com muito amor, ô, ô, ô. Quando me deparei com uma maternidade percebi não sairiam ônibus de Recife dali. Procurei voltar o caminho que fiz e acertei. Peguei um opção diagonal. Deu certo. Cheguei com uma precisão garanhunsiense (é assim o gentílico de quem nasce lá?). Comprei a ÙLTIMA passagem para o ônibus das 6h30 que partia para o Recife. A última sentada, diga-se de passagem, pq meio mundo entrou naquele ônibus.Todo mundo em pé. Claro que os camelôs aparecem pra vender sanduíche natural e queijo coalho dentro do carro. Detalhe: Por obra divina o preço da passagem de volta era R$4 mais barato que a vinda. Perfeito. Ia dar pra chegar me casa! Já cansado peguei o ônibus de volta, dormindo como sempre, mas agora com Paulinho da Viola nos ouvidos. Enquanto a ida foi de 3h30 a volta foi 4h. O bunda-rachada do motorista passou por mais cidades ainda que na ida. Foi bom pra dormir. No TIP outra vez liguei pra Luciana, que tinha acabado de chegar a Maceió. Disse a ela “P q tu não me ligou?”. “Poxa, Vicente, os telefones não completavam ligação nenhuma”, respondeu. Td bem, acredito. Ela tem crédito. Mesmo assim valeu. Aí já era merreca: um metrô e dois ônibus. Merreca pra mim depois dessa noite. Ainda cheguei em casa e fui comer fora com Marcelo e Iara. Preciso de mais sábado assim por aqui.

[7/15/2002 9:51:03 PM | Vicente Magno]
A noite começava a acabar
Sabe o show do Cidade Negra que levou milhares de pessoas até lá? Não rolou. Sei lá pq, disseram que os caras não conseguiram aterrissar por conta da neblina. Ok, eu só foi pra lá de molecagem mesmo. Na realidade o show que eu queria ver era o do Silvério. Esse foi do caralho. Quem não foi embora após o comunicado oficial de que o show do CN não rolaria, foi pra onde rolava o forró. Ah, muleque. Isso foi maneiro. Logo atrás de onde rolava o forró existia o que eles chamam de a pirâmide, uma tenda onde rolava música eletrônica, hip hop, e o escambau. Ficamos circulando entre um palco e outro. Uma hora dançava lá, outra hora dançava cá. No forró pegamos umas minhoquinhas pra dançar, na pirâmide ficamos pulando como pipoca normalmente. A essa hora eu nem lembrava mais que fazia frio lá. Tava com os dois casacos na cintura, camisa do Flamengo e toca. Se D. Glória me visse assim ia ter um treco... Quase às 5h, no forró, dancei com uma puruquinha e perdi o parceiro Cleidson. Quando já ia dar unas 5h pensei em ir comprar logo minha passagem de volta, afina de contas, o perrengue e a diversão ainda não acabaram...
[7/15/2002 9:44:13 PM | Vicente Magno]
E mais perrengue
Meia noite e uns quebrados ponho os pés pela primeira vez no agreste de Pernambuco. Desço na rodoviária e vou procurar onde está acontecendo os shows. Até essa hora Luciana ligou pra mim? Ligou nada... E fiquei bolado? É ruim! Essa possibilidade obviamente já tinha sido cogitada... Após ter me informado pra onde devia seguir desceu do ônibus um maluco que embarcou em Caruaru. A peça era ímpar: boné azul, camisa de linha preta de manga curta, luvas pretas e um capacete na mão! Pois bem, o cara perguntou se eu sabia pra onde tava indo e disse “Claro, vem comigo. O policial disse que a parada rola pra lá”. Fomos. Fomos conversando, falando asneiras, bobagens, olhando as meninas que passavam... Perguntei sobre a moto e o cara mandou. “Pô, véi, deixei em Caruaru. Fiquei com medo de ser parado em blitz”. Ok, né, deixa quieto. O cara conhecia pelo menos um terço das milhares de pessoas que passavam pela gente na festa. Pensei “pronto, se a porrada estanca aqui eu falo que to com ele, das duas uma: ou to safo, ou morro de uma vez”. Graças a Deus não foi preciso apelar pra isso, mesmo pq não vi uma confusão sequer. Um frio polar descia. O que beber? Claro! Red Bull com uísque, a coisa mais perfeita para essas ocasiões. Após algumas doses percebo que meu dinheiro não vai dar pra voltar. Hehe. O perrengue só melhorava, mesmo pq eu não vi nem sinal de Luciana e suas amigas por lá. Depois de três horas circulando pela cidade, no meio do show do Silvério Pessoa lembrei de uma coisa. Não sabia o nome do parceiro figura de Caruaru. Perguntei, né. Cleidson era o nome. Boniiiiiito que só. Pais de bom gosto tem o cara. Comentei com a peça que era hora de parar de beber pq ia ficar sem grana pra voltar pra Recife e ele mandou uma pérola. “Se liga não, qq coisa eu enfio a chave numa moto aí e a gente vai até Caruaru. Eu deixo a moto e vc por lá”. Ah, ta. Show de bola. Ainda bem que eu era força amiga de Cleidson àquela hora. Ih, o cara aí.
[7/15/2002 9:24:13 PM | Vicente Magno]
Comanche
Jorge (Salve Jorge!) gravou uma música nos idos do século passado chamada Comanche, onde existe o verso "Enquanto houver Deus no céu, urubu não come folha/ Enquanto houver Deus no céu, vou cantando numa boa/ Enquanto houver Deus no Céu, urubu não come folha/ Enquanto houver Deus no céu, vou cantando numa boa". Esse foi o hino do meu Perrengue Garanhuns.
[7/15/2002 9:21:36 PM | Vicente Magno]
A ida
A decisão de ir pra lá foi rápida. Ricardo disse que possivelmente iria e tal, mas quando começou de nhém-nhém-nhém achei melhor pegar minhas coisas e pegar o rumo da rua. Em dez minutos me arrumei: Calça cargo azul, camisa do Flamengo (que eu já vestia, pois era dia de jogo), pulôver vermelho e um casaco azul maravilhoso para frio. Some-se a isso minha toca listrada (vermelho e azul marinho), três CD’s duplos (O Rappa, Paulinho da Viola e Jorge Bem), mais o disc man (Claro, seis CD’s sem ter onde ouvir é ridículo). Até chegar à Rodoviária, ou TIP (nome meio fresco, mas que significa Terminar Interalgumacoisa de Passageiros) foram quase duas horas. Dois ônibus e um metrô. O metrô daqui parece o ramal Deodoro do Rio. Neguinho construiu um terminal rodoviário looooonge que dói. Nunca na minha vida conheci uma rodoviária tão longe de tudo (e olha que conheci rodoviárias pelo país inteiro). Só consegui pegar o ônibus das 20h30, com previsão de chegada a Garanhuns a meia noite. Perfeito! O perrengue estava materializado na minha frente. Era só aproveitá-lo e torcer pra vencê-lo. Fiquei de bob algum tempo na rodoviária. Parte o ônibus e lá vou eu. Sentadinho, ouvindo meu Jorge Bem (“Salve Jorge!”). Mas pra ficar melhor, sobem vários matutos que vão viajar em pé e param ao meu lado. Claro. Não havia lugar melhor pra eles. Falam coisas numa língua incompreensível durante um bom tempo até que eu chapo de sono. Mas acordo em alguma cidade da Zona da Mata ou sei lá onde com um cara vendendo salgadinho e suco de laranja ao meu lado! No meio do corredor dum ônibus de carreira!!! O perrengue estava cada vez melhor! Até chegar ao destino foram uns quatro ou cinco vendedores assim no ônibus. Sensacional.
[7/15/2002 9:06:49 PM | Vicente Magno]
Garanhuns? O que é Garanhuns?
Garanhuns é uma cidade que fica lá pra dentro de Pernambuco, terra natal do Lula, meu candidato à presidência DE NOVO. Não imaginava que esse estado tivesse um lugar tão frio. O site da prefeitura de lá diz o seguinte:
Situada no Planalto da Borborema, mas especificamente no planalto de Garanhuns, à 896m acima do nível do mar, chegando à 1.030 m de altitude no seu ponto mais elevado, Garanhuns, principal município do Agreste Meridional de Pernambuco, vista apenas 230 km da capital do Estado e tem uma área de 493 km2. Por conta de privilegiada localização geográfica, em cima de sete colinas (Monte Sinai, Triunfo, Columinho, Ipiranga, Antas, Magano e Quilombo), este município vive em clima de montanha , com temperatura média anual de 21º C, variando entre 9º no inverno e 25º em pleno verão. Os meses mais frios vão de maio à agosto. A Umidade relativa do ar é elevada atingindo a média de 80%.
[7/15/2002 8:59:58 PM | Vicente Magno]
Sábado - O perrengue
Adoro perrengues. É meu hobby favorito. Safáris urbanos me fazem feliz. Até a sexta eu tinha posto na cabeça que iria até Maceió, mas justo a pessoa com quem eu faria social, Luciana, ia trabalhar no domingo. Pois bem, além de trabalhar no domingo Luciana surtou e pôs pilha no Vicente pra ir em Garanhuns no Festival de Inverno, ia ter entre outras coisas, Cidade Negra e Silvério Pessoa. Pois bem, Vicente acaba se rendendo e vai pra lá. Combinamos de nos encontrar lá, ela iria numa excursão saindo de Maceió e eu iria na minha incursão Pernambuco adentro saindo de Candeias, em Jaboatão. Luciana ligaria pra mim assim que chegasse à cidade e nos encotraríamos. Pois né, nos encontraríamos...

Em conversa via posts e comentários com RMRO, fiquei com vontade de recordar meu Perrengue Garanhuns. Ontem, no almoço, lá estava eu procurando lembrar dele passo a passo. Os causos do perrengue foram contatos no meu blog anteior, o Enfiado na Lama, mas, sabe-se lá porquê, estão fora do ar. Ainda bem que ainda vivem no sistema de aministração e resolvi repostá-los pra me lembrar de como gosto de criar situações inusitadas pelo simples gosto de passar perrengue.

A título de esclarescimento, só digo que a aventura foi algo como sair do bairro carioca do Recreio dos Bandeirantes, ir até a Rodoviária Novo Rio, pegar um ônibus até Campos, passar a noite e voltar. E isso aconteceu no ano passado quando eu morava em Pernambuco.

Os posts são esses aí de baixo.
Tudo truncado

Sabe aquele dia em que vc perde a hora, pega uma van que quebra antes do meio do caminho, pega um ônibus que é parador (e vai engatinhando de Costa Barros até o Centro, parando em todos os pontos possíveis), encara engarrafamento de Parada de Lucas até a Presidente Vargas, descobre da pior forma que o ônibus no qual embarcou tem um itinerário diferente do que vc esperava e te obriga a caminhar vinte minutos driblando pessoas, carros, pilastras e camelôs na cidade e vc ainda chega com uma hora e meio de atraso?

Pior, é aniversário do furingudo do Irmão-Léo e vc, QUE NUNCA ESQUECEU em 25 anos, deixa passar pela primeira vez.

Pois é, é hoje. Bem-vindo ao dia 30 de abril de 2003.
Agradecimento

Enfim o nobre companheiro Fábio, do Falo e Disse, conseguiu resolver a problemática dos comentários. Valeu aê. Ao menos algo bom nesse início de dia meio complicado.

terça-feira, abril 29, 2003

Evolução

Hoje o Falou e Disse deu sinal de vida. O Falou e Disse é quem proporciona a esse buteco ter comentários começou a dar sinal de vida, agora temos a mensagem "comentários off line". Bom, o cara tem crédito e realmemte espero que o problema seja resolvido o quanto antes.

segunda-feira, abril 28, 2003

Até eles que moram em Recife sabem disso...

Curioso foi ouvir de Jorge Du Peixe "Vcs não tem que tomar cuidado com o garotinho da rua, mas o Garotinho que está lá encima". Pois é, Jorge, penso como vc. Sinistro que tal Garotinho lá de cima assume o cargo de Secretário de Segurança Pública hoje, 'com pompa e circunstância'. E seja o que Deus quiser.
Sabadão com o Nação

Sabadão, show com o bom e velho Nação Zumbi na Lona Cultura Gilberto Gil, a lona de Realengo. Show pra arregaçar com quem gosta dos caras. Duas horas do som pesado das alfaias sem pudor ou pena. Td bem que tava quente à vera, Lúcio Maia e Jorge Du Peixe reclamaram do calor, eu tb reclamei, mas em nada afetou o desempenho do Nação.

Na qualidade de fã, senti falta de músicas como 'A Cidade', 'Maracatu Atômico' e 'A Praieira', mas todas as outras que queria ouvir foram mandadas lá. Existem músicas ímpares como 'Manguetown', de onde tirei o nome do meu antigo blog (o Enfiado na Lama), 'Da Lama ao Caos' e várias outras que, por conseguirem misturar, o regionalismo que tanto admiro (e admiro em todos os cantos do país) com a atualidade do rock, da guitarra de Lúcio Maia, bateria eletrônica, temas urbanos e o escambau.

Foi muito legal ouvir do próprio Lúcio Maia dizer "pena que não é toda periferia que tem lugares ou lonas como essas aqui para a gente vir e tocar para vocês". Pena mesmo que a gente que mora longe das áreas abastadas da cidade tenha que percorrer longas distâncias para ver um show como esse.

No fim das contas cheguem em casa às 2h da manhã, feliz como uma criança. Ainda bem que existem coisas assim no mundo.
E eu reclamando da vida...

Na noite de sexta-feira, após saltar do famigerado 393 e enquanto caminhava para casa resmungando pra mim mesmo, percebi que eu era seguido de perto por uma pessoa. Como vi de relance que era um senhor bem menor que eu e estava com o uniforme de empresa de ônibus, concluí que vinha da garagem próxima, da Empresa Feital.

Após caminhar alguns minutos com o coroa próximo e já achando que, por ser um lugar meio escuro, ele queria ter alguém por perto por conta de sugir alguém pra lhe dar um 'ganho'. Repentinamente ele puxou assunto. Até aí, td bem. Eu ainda seguia reclamando da vida pra mim mesmo.

Vi que era realmente um cara bem simples, um senhor de 1,60m, entre 50 e 60 anos, com o cabelo lambidão, óculos de armação bem grossa e preta. E o coroa começou a falar.

Pô, vim aqui hoje pegar meu pagamento e não recebi. A empresa disse que não tem pra pagar. Normalmente eles pagam no dia 5 e dão um vale no dia 20. Mas hoje, dia 25, não tem nada. Nem vale. Disseram que não vão me dar vale porque deixei de trabalhar seis dias. O pior é que eu não trabalhei pq não tinha carro (ônibus) pra eu ir pra rua.

E agora? Que que eu vou fazer ao chegar em casa com essa cara lambida e falar pra minha mulher que não recebi?

Difícil viver assim, né. Se eu tivesse um pessoal, juntava no dono dessa empresa e dava uma surra nele.

Bom, desculpa ter te incomodado, eu só queria falar com alguém e pôr isso pra fora.


Foram pouco mais de 50 metros andando lado a lado com o senhor, mas fiquei mais triste ainda. Diante disso, pra que eu ia reclamar da vida? O cara tão perto e mais lascado que eu. Bom, ao menos naquele de repente deu pra ajudar no mínimo que ele queria, só ser escutado. Ainda fico chocado como tem gente espezinha os trabalhadores dessa forma.
Alguém viu algum comentário por aí?

Como não rolam comentários, quem quiser falar com o Vicente tem que escrever pro vmagno@yahoo.com.br. Menos o Fábio Lino.

sábado, abril 26, 2003

Uma amiga minha me contou essa por telefone, que, por sua vez, lhe foi contata por outra amiga:

(...)
Ploft...
(...)

1: Escutou?

2: O quê?

1: O Estado do Rio chegando ao fundo do poço.


Isso, em referência ao nosso novo secretário de Segurança Púlbica.
Promessa

Hoje o Glorioso, vulgo Botafogo, estréia na Segundona com o time de João Goiano, o Vila Nova. O jogo vai ser lá em Goiás. Logo, nao vai rolar de assistir. Mas com uma boa campanha do Glorioso, juro que vou dar as caras nos jogos finais e, quem sabe, ver o time de General Severiano voltar à Primeira Divisão. Não vou virar casaca, mas gostaria de ver minha cidade com mais um time na Primeirona, ou seja, ser a cidade com mais equipes na elite do futebol brasileiro.

quinta-feira, abril 24, 2003

"Carrego pra onde for o peso do meu som"

Nesse fim de semana a Nação Zumbi, banda pernambucana que curto há quase uns dez anos toca no Rio. Sexta no Canecão e sabadão em Realengo. Claro que vou assistir! É minha banda favorita desde os tempos em que o falecido e fabuloso Chico Sciense era o carro chefe dos caras. Bom, Chico se foi e banda ficou. Vicente continua fã amarradão, o último show que vi dos caras foi em Brasília, na UnB com RMRO e Baiano no dia em que "comprei" dinheiro no posto com meu cartão de crédito pra poder ver os caras...

Hoje o O Dia publicou matéria de capa do Caderno D com eles. Boa matéria do colega Eusébio Galvão falando dos pernambucanos e dos Raimundos. Tem link pra matéria aqui, na foto.

Possessão com hora marcada?

Numa dessas noites que se fica zapeando entre canais assisti algo que julgo ser o cúmulo da pós-modernidade televisiva: um exorcismo! Claro que foi na tevê do Bispo Macedo, a Record.

Tava lá eu, deitado no tapete do meu quarto e trocando os canais com a ponta do dedão direito (pq controle remoto é coisa de burguês), quando vejo um homem de terno gritando com uma mulher que parecia ser de classe média baixa num lugar amplo e cercado de gente. A mulher, uma senhora duns 40 anos estava com os braços pra trás do corpo e a cabeça curvada, conversava com uma voz visivelmente alterada com o tal engravatado.

Perdi o início do diálogo, mas foi algo mais ou menos assim:
Homem da gravata: O que vc está fazendo aí?
A mulher possuída deu uma resposta incompreensível.
Homem da gravata: Há quanto tempo esta aí?
Outra resposta incompreensível.
Homem da gravata: Por que está fazendo isso?
Nada do Vicente entender o que a mulher falava de novo.


Mas aí que ficou legal.

Homem da gravata: Então, em nome de Jesus, vc vai embora agora!

Segurou a cabeça da senhora com as duas mãos e, cheio de decisão, deu uma sacodida forte empurrando o quengo da madame para trás. E vlau! Tava lá a mulher linda, loura e japonesa como se nada tivesse acontecido.

Ao fim, pintou a legenda: Seções de descarrego: terça-feira, às 20h.

Donde concluí que essas pessoas têm dia e hora marcada para receber possessões demoníacas. Isso que é modernidade.
Nome pornô

A que ponto chega a loucura das pessoas. Recebi o link de um site que dá a versão do seu nome pornô. Fora de série. Segundo o referido site, o meu é Will Wankalot. É uma perda de tempo sem igual, mas fazer o quê? Que taque a primeira pedra que nunca entrou na pilha de uma dessas asneiras. Em tempo, o link é esse aqui: http://home.bip.net/pash/pornalizer/

Engolindo porco

Nem vou falar do time da colina, que ficou na pista em Salvador perdendo no fim, mesmo contando com o benefício do bacalhau-candango Fábio Lino não poder comentar. A minha alegria ficou ali no Parque Antártica, na capital paulista. O maior chocolate que já vi sobre aquele time verde mané paulistano. Vitória da Bahia 7 a 2 me fez feliz à vera. Foi um esculacho de respeito. E me fez mais feliz pq eles, os verdes, tavam com um papo caô de "vingança por terem sido rebaixados pela baianada". Foi uma derrota, ano passado, para o mesmo Vitória que levou o Palmeiras para a Segundona.

O narrador da emissora que eu assistia ontem a noite disse "é um placar estranho entre times da Primeira Divisão do Campeonato Brasileiro". Até seria, alguém só tem que avisar a ele que o time verde é da Segunda. Hehe.

O melhor é que tem jogo de volta, lá no Barradão. Imagina se a baianada faz 10 a 0?
Noite futebolística feliz

Quem não gostar de futebol que se exploda e pule esse post. Eu gosto e me sinto obrigado a registrar isso. Pena que não dei as caras no Maracanã ontem pra ver mais um baile rubro-negro. Tudo bem, nem jogou tanto assim, mas felizmente não precisou. O Remo, se não é tão fraquinho, jogou mal toda a vida. 4 a 0 foi de bom tamanho. Mas mesmo com uma defesa molinha, o furingudo do Fernando Baiano não faz gol! Jean fez dois, Felipe fez um e até o Vinícius - que é mó moleque - fez outro.

Fernando Baiano é o pior atacante que já vi como titular no time do Flamengo. Mandou bem o cara que estava sentado perto de mim na arquibancada do Maracanã, no último sábado. O camarada disse duas belas frase em relação ao 'bonde' que veste a camisa nove rubro-negra: "O Flamengo plantou uma árvore no ataque", em relação á imobilidade do nobre atacante e "alguém tinha que fazer um churrasco pra apresentar o Fernando Baiano à bola", o que é total verdade.

E o pior é que a diretoria ainda tá contratando cabeças de área do nível de Paulo Miranda e Fabiano Eller. Socorro!

quarta-feira, abril 23, 2003

Tem louco em todo o canto

Olhando quem ainda insiste em ler esse josta de blog, fiz duas descobertas que me impressionaram: 1) um louco de Andorra leu essa parada. De Andorra! Blog, acho que Bangu é mais expressivo no mundo que Andorra; e 2) esse é melhor, tem acesso da Bélgica! Os mesmos caras que se orgulham de produzir batatas-fritas, chocolate e cerveja. Será que eles ficaram bolados por eu ter sacaneado um pouco com a importância do país deles? Bom, se algum belga não gostar, que comente aí.
Comentários? Pra quê?

Após a empresa achar que sou um tarado e vetar meu acesso ao meu administrador de comentários, o próprio administrador subiu no telhado e nunca mais foi visto. Aí eu te pergutno, comentário pra quê? Eu tb não gostava de comentar mermo.
Pára o mundo que quero descer!!!

Rosângela Matheus, a desgovernadora do meu estado, nomeu seu marido Anthony William Matheus pra ser Secretário de Segurança Pública!!! Socorro!!! Socorro!!! Socorro!!

Td bem que o Josias Quintal, secretário demitido há pouco e que vai pra Brasília executar sua função de deputado federal (meu Deus!), era uma anta, mas o ex-governador é forçar a barra demais. Agora me deu medo.
Feriadão caô

Hoje é feriado no Rio DE NOVO!!! Não que eu não goste de feriados, mas uma penca junta é meio sinistra. Segunda-feira foi feriado nacional, dia de Tiradentes, e hoje é municipal, dia de São Jorge. Pô, nada contra. Salve Jorge! Mas dedicar um feriado pro Santo Guerreiro acho exagero. Quem é fiel vai à missa com ou sem trabalho. E, na realidade, aqueles que cagam e andam pra data é que aproveitam. Eu hein.


Essa imagem foi enviada pro Vicente ontem. Como é algo com a qual boa parte dos meus amigos vai se acabar se identificando, olha a parada no ar aqui.

terça-feira, abril 22, 2003

Isn't that nice when things just... Work?

Recebi essa bironga há pouco por e-mail. Não sei como neguinho acha essas paradas na internet, mas acham. É a propagrando do Honda Accord, ali no Reino Unido. O link é esse.

http://www.honda.co.uk/newcars/accord100k.html
O castigo continua

Comentário? O que é isso? Não me é permitido vê-los aqui no escritório.
Parabéns pra vc!

Hoje, segundo conta a história oficial, é aniversário desse lugar aqui. 503 anos de idade.Muita coisa aconteceu depois que seu Pedro, lusitano navegador, baixou por aqui e transformou isso aqui em posse de Portugal. Espero que muito mais coisa aconteça e elas não param de rolar. Quando nasci, o país vivia uma ditadura militar. Mas, hoje, temos um presidente eleito democraticamente e que teve origem pobre, foi operário e líder sindical. Não sei se é o caminho certo, mas quando for o dia de se comemorar o milésimo aniversário, espero que mais acontecimentos tenham tomado esse lugar. E que, em sua maioria, sejam bons pro povo e pro país.

segunda-feira, abril 21, 2003

Simbiose

Sábado foi dia de Maracanã. Lá estava o bom e velho Vicente vendo o Mais Querido. Mas, pra conseguir, ver o jogo tem que fazer uma coisa chamada comrpar ingresso. O público era muito maior do que eu esperava e a muvuca nas bilheterias dava medo. Como o guerreiro jamais foge a luta e eu não ia desistir após ter chegado ali, vesti minha máscara de mal (facilitada pela touca) e caí dentro.

Cotoveladas, empurrões e jogo de cintura. Em cinco minutos, lá estava eu esmagado junto a gradezinha de onde umas mãos sinistras entregavam os ingressos. Não dava mais para andar pra frente. Quando apareceu Jaba, o vilão de Guerra nas Estrelas. Jaba estava a meu lado, mas em posição prejudicada, não tinha como alcançar a gradezinha, vulgo guichê. O vilão propôs que eu comprasse cinco ingressos pra ele. Tranks, só pedi pra segurar os furingudos pra me deixar comprar as paradas.

Arisco, cheguei na grade, comprei os ingressos. E pra sair? Pedi pra Jaba abrir caminho. Foi sensacional. Era como um filme de Buddy Spencer, o cara abriu caminho dando tapas e martelos nos 'obstáculos'.
Mais uma com os Papa Mikes

Voltar pra casa pela Avenida Brasil tem se tornado uma caixinha de surprendas. Numa dessas madrugadas eu e Ervilhão, carro e parceiro, chegávamos na altura da Favela Batan, em Realengo, onde há o único sinal da avenida. Nele, quando está fechado, claro, cruzo a pista da avenida que segue rumo ao centro e me embrenho pela zona oeste pra chegar em casa.

Numa dessas vezes, quando paro no sinal vejo um camburão com um sujeito fardado apontando uma metralhadora pra mim. Pensei: "é hoje que viro presunto e saio no jornal". O sinal abriu e passei no sapatinho ao lado do Papa Mike armado, dez metros a frente, dois outros Papa Mikes estava atrás de uma pilastra. Pensei: emboscada.

Nada, os dois furingudos estavam era mijando. Fala sério! E depois são pegos de surpresa aí, viram peneira e reclamam que estão mal armados. Literalmente, presta atenção, mané, e aproveita pra parar de me dar susto!
100% blitz

Posso não ter cara de traficante colombiano - como disse RMRO, não passo de um 'maloquêro' descolado - mas que toda blitz me pára, ah é verdade. Não há uma noite sequer em que eu saia com Ervilhão e não tenha que encostar o carro, mostrar habilitação, documento do carro e carteira de identidade. Bom, nem posso reclamar muito, os caras estão trabalhando. Ao menos sempre sou parado de forma respeitosa, respondo as perguntas que me são feitas, trato da forma que os caras têm que ser tratados e pronto. Vazo limpinho do jeito que parei.

Na última, o diálogo foi sensacional.

Papa Mike: Boa noite, o senhor pode descer do veículo?
PPS: Claro.
Papa Mike: O senhor está armado.
PPS: Não.
Papa Mike: Tem alguma arma dentro do veículo?
PPS (achando engraçado): Não.
Papa Mike: Tem tóxico (leia tóchico) dentro do veículo?
PPS já se divertindo com a situação: Não.
PPS pensando com seus botões: Então tá bom que se tivesse falava pra tu, negão.
Papa Mike: Documentos por favor.
Papa Mike: Então beleza. Pode seguir seu rumo. Boa noite.
PPS: Boa noite e bom serviço, meu comandante.


Vazei rumo a Bangu. Fácil.

PS: Papa Mike é Policial Militar e não sei porque sempre digo "meu comandante" pros caras como um vocativo.
Ser mané é

Ganhar chocolate na manhã de domingo, pôr no bolso junto com seus documentos e talão de cheques, ir almoçar na casa das tias, ver o primeiro tempo do jogo do Brasileirão que passava na tevê, voltar pra casa (a uns 25 km de distância) e descobrir que seu chocolate virou algo que lembraria a bunda de um neném após uma feijoada e que seus documentos teriam sido usados pelo tal neném como papel higiênico.
Passarela de barata

Não há registro na memória de como cheguei em casa nessa madrugada, mas cheguei. Após algumas noites mal dormidas e uma quinta-feira de reencontro alcólico com um povo com quem trabalhei há algum tempo, lá foi o Vicente de volta pra Bangu. Era muito mais sono do que cerveja na idéia, o que fez o retorno à base ser especialmente difícil.

Às 5h de la mañana, vi que estava dormindo no tapete do quarto, lembrei que estava de lentes de contato e levantei para tirá-las. Nessa hora vi um cadáver de barata com as pernas pra cima no meu lado direito, mas fora do tapete. Caguei quilos pra ela, eu queria era dormir.

Sol já alto, Irmão-Léo vem falar comigo e dá o lide da história: "Aí, tu chapou bonito. Tinha uma barata se divertindo encima de vc. Até te chamei e sacudi, mas quando ela passou pela segunda vez e vi que tu não ia levantar deixei pra lá". Sangue bom esse moleque, vê o artrópodo arqueroso sapateando sobre o irmão e deixa pra lá...

Pior, ainda perguntou "como ela morreu?". Sei lá. Quem mandou tentar tirar a onda. Caiu fedendo.

quinta-feira, abril 17, 2003

Castigo

Hoje o meu administrador de comentários, o Falou & Disse, foi bloqueado pela empresa. Segundo eles, está na categoria "Sex". Que bom, agora devem achar que sou um tarado virtual dentro da corporação. Devido a isso, é impossível ter acesso aos comentários nesse josta de blog.

segunda-feira, abril 14, 2003

Blog em crise

Robertuda
, minha gerente e madrinha de blog (afinal de contas comecei com essa bobagem por influência dela), disse a esse mané que escreve não gostar de ler o PPS. A alegação: "seus posts são muito grandes, vc fala muito de samba e futebol e não gosto da fonte que vc usa". Uau, ainda bem que ela é minha amiga, se não fosse ia dar um esculacho ainda mais animal no Vicente. Bem, diante disso só tenho a dizer que o PPS está numa crise de identidade. Trocando em miúdos, ela disse que meu blog é um cocô. Não que eu ache que ele não seja, mas quando sua madrinha-gerente diz isso... a situação deve estar periclitosa.

Será que ela ao menos vai ler esse pequeno post?
Da série 'refrões grudentos'

Desde ontem, após o jogo, não sei pq cargas d´água o refrão do samba da Imperatriz do carnaval desse ano veio à cabeça e não me deixa mais!! Tô cantarolando o dia todo e já tem gente repetindo comigo:
"Vem meu amor,
Vem me beijar.
Hoje eu tô que tô
E vc tá que tá"


O pior é que o mané do refrão não tem nada a ver com o enredo, sobre as faces da pirataria: "Nem todo pirata tem a perna de pau, o olho de vidro e a cara de mau".

domingo, abril 13, 2003

Amuleto mermo

Jacomo, o Marcelo Falcão de Vila Isabel, confirmou sua teoria que sou um amuleto pra ele. Nos dois jogos em que estivemos no Maracanã o Mais Querido deu duas sonoras goleadas. E que as coisas continuem assim.

Sabemos que o Flamengo não tem time pra disputar o título, mas e daí? O time não está ganhando? Não somos os cariocas com melhor colocação? O resto a gente vê com o tempo.
Tarde rubro-negra-baiana


Essa tarde de domingo foi um espetáculo. Temperatura amena, Maracanã com um público razoável e sem muvuca e chocolate rubro-negro no gramado. Dia de Flamengo-espetáculo me fazer feliz e ficar como líder no Brasileirão.

Quatro a um no Fluminense pra fazer esse preto, pobre e suburbano sorrir como uma criança. Não foi exatamente um show de bola, mas inegavelmente foi um jogo pra fazer todos torcedor do Flamengo feliz. Perdi as contas de quantas vezes gritamos olé. Tb perdi as contas de quantas vezes xinguei o juiz, o Fábio Baiano, o Fernando Baiano e o Athirson.

Engraçado que tanto o Fábio quanto o Fernando fizeram gols que me deixaram amarradão. Engraçado tb foi lembrar que a tarde no Maracanã foi bem baiana, com dois gols do baiano Zé Carlos, um do Fábio Baiano (que já traz a identificação) e um do Fernando Baiano (que é paulista, mas tá no bolo).

Logo na comemoração do primeiro gol, Vicente vestindo o manto sagrado e sua tôca de um metro e vinte com pompom na ponta, deu um cotovelada no copo de cerveja do marmanjo sentado no degrau acima de arquibancada. Vôou cerveja pra tudo quanto é canto. O maluco chegou pra mim, pediu desculpas umas quatro vezes e mandou "pô, aí, nem vou esquentar se tu bater no meu copo assim mais umas quatro vezes com a gente comemorando". Não deu outra. Eita cara visionário.

Mas diante das vezes que ele e seus amigos pediram perdão por ter sua cerveja esparrada por mim, acredito que eu deveria estar com uma visual ligeiramente sinistro. Deve ter sido por causa desses pelos manés que não tirei antes de ir pro estádio. Durante a comemoração do mesmo gol, chutei o assento do cara que estava sentado no degrau abaixo da arquibancada e não é que a parada foi longe tb. Eu estava aloprado. Mesmo assim, comportei-me. A respectiva estava lá, ao meu lado.

E, meu Deus, o que foi aquela chilena que o careca do Fábio Baiano fez bem na minha frente com um minuto de segundo tempo? O furingudo, na continuação da jogada, ainda fez um gol. Eu até parei de tacar pedra verbalmente no cara naquela hora, com aquela jogada ma-ra-vi-lho-sa diante dos meus olhos, só pude bater palmas. Em quase vinte anos de Maracanã (eu comecei a ir com sete anos), eu nunca havia visto algo tão bonito.

Pra completar a tarde, o Vitória, time do parceiro Baiano, radicado em Brasília, ganhou sua partida em casa e de virada. Foi ou não foi uma tarde rubro-negra-baiana?
Ô
Ô,Ô, Ô, Ô
Ô, Ô, Ô, Ô
Vice do vice!


Todos que me conhecem sabem que não tripudio sobre os derrotados e, por conta disso, não admito que qq um venha tripudiar encima de mm. Mas tenho que confessar que considero um achado a música criada pela torcida do Flamengo para o Fluminense, fazendo uma alusão ao incrível talento do time da colina pra conseguir com tanta profusão e propriedade segundos lugares.

sexta-feira, abril 11, 2003

Street forró?

Como ainda não posso ir embora, pq espero um mané dum e-mail chegar, resolvi fazer mais um post. Tava lembrando de um desses sábado quando fui ver Forroçacana na Lona Cultura de Realengo. Nessa, levei a respectiva, o irmão da respectiva e a respectiva do irmão da respectiva. Todo no lugar pra ver aquele já manjado show dos forrozeiros cariocas. A impressão que tenho é que já vi esse show há uns três anos atrás, gostava mais deles quando tinham a proposta de ser banda de baile (daquelas que tocam a noite toda, sem se preocupar em presença de palco e o escambau, só querendo garantir a boa música pelo máximo de tempo possível). Hoje em dia, eles querem fazer show e aí, amigo, fica difícil.

Bom, diante desse quadro, estávamos com as sensacionais presença de Irmão-Léo, Emerson e Luciana. Irmão-Léo estava, literalmente, com suas nêgas e Emerson e Luciana dançavam na boa. Dizíamos (na verdade dizemos ainda) que formamos a nossa tríade forrozeira visto que éramos figurinhas facilmente encontrados nos forrós da cidade. Em dado momento da noite, Emerson, que usava uma faixa (como as mulheres usam) formando algo que se parecia com um ninho disse que dançávamos street forró. Jesus me chicoteie, o que é diabos street forró? Bom, acredito que o nobre companheiro tenha se referido ao modo de dançar que foi reiventado após a onda forrozeira nascida em Itaúnas, no meio da década de 90. Modo de dançar que apresenta algumas diferenças do original nordestino, mas daí dizer que street forró?

Bom, deixa quieto. Emerson é meu único camarada que reúne duas características de qualidade duvidável como ser engenheiro e vascaíno, mas como ninguém é perfeito, né, o cara e o já famigerado Minduím são meus únicos parceiros na Zona Oeste carioca.

Bom, como já vi que a parada que eu esperava chegou, pego meu boné e a minha viola, ponho na sacola e vou viajar. Pra Bangu, como sempre.
Bloqueados

Estranhamente não é possível acessar os blogs do companheiro-firuleiro Arnaldo, nem da coleguinha maranhense-paulistana Luísa. O Eu, hein tb me é vetado. Estranhão. Logo, não posso ler os que essas figuras escrevem.
Como é fácil ganhar dinheiro

Ontem lá foi Vicentinho, com sua equipe, assistir a apresentação do projeto da Intranet pra galera. Até aí morreu Neves, nada demais. Só que, ao começar a exposição tive uma aula sobre: trabalho, a domesticação do fogo (!), domesticação das plantas (juro que me imaginei dizendo pruma samambaia "senta! agora rola!"), escravidão, que a queda do Império Romando levou ao feudalismo, cruzadas, que capital - do capitalismo - vem de cabeças de gado ou ovelhas, produção em massa, ouvi a frase "a internet é um mudança de paradigam, diria eu", economia da chaminé em contraponto da economia dos símbolos, teia neural e a última frase "o ser humano está para a sociedade assim como o átomo está para a matéria". Essa falação só custou meia hora do meu dia. Será que as pessoas acham que somos um bando de portas e postes que não têm nenhuma cultura geral?

Tudo isso me leva a crer que ganhar dinheiro é fácil, a gente só deve saber quem é o mané que vai pagar pelo caô que vamos jogar. Pena que ainda não achei pra quem jogar o caô e nem o caô certo.
Amuleto? Eu?

Ontem falando pelo icq com companheiro Jacomo Negão, o Marcelo Falcão de Vila Isabel, fui meio que convocado a engrossar a IMENSA torcida rubro-negra no domingão, dia de Fla-Flu. Até hoje eu e o companheiro-coleguinha de dreads só assistimos um único jogo junto, o Fla-Flu do Brasileirão passado, onde ganhamos por 5 a 2 e Romário perdeu um pênalti chutando a bola na forquilha, entre o travessão e trave esquerda do Júlio César.

O argumento do negão é que eu sou um amuleto. Ah, tá. Quando falou isso já me imaginei como um pé de coelho, uma figa ou mesmo um galhinho de arruda. Cada caô que essas figuras mandam...
P q essa josta não anda pra frente?

Eu e minhas idéias... Já algum tempo pensava em escrever sobre isso, sobre o que entendo ser o principal problema do povo brasileiro e o que acaba sendo o principal problema do País. E não é algo material e uma coisa absolutamente moral.

O maior mal desse mundão onde vivem 170 milhões de pessoas é a corrupção. Ó que novidade! Mas não a corrupção em alto escalão, é a corrupção do cotidiano das pessoas comuns que esbarram umas com as outras na rua, é velha história do querer tirar vantagem sempre e querer colocar tudo na conta do Estado, dizendo que é obrigação do poder público resolver os problemas. Sei não, hein... Acho que tem muita coisa na conta do poder público, mas tem muita coisa que uma boa dose de boa vontade e bom senso já resolveriam.

Eu tb não me excluo dessa massa de furingudos, na época do colégio vez por outra dava um belo calote no ônibus pra ter mais dinheirinho na hora do intervalo. Outra, já na época da universidade era mais sinistra. Eu andava cerca de 500 metros a mais só pra PULAR O MURO da estação de trem Guilherme da Silveira (que fica entre Bangu e Padre Miguel). Pra quê? Pra economizar dinheiro pra TOMAR CERVEJA!!! Vicente furingudo total.

Bom, acho me curei disso, dessa coisa de querer “ser malandro”, com a pior conotação possível.

As pessoas comuns cansam de querer estar em posições privilegiadas com o único objetivo de tirar vantagem, tirar o seu e facilitar a vida dos seus próximos. Por isso muita gente quer virar vereador, deputado e tal. Com esse pensamento tb estão muitos dos nossos soldados, cabos, sargentos e oficiais da Polícia Militar e até agentes e investigadores da Polícia Civil. O que é isso senão corrupção? O cara já entra na instituição corrupto! Já entra pra fazer parada errada! Onde pode dar certo? Em lugar algum do mundo. Nessa onda, a segurança pública sobe no telhado.

Isso serve não só para as polícias, mas todos os setores da sociedade: empresarial, político, esportivo, religioso, econômico. Todo mundo quer tirar vantagem.

Tô lembrando do caso que passou na televisão e foi triste toda a vida. Um pai de família de BH perdeu toda da família durante aquele terrível período de desabamentos que rolou na capital mineira há alguns meses. O mané ganhara pouco antes uma casa do poder público, mas querendo faturar algum na história vendeu a casa ganha e voltou a morar no barraco, embaixo de um barranco. Veio a chuva e o cara perdeu TODA a família debaixo da lama. E aí? Valeu a pena querer dar uma volta no Estado? Perdeu feio.

O mesmo acontece aqui, mó galera invade terrenos particulares, constrói casas e prédios e vende. Cara, o terreno é de outra pessoa e o cara vai lá e toma conta na marra. Isso é invasão. Em Brasília acontece algo parecido, os grilheiros invadem terras da união e depois fazem loteamentos. O atual governador, seu Joaquim Roriz, compactua com esse esquema.

E quando vira um caminhão de cerveja ou refrigerante na estrada? O saque é certo. Todas as comunidades dos arredores correm pra levar um pouco pra casa. Meu Deus, não é nada essencial pra vida. Não é carne ou até botijão de gás, necessário pras pessoas sobreviverem. São as supérfluas cerveja e refrigerante que, convenhamos, qq ser humano pode viver sem. O cara vê aquela parada esparramada, sabe que tem um dono e vai lá meter a mão. Pra quê? Mais uma vez pra ser mais esperto que o outro.

Voltando ao que eu falava, a problemática não está nos políticos e dirigentes, mas numa cultura difundida e enraizada de tal forma que chega a assustar. Parte dos indivíduos escolhidos ou nomeados para representar e defender o que a população quer e precisa só querem defender o seu próprio bolso ou ego ou família ou lugar ou sei lá. Se a gente tivesse um modo de pensar mais coletivo, mas voltado pro demais com certeza teríamos um país muito mais desenvolvido em vários setores.

Romântico? Eu? Sou mermo e daí? Sempre fui e, se não morrer tão cedo, vou continuar sendo por bastante tempo ainda

quinta-feira, abril 10, 2003

Causo do 393

Após todos os dias de trabalho existe um 393 entre o Centro da cidade e minha simplória felicidad bangüense no meu lar. Hoje, lá pelas 18h, Vicente vazava tranqüilo e feliz sem ter mais o que fazer. Com preguiça de andar até o ponto final, no Castelo, pra pegar o geladinho (agora, o bom Deus dos suburanos colocou ônibus com ar-condicionado fazendo a linha. É um pouco mais caro, mas eu pego assim mermo). Apelei pro ponto próximo, na Presidente Vargas pra pegar logo o coletivo e chegar em casa.

Após cumprida essa parte, já dentro do referido ônibus, vamos encarando todo o engarrafamento que a Avenida Brasil proporciona na hora do rush. Como eu estava em pé com minha indefectível mochila onde carrego sempre os livros que nao consigo ler e minha necessaire (é assim que se escreve? se não for, caguei). Ela fica um pouco volumosa e nenhum filho de quenga se prontificou a segurar.

Já reclamando da vida e xingando mentalmente todos os marmanjos furingudos qeu olhavam pra mim e ignoravam minha bagagem o cara sentado bem na minha frente começou a parecer nervoso. Levantava toda a hora, pena que o ônibus mesmo estando na faixa seletiva (só pra coletivos) nao consegui imprimir grande velocidade.

Após já estar tenso à vera, o mané se levanta dizendo em voz alta "estou passando mal, preciso descer!".

Todos os passageiros ficam condoídos, mesmo sabendo qeu isso nos custaria mais tempos de viagem, era um cara como a gente passando mal. O motorista não podia parar o carro repentinamento naquela pista, caso o cara fosse atropelado, iria pra conta do piloto. Nessa, lá foi o motorista tirar o carro da seletiva. Como o trânsito era intenso, isso demorou algum tempo.

Enquanto isso, o mané reclamava e urrava, já na porta do coletivo, enquanto todos nós passageiros começávamos a ficar tb tensos. Até o motorista parecia nervoso com o caso, queria o mais rápido chegar até um acostamento.

Após quase 10 minutos de luta, o 393 chegou até um acostamento, onde a porta pôde ser aberta. O cara desceu varado, impressionante de rápido. Correu pra trás do ônibus e... mijou. Fez o maior drama pra mijar!!! Ficou um tempão resmungando que passava mal e só queria dar um mijão! Furingudo, péla-saco! Bem, feito. Todos os passageiros que estavam ao seu lado, logo riram do mané que ficou pra trás na Brasil mijando no acostamento.
Ser mané é

Ir tomar cerveja na Rua do Ouvidor. Dar uma volta, ver qual o bar menos mundo animal e com mais mesas sobrando, sentar-se, pedir uma Skol, outra Skol, mais uma Skol, uma porção de bata frita e depois ver que o bar, bem na sua cara, vende a mesma cerveja por um preço bem mais barato...
Percepção de doidão

Não sei se isso é bom ou ruim, mas esses dias caminhando pelo Centro do Rio de Janeiro caiu a ficha que não há rua nesse pedaço da cidade por onde eu não tenha passado ligeira ou totalmente temulento... Ou, melhor, há uma: a Travessa do Ouvidor, fora ela já passei cambaleante por todos os cantos.

Deve ser coisas de vida de jornalista que nos leva a bares em todos os cantos, preferencialmente os bares com aspecto suspeito... São vindas de cachaças na Lapa, no falecido Circo Voador, na Cinelândia, no Arco do Teles, no MAM e em outros lugares que juro não lembrar. Logo, concluo que o Centro é um funil e todos lugares levam ao Castelo, de onde sai o famigerado 393, ônibus que faz a ligação Castelo-Bangu.

quarta-feira, abril 09, 2003

Demodé

Tava eu pensando outro dia como sou uma figura ultrapassada.

Primeiro porque tenho religião, hoje mó galera caga e anda pra essa coisa. Acham que ir a igreja é coisa de mané, mesmo pq vários padres escondem sua boiolice atrás da batina e outros comem criancinhas. Volto a dizer, a Igreja é conduzida por homens, que sempre fazem cagada.

Segundo, porque não fumo maconha nem nunca fumei. Ó, como isso é possível convivendo com meio mundo de amantes da erva?! Sei lá, só que é assim. Não fumo anda, tenho verdadeiro horror a qq tipo de objeto fumegante na ponta, mas não nego que encho os potes com cerveja uísque, cachaça e similares. E, mesmo não fumando, mó galera acha que eu sou o maior consumidor da brenfa. Deve ser por causa da minha indefectível cara de traficante colombiano. Invariavelmente em shows por aí sempre enconstava uma maluquinho dizendo "aí, tem seda?". Hehe, tem não, sangue bão. Todos sabem que doidão só faz essa pergunta pra doidão, de onde cocluo ter cara de doidão, olha que maneiro. Deve ser por isso tb que a polícia, de uns anos pra cá, faz questão de me parar em blitz.

E o terceiro motivo pelo qual sou um personagem do passado é que tenho pais casados até hoje, os caras já vão pra uns 30 anos juntos, fora o período de namoro. Em alguns momentos era até excludente ser assim, ainda mais quando algum colega perguntava "ué, eles ainda são casados?". São, ué. E pra mim serão por muito tempo ainda.

Como diria Robertuda, aquela safada, o mundo é estranho à vera.
Calazans é gênio!

Por isso acho o cara o melhor colunista esportivo que temos por aqui. A coluna dele de hoje conta com esse texto aqui. Concordo com ele. Em lugar de Romário, que corram atrás de levar o Zico de volta à Gávea.

A vida acaba

Romário é o nome preferido para o ataque do Flamengo. Romário é o nome preferido do Fluminense. Romário é o nome preferido de vários clubes mas, no caso do Flamengo, eu pergunto: por que não o Zico? Sei que, durante um tempo, Romário e a torcida do Flamengo se enamoraram um pelo outro, deram-se muito bem, mas ninguém se identifica mais com o Flamengo do que Zico.

A idade? Ora, a idade, na faixa em que se encontram os dois, é um detalhe. Para a prática do futebol, Romário está hoje com uma idade quase tão inadequada quanto Zico, embora 13 anos os separem: Zico está com 50, Romário com 37. Ou será 38? Ou será 40? Ou 45? É tudo a mesma coisa.

Ou talvez não seja, porque Zico passou uma carreira e uma vida inteiras longe dos desregramentos a que Romário se entregou. Assim, é só convencer Zico de que ele deve trocar o Japão pela Gávea, o que não deve ser difícil considerando o seu ardente coração rubro-negro, submetê-lo a uns dois meses de treinamento intensivo, o que tampouco deve ser difícil considerando o seu proverbial profissionalismo (muito maior que o de Romário), e pronto! Teremos Zico de novo em forma para a glória do Flamengo. Quem sabe?

Zico não vai correr muito? Ora, Romário também não corre.

Além, naturalmente, da vantagem de ter sido Zico um jogador mais completo e mais cerebral.

Portanto, eis aqui a sugestão aos dirigentes: Zico para o ataque do Mengão!
Post pra sinhá

Cá estou eu futucando meu blog e olhando os comentários quando vejo um feito por sinhá Clarissa me dando esporro por não atualizar esse muquifo.

Foi mal aê. Mas estou sem idéia pra escrever asneiras aqui. Acho que vou falar mal do Fábio Lino, mas isso é como chutar cachorro morto.

segunda-feira, abril 07, 2003

Seu Gilberto e o pão

Por falar em gente doida, lembrei do meu padrinho, seu Gilberto. O personagem é amigo de adolescência de Seu Carlos, logo não vale o chão que pisa. Se Seu Carlos é figura com 50 anos, sabe Deus o que fez quando tinha menos de 20. E foi nessa fase que conheceu meu padrinho, na época, tão moleque quanto ele. Bom, se bem que são dois moleques até hoje. Sexta-feira foi aniversário dele, não consegui ligar pra figuraça, mas meu pai tb nao conseguiu.

Vem dele a minha mania de chamar todos de mané, ele chama Seu Carlos de mané e eu de manezinho, que coisa bonita e fraterna... Nisso, aprendi que todos os são manés, sem que isso seja algo pejorativo.

Mas a melhor coisa do meu padrinho é sua célebre frase: "nada é mais gostoso do que pão com meleca". Nunca tentei confirmar se o gosto gastronômico dele, mas desconfio que até ele nunca tenha provado tão excêntrica sanduba.
Minha amiga patricinha, que muito gosto, mesmo com ela dando os maiores dribles nos amigos, fez um comentário no meu post sobre Betty, a feia, que me senti obrigado a postar.

Disse a queridinha: "Vincent, tenho de confessar que gosto tanto da Betty que, quando não consigo chegar em casa a tempo, sintonizo o rádio em 87.7 FM e ESCUTO A NOVELA!!!".

Estou chocado, Betty é transmitida por rádio!!!
Papo de bar 2

Geralmente conforme bebemos, acabamos discutindo tudo quanto surge nas nossas cabeças. Invariavelmente as mesas de bar são lugares onde as maiores asneiras do mundo são ditas e onde todos os problemas do mundo são resolvidos, pena que nada pode ser posto em prática distante dos copos de chope e de cerveja. Nessa constante busca pela inutilidade, após debater a importância e grandiosidade da Bélgica, começamos a fazer uma lista com o maiores imbecis da televisão brasileira atual e parimos essa listinha aqui:
Márica Goldsmith
Marcos Mion
João Kleber
Galvão Bueno
Luciano do Valle
Elia Jr.
Boris Casoy
Carlos Massa
Gugu
Luciana Gimenez
Celso Portiolli
Jaquelie Petkovic
Sérgio Mallandro
Leão Lobo
Otávio Mesquita
Oscar Roberto de Godoy (agora o ex-árbitro de futebol apresenta o Cidade Alerta!)
José Luiz Datena
Zeca Camargo
Thenderbird

Será que faltou alguém na lista?
Essa vai agradar quem gosta de humor negro. Morto, o mágico

Papo de bar

Sexta-feira, enquanto tomava chope e comia salsicha (ou, como alguns dizem, salficha) começou-se a conversar sobre como Deus é um cara maneiro por ter posto a Bélgica no mundo. Eu ainda me emociono em pensar em tão vultuoso e importante país.
Existia uma parte belga na mesa, ou melhor, de nacionalidade belga, embora a citada parte tenha nascido na cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro. Pois bem, o orgulho belga vem justamente de ser um grande produtor cerveja (isso é bom, mas a Ambev tb produz à vera é fica no Brasil), chocolate (que tb é bom, mas engorda) e batatas fritas, as 'antigas' French Fries ou, no caso, as famosas Belgium Fries. Blog, é impressionante como vivi até agora sem saber disso! Ah, a parte belga da mesa disse que a nomeação correta da iguaria bela é "Des Frites", ao menos no lado francês. Pra mim, isso quer dizer dez fritas mermo.

Ainda pensando em Bélgica acabo chegando ao futebol, onde o "tradicional e assutador" time belga é conhecido como os "diabos vermelhos", mas como não falo francês, não tenho idéia de como eles mesmos chamam essa josta. Triste é saber que o os maiores nomes do futebol desse simpático país europeu foram Jena-Marie Pfaff e Michel Preud'homme (é assim que se escreve?). Dois goleiros... E o maior nome dos "diabos vermelhos" nos últimos anos era uma maluquinho nascido no Maranhão, chamado aqui de Oliveira, mas como não jogava bola o suficiente pra se manter por aqui, foi pra lá e passou a ser um tal de Oliverrá. O-li-ver-rá! Bonito, né.

Ah, fala sério. Que mané Bélgica.
Efeméride

Hoje é dia do jornalista. Grande coisa, né. Mas mesmo assim, parabéns a todos os colegas. Engraçado que ainda existe o Dia do Repórter e o Dia da Imprensa.

domingo, abril 06, 2003

Nada de Terceirona

Sem notícias da Terceira Divisão, permaneço órfão do América e do Bangu.
Inteligência?

Há algum tempo não escrevo sobre a invasão do Busha. Hoje cismei de falar disso outra vez. Mais uma vez tava lendo nos jornais que a inteligência dos gringos estava procurando o Saddam para fazer ataques precisos e tal, mas, convenhamos, procurar o Saddam Bigodão agora??? Se eles se gabam tanto do seu 'Serviço de Inteligência', p q erraram tantos bombardeios acertando gente que nada tinha a ver? P q erraram o tempo que calculavam para duração da invasão? P q foram surpreendidos pelos Fedayn? P q até hoje não sabem se Osama Bin Laden está vivo ou morto? P q não mataram o Fidel até hoje? Bom, os caras vivem atirando nos ingleses, que são seus aliados nessa ação militar covarde. Falta inteligência até pra saber que está do seu lado.

Eles são é o que deveria ser chamado de nação-brutucu, nação-alexandre-fruta, digo, frota, ou nação-ricardo-machi. Acham que são inteligentes, mas só tem força bruta.
Enquanto isso... o Júlio César...

Nunca, em 26 anos de vida, assisti um goleiro acertar em um chute a cabeça de um defensor e provocar um gol por conta disso. O sinistro é que eu sempre defendi o mané do Júlio César até o episódio em que ele montou no porco e correu como um louco, com a bola nos pés, para o campo do pó de arroz, perdeu a bola e cagou e andou pro time. Isso, no último Fla-flu. O pior foi agredir seu Evaristo de Macedo, personagem que tem muito mais história que ele no futebol. Coisa de moleque.

O que dizer depois do gol contra no jogo de hoje? No mínimo, irresponsabilidade. O cara treina isso! O trabalho do cara é esse! Não tem o direito de cometer algo assim.

Se ele não toma jeito, vai acabar sendo classificado pela torcida como um dos baianos, como Fábio Baiano e Fernando Baiano. Bom, ao menos hoje esses dois manés fizeram o que se esperava deles.
Raça!!!

Tava demorando a ver um jogo assim do Mais Querido. O pior é que quando o jogo começava cá estava eu na internet vendo e-mails e tal quando surgiu ele (sempre ele) o vilão bacalhau-candango Fábio Lino. Fabulino veio com a singela pergunta: "Não vai ver a vitória do Bahia?". Ih, o cara. Vai agourar assim lá em Brasília. Com toda a polidez que Deus deu a esse suburbano, respondi que iria ver a vitória do Mais Querido.

Já com o jogo rolando, vitória chegando com um gol de pênalti do Felipe ainda no primeiro tempo e... Júlio César fez a maior cagada qeu já vi um goleiro realizar durante um jogo. Fez um gol contra, que o péssimo árbitro Sálvio Espínola deve ter colocado na conta do Fabinho, cabeça de área, que foi atingido covardemente pela costas pelo chute do arqueiro flamenguista.

Ao menos o péla-saco arregão do Fernando Baiano fez um golzinho, aos 44 minutos, do segundo tempo, que garantiu a nossa primeira vitória no Brasileirão. Somos o único time carioca invicto. Hehe. Tb pudera, em duas rodadas não há nada anormal. Sinceramente não vejo o Mais Querido com muitas chances de ser campeão, mas... torcedor é torcedor. Estarei cumprindo meu papel.

E que a raça do time rubro-negro continue em alta.

Mesmo assim não custa nada dizer que o resultado do jogo foi injusto, o Bahia não merecia ter perdido... Mas como perdeu, não vou reclamar. Mengo!

sexta-feira, abril 04, 2003

Ontem Herbert visitou Luiz Inácio e me fez lembrar da '300 picaretas', escrita há algum tempo pelo paralama. Aí, resvolvi publicar a lentra. E pronto. Tá aqui.

300 pircaretas

Herbert Vianna

Luiz Inácio falou, Luiz Inácio avisou
São 300 picaretas com anel de doutor
Eles ficaram ofendidos com a afirmação
Que reflete na verdade o sentimento da nação
É lobby, é conchavo, é propina e jetom
Variações do mesmo tema sem sair do tom
Brasília é uma ilha, eu falo porque eu sei
Uma cidade que fabrica sua própria lei
Aonde se vive mais ou menos como na Disneylandia
Se essa palhaçada fosse na Cinelândia
Ia juntar muita gente pra pegar na saída
Pra fazer justiça uma vez na vida
Eu me vali deste discurso panfletário
Mas a minha burrice faz aniversário
Ao permitir que num país como o Brasil
Ainda se obrigue a votar, por qualquer trocado
Por um par de sapatos, por um saco de farinha
A nossa imensa massa de iletrados
Parabéns coronéis, vocês venceram outra vez
O congresso continua a serviço de vocês
Papai quando eu crescer quero ser anão
Pra roubar, renunciar, voltar na próxima eleição
E se eu fosse dizer nomes a canção era pequena
João Alves, Genebaldo, Humberto Lucena
De exemplo em exemplo aprendemos a lição
Ladrão que ajuda ladrão ainda recebe concessão
De rádio FM e de televisão
Betty, a feia

Sim, quando posso assisto essa que é uma peça clássica da teledramaturiga trash latina mais sensacional que já se viu. Comecei a assistir a trama colombiana quando ocupava espaço em Pernambuco, ao lado de RMRO, STA e Kleston, componentes da República dos Cães sem Dono.

A novela é absurdamente caricata, mas tem mais mulheres bonitas que qq uma já feita pelo Manoel Carlos (e olha que o elenco dessas novelas SEMPRE PASSADAS NO LEBLON tem cada mulezinha...). Betty é sinistramente mal ajambrada, mas aposto que fico branco e torço pro time da colina se ela não ficar mó gostosa até o fim da novela. Inclusive a novela nunca acaba.

Ó só a personagem e a atriz que a 'interpreta'.



Ana Maria Orozco, a protagonista, é mó gata e mó gostosa. Tem trocentos sites colombianos sobre ela. Não custa nada botar mais uma foto dela e até o link pra um desses sites. www.mundoanamaria.cjb.net

Ah, tá.. feiona...
ADACRVV
A
D
A
C
R
V
V


Na maioria dos muros nos arredores da boa e velha Vila Vintém se vê essas singelas incrições... ADACRVV (Amigos dos Amigos Celso Rodrigues Vila Vintém). É a facção de Celsinho da Vila Vintém, o tal Celso Rodrigues, numa tentativa de pronunciamento público dizendo que a Amigos dos Amigos não acabou e nem se rendeu ao Comando Vermelho na célebre rebelião ocorrida dentro de Bangu 1, quando queimaram o Uê e espcancaram o Celsinho.

Além da sopa de letrinhas, a frase "Não somos traidores" acompanha a msg.

Impressionante como uma sopa de letrinhas somada a uma frase simples (que só tem predicado) possa carregar tanta mensagem.

quinta-feira, abril 03, 2003

O mijão

Um senhor bem arrumado, vestindo terno bege, meio assutado e procruando ser discreto, mijava hoje, por volta das 14h, bem na praça atrás da Igreja da Candelária. Eu voltava do almoço quando notei o dito cujo de costas para praça, parado com as mãos na altura da cintura enquanto um líqüido suspeito escorria perto dos pés dele. Ih, o cara, aí.

Isso não seria algo tão grave numa sociedade mijona como a carioca (é só beber umas cervejas e estar longe de um banheiro q qq árvore, parede ou poste vira mictório), só que a praça fica entre as pistas da Avenida Presidente Vargas, quase no Centro nervoso do Rio e onde centenas de pessoas circulavam para seus escritórios após o horário de almoço. E nada do coroa se tocar. Mas bem que ele podia ter procurado uma birosquinha, um restaurante... alguma coisa próxima que permitisse a liberação da sua bexiga.
Subúrbio bizarro

Enquanto rumava de Bangu para o Centro da cidade, hoje pela manhã, é obrigatório passar por Realengo, onde vi e me surpreendi com uma faixa onde se lia: "Sexta, 4 de abril, A GAIOLA DAS POPOSUDAS". Blog, o que é isso??? Gaiola das poposudas é fora de qq parâmetro... Imagina um bando de mulher bunduda engaiolada!!! Tenho que ir lá, preciso ver isso de perto!

A faixa está pendurada na frente do lugar que vai servir pra engaiolar as meninas quartudas, conhecido como Chopp 1200. Engraçado como até hoje nenhum surto me levou até aquelas paragem em Realengo. E lá estava eu imaginando que no bairro que nasceu graças ao antigo engenho de açúcar dos imperadores do Brasil (Realengo vem de Real Engenho do Imperador) hoje dá lugar a esse estabelecimento que meu irmão e seu camaradas chamam de "Castelo de Grayskull' ou "ratoeira" devido à sua freqüência. E olha que irmão-Léo é guerreiro à vera.
Comunicado oficial recebido por e-mail
O Sindicato Ú nico de Prostitutas, Meretrizes e Cafetinas - SINDIPROSTI - esclarece à opinião pública que apesar das afirmações da maioria dos manifestantes no mundo inteiro, o cidadão George W. Bush não é filho de nenhuma de nossas associadas.
América de Cali

É homônimo ao sensacional América Futebol Clube e, seguindo o exemplo do time carioca, é dono de um uniforme lindo. Ontem, andando pela Rua Uruguaiana, no Centro, deparei-me com uma em uma vitrine. Pena que custa 90 real... Mas quero uma pra mim! Mais uma coisa, o clube tem um nome que tb merece registro por ser, no mínimo, curioso: Corporacion Deportiva America de Cali. Pena que o site oficial deles está em construção. Mesmo assim, rola um interessanet, o Rojoloucura.com com informações sobre o clube.
Indignação rubro-negra

Como pode um time como o Mais Querido do Brasil jogar no Maracanã, nossa casa, tendo que vencer o Ceará por apenas dois gols de diferença e não conseguir?! Foram 20 finalizações a gol e um convertido. É muito pouco. Se o Flamengo tivesse um atacante ao menos, esse jogo teria sido uma goleada, mas... ele só tem mulambo na linha de frente.

Ao menos foi uma vitória pra quebrar a sequência de meia dúzia de jogos sem vencer. Mesmo assim, um resultado insuficiente que colocou o Mais Querido em uma disputa de pênaltis. Agora, que disputa de pênaltis foi aquela? Foi ridículo ver cinco cobranças perdidas em doze chutes. E a do Fábio Baiano? Chutou mal como eu não via um jogador profissional há tempos fazer. Por conta disso, FORA FÁBIO BAIANO! E leve junto o FERNANDO BAIANO!

Ao menos um alma responsável, o André Bahia (parece piada essa intensa repetição de referências ao estado de Jorge Amado) bateu o pênalti da classificação como gente grande. O Nelsinho devia colocar o jovem zagueiro pra ensinar o resto do time como se faz.


André Bahia MAIS UMA VEZ salva o Mais Querido.
Queremos time!

quarta-feira, abril 02, 2003

Guerra? No Rio? É ruim, hein

A classe média formadora de opinião começou uma campanha de convencimento querendo pôr na cabeça do carioca e de todos os demais que estamos vivendo uma guerra civil, antes o caô era de que vivemos em tempos de guerrilha. Só que não é por aí, o Rio vive uma crise de segurança pública sem comparativos, mas isso não é uma guerra.

Quem financia o lado do estado (as polícias civil e militar) são os próprios fundos públicos, mas quem financia o lado do tráfico de drogas é essa mesma classe média que compra seu 'branco' pra dar uns tecos, mas se sente vítima dos seus fornecedores. Os caras financiam a compra de armas e munição dos traficantes e dizem que é uma guerra contra eles mesmos? As vítimas financiam 'o outro lado'? Fala sério. O problema de Segurança Pública aqui é, antes de qq coisa, social. Não é só a repressão que vai dar jeito, mas a colaboração de todo cidadão comum.

Já houve aqueles que insistiam em dizer "vivemos uma guerrilha urbana". Que mané guerrilha urbana, o quê! Estaríamos numa guerra, ou guerrilha, se o povo do tráfico quisesse ocupar o Palácio Guanabara e começar a apitar de lá de dentro. Não é nada disso, os caras querem é vender o seu pozinho e a sua brenfa sem que o estado 'atrapalhe' o seu negócio.

Hoje em dia, tem gente que acha legal, antenado, ter 'conhecimento na parada errada pra ter contexto'. Se o negócio já é chamado de 'parada errada' não pode ser positivo, já começa por aí. O que só mostra que a hipocrisia dentro dessa mesma classe média é enorme e crescente.

Essa crítica não é feita procurando amenizar a situação de crise na cidade e arredores, mas não dá pra ficar aturando neguinho falando que vivemos algo que não é verdade. E com esse discurso, propagandeando a suposta guerra, que não bate com a realidade, só pode desviar o foco da verdadeira origem do problema.


Enquanto o mané do Busha joga bombas sobre Saddam Bigodão e seu povo, os furingudos que andam fazendo caquinha por aqui sumiram no noticiário. É a cortina de fumaça perfeita que eles precisavam para sumir dos olhos da opinião pública e da boca do povo.

Toninho, Silveirinha, Garotinho vão voltar, mais cedo ou mais tarde, pra boca do povo. Espera-se que se lasquem como é devido. E dona Rosângela Matheus? Bom, já acho que essa não chega ao fim do governo. Em quatro meses no Palácio Guanabara não conseguiu fazer nada, nada, nada. Parece que tá com tanto medo da população que mal põe os pés pra fora do seu bunker governamental...

Como eu só falei de ladrão, não vou colocar o Grazziano nesse bolo. Incompentência é outra coisa.

A charge é do Chico Caruso e peguei lá no site do O Globo.

terça-feira, abril 01, 2003

Tenho andado sem vontade de escrever aqui. Mesmo diante dos comentários feitos aí, dando força pra eu continuar com o PPS, acho que os dias dele estão chegando ao fim mesmo.
Hoje lendo os jornais fiquei meio chocado com o posicionamento do Vaticano em realação aos homossexuais. Argumentam que os caras não são normais (!). São por essas e outras coisas que vou levar comigo, mesmo crendo na fé católica, críticas em relação aos dirigentes da minha religião. Afinal de contas, a Igreja é conduzida por homens e homens erram e fazem caquinha a torto e a direito.

Argumenta-se que a opção homossexual vai contra ensinamentos divinos e por conta disso as bibas e meninas de pé grande seriam anormais. Ih, que caô furado. Boiolas e sapatas são gente como a gente. E como é ensinado no catecismo, Deus nos deu livre arbítrio pra fazermos nossas escolhas, pois bem, que se respeite a dos homossexuais. Tenho amigos que gostam de pegar meninos e amigas que pegam meninas, nao acho que nenhum deles tenha três pernas, fucinho, rabo, pele rosa com bolinhas amarelhas ou qq tipo de outra coisa que os deixe diferente.
SindiFunk

Um grupo de funkeiros do Rio liderados por MC Mr. Catra, Geléia, Will e Smith se organiza para fundar um sindicato da, digamos, categoria.

Anunciam um pré-estatuto esta semana e, em seguida, pedem audiência ao ministro Gil.


Nota publicada hoje pelo Ancelmo Góis em sua coluna no O Globo.